terça-feira, 30 de março de 2021

Conheça a eficácia de cada vacina no combate à Covid-19


   

04/02/21


Umas vacinas protegem mais do que outras, mas todas se têm mostrado fortes mecanismos para combater a Covid-19. Recorde a eficácia de cada uma



Muito já se falou sobre quão eficazes são as vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas pelas várias fabricantes de medicamentos. Umas protegem mais do que outras, mas todas se têm mostrado fortes mecanismos para combater a Covid-19. Recorde agora a eficácia de cada uma no combate à doença viral.



Pfizer



A farmacêutica Pfizer, parceira da BioNtech, na última atualização dos resultados da vacina afirmou que a sua eficácia é de 95%, ao contrário dos 90% que apresentou anteriormente. Esta foi a primeira vacina a ser aprovada e a divulgar os seus resultados.




Além disso não foram identificados efeitos colaterais significativos, um sinal de que a imunização poderia ser amplamente utilizada em todo o mundo. A eficácia em adultos com mais de 65 anos, que estão particularmente sob risco de contrair o vírus, foi superior a 94%.




Moderna




A Moderna anunciou no final de novembro que a sua vacina contra a Covid-19 é 94,1% eficaz na prevenção da doença e que é segura. Esta foi a segunda farmacêutica a pedir autrização para uso de emergência do seu fármaco, depois da Pfizer.




A última análise da Moderna avaliou 196 infecções confirmadas por Covid entre os 30 mil participantes do estudo em estágio final. A empresa disse que 185 casos de Covid foram observados no grupo do placebo contra 11 casos observados no grupo que recebeu a vacina, o que resultou em uma eficácia de 94,1%.




Além disso, a vacina também aparenta conseguir evitar que os voluntários fiquem gravemente doentes com o vírus. Dos 30 casos graves de Covid-19 no ensaio clínico, nenhum estava no grupo que recebeu a vacina, segundo a Moderna. Registou-se ainda uma morte devido à Covid-19 no grupo do placebo, de acordo com a empresa.




AstraZeneca




A vacina contra a covid-19 da AstraZeneca e de Oxford mostrou uma eficácia de 82,4% com um intervalo de três meses entre as duas doses, de acordo com um estudo que reforça a decisão do Reino Unido de espaçar mais o intervalo entre as duas doses, para vacinar o maior número de pessoas numa primeira fase.




O fármaco também pode reduzir significativamente a transmissão do vírus, de acordo com a análise dos dados dos ensaios realizados pela Universidade de Oxford, que desenvolveu a vacina em conjunto com a empresa farmacêutica britânica. As amostras retiradas dos voluntários no ensaio mostraram uma redução de 67% na transmissão após a primeira dose, mostrou o relatório.




A vacina também mostrou 76% de proteção após a primeira de duas tomas, de acordo com os novos dados. Este nível de imunidade foi alcançado após um período inicial de 22 dias a partir da primeira dose.



Novavax




Os ensaios clínicos da vacina contra a covid-19 da Novavax mostraram uma eficácia de 89,3%, declarou a empresa de biotecnologia norte-americana num comunicado, que divulgou os resultados dos testes de fase 3.




Entretanto, a vacina é muito menos eficaz contra a variante identificada pela primeira vez na África do Sul, que os cientistas consideram ser mais contagiosa. A empresa vai começar imediatamente o desenvolvimento de uma nova versão da vacina visando esta variante, segundo o comunicado.




Os ensaios clínicos, conduzidos no Reino Unido, envolveram 15 mil pessoas com idades entre 18 e 84 anos, 27% das quais tinham mais de 65 anos. A primeira análise interina foi baseada em 62 casos de Covid-19, dos quais 56 foram observados no grupo de placebo, contra seis casos entre aqueles que receberam a vacina NVX-CoV2373.


Johnson & Johnson




A vacina de uma só dose da empresa norte-americana Johnson & Johnson (J&J) gerou uma forte proteção contra a covid-19 num grande ensaio em fase adiantada, aumentando a esperança de que possa rapidamente ser acrescentada às campanhas de imunização.




No ensaio com mais de 44 mil pessoas, a vacina evitou 66% dos casos moderados a graves de covid-19, de acordo com uma declaração da empresa emitida na última semana. Além disso, foi particularmente eficaz na prevenção de doenças graves, prevenindo 85% das infecções graves e 100% das hospitalizações e mortes.




Com base no resultado, a J&J espera uma autorização de utilização de emergência em março e poderá ter as vacinas prontas a enviar nessa altura. No entanto, a empresa não especificou quantas doses da vacina estarão disponíveis imediatamente.



Sinopharm




Os ensaios clínicos da vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinopharm para prevenir a Covid-19 apontaram uma eficácia de 86%, mas o Peru suspendeu os testes devido a “um acontecimento adverso” e existe uma preocupação quanto à falta de transparência em torno da vacina.




O Grupo Sinopharm é uma empresa farmacêutica estatal da China. Tem duas candidatas à vacina na fase final dos ensaios internacionais. As vacinas não estão sendo testadas no país porque a prevalência doméstica do vírus é muito baixa na China.




A Sinopharm está entre duas empresas farmacêuticas chinesas (a outra é a Sinovac) a ter criado a vacina através do método mais tradicional: utilizar um vírus inativo para desencadear uma resposta imunitária. São mais difíceis de fabricar rapidamente do que as outras e têm o potencial de causar uma resposta imunitária desequilibrada, mas têm demonstrado sucesso.



Sputnik V




A vacina russa chamada ‘Sputnik V’ tem uma eficácia de 91,6% contra a covid-19, de acordo com os resultados da fase três dos ensaios clínicos publicados na revista científica The Lancet. O resultado vem cinco meses depois de a Rússia ter aprovado o uso e distribuição da vacina no país.




O estudo revisto por pares foi publicado no The Lancet. Muitos dos autores estão ligados ao Ministério da Saúde da Rússia, segundo a publicação.




Coronavac




A CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, tem eficácia geral de 50,38%. Esse percentual, segundo o governo, se refere aos estudos feitos no Brasil, que foram realizados com profissionais da área da saúde, mais expostos ao vírus.



Já o resultado de eficácia dos casos leves, em pacientes que precisaram receber alguma assistência médica, foi de 77,96%, sendo que sete pessoas haviam recebido a vacina, e outras 31, placebo.



A vacina é armazenada em temperatura de geladeira, entre 2ºC e 8ºC.








Pesquisadores encontram ‘superanticorpos’ contra covid-19 em escritor americano




17/03/21

Quando, em abril do ano passado, um amigo com quem divide apartamento foi diagnosticado com covid-19, o escritor americano John Hollis, de 54 anos, achou que ficaria doente. No entanto, Hollis não apenas não desenvolveu a doença, como descobriu possuir um superanticorpo que o impede de ser infectado, inclusive pelas mutações do novo coronavírus.


A descoberta não veio sem sustos. Segundo relatou à TV americana NBC, o escritoR chegou a deixar uma carta para o filho adolescente “caso as coisas desmoronassem muito rápido”. Com exceção de alguns problemas de sinusite – que, segundo declarou ao jornal da Universidade de Virgínia, atribuiu a alergias – ele nunca ficou doente.


Em julho, Hollis estava na Universidade George Mason, onde trabalha no setor de comunicação, quando comentou com o professor Lance Liotta, um médico e bioengenheiro da instituição, sobre o que tinha vivido meses antes. Liotta então o convidou para participar de um estudo sobre a doença, e o resultado foi impressionante. O resultado do teste mostrou que Hollis não só havia sido infectado pelo vírus, como havia desenvolvido superanticorpos contra a doença. “Meu queixo bateu no chão”, disse Hollis. “Tive que fazer (Liotta) repetir o que ele me disse pelo menos cinco vezes”, contou à NBC.


Em entrevista à BBC, o médico responsável pelo estudo explicou os anticorpos desenvolvidos por Hollis atacam diversas partes do vírus ao mesmo tempo e o eliminam rapidamente. Na maioria das pessoas, porém, os anticorpos que se desenvolvem para combater o vírus atacam as proteínas das espículas do coronavírus para que ele não infecte as células. O problema é que, em uma pessoa que entra em contato com o vírus pela primeira vez, demora certo tempo até que o corpo consiga produzir esses anticorpos específicos, o que permite que o vírus se espalhe.



Ainda de acordo com Liotta, mesmo se diluídos em 1 para mil, seriam capazes de matar 99% dos vírus ativos. “Nós coletamos o sangue de Hollis em diferentes momentos e agora é uma mina de ouro para estudarmos diferentes formas de atacar o vírus”, afirmou.


“A coisa toda foi surreal”, disse Hollis ao jornal da Universidade de Virgínia – onde frequentou a faculdade. “Fui escritor durante toda a minha vida e não poderia inventar essas coisas se quisesse”, finalizou.



sexta-feira, 19 de março de 2021

Endorfina - o hormônio do bem estar

 

 
Fórmula molecular C17H19NO3


A endorfina é um hormônio , assim como a noradrenalina, a acetilcolina e a dopamina, e é uma substância química utilizada pelos neurônios na comunicação do sistema nervoso. É uma hormona, uma substância química que, transportada pelo sangue, faz comunicação com outras células, este é o hormônio do bem estar. Melhora o sistema nervoso central, proporcionando a elevação da auto estima, reduzindo sintomas depressivos e de ansiedade, além de manter o controle do apetite.A endorfina faz parte do sistema opioide do organismo, e esta a nível do hipotálamo atua sobre as sinapses inibindo a transmissão da dor.

Sua denominação se origina das palavras "endo" (interno) e "morfina" (analgésico).



As endorfinas foram descobertas em 1974. Foram encontrados 20 tipos diferentes de endorfinas no sistema nervoso, sendo a beta-endorfina a mais eficiente, pois é a que dá o efeito mais eufórico ao cérebro. Composta por 31 aminoácidos, a endorfina é produzida em resposta à atividade física e durante o orgasmo, visando relaxar e dar prazer, despertando uma sensação de euforia e bem-estar.


Efeitos principais das endorfinas:


Melhoram a memória;

Melhoram o bom humor;

Aumentam a resistência;

Aumentam a disposição física e mental;

Melhoram o nosso sistema imunológico;

Bloqueiam as lesões dos vasos sanguíneos;

Têm efeito antienvelhecimento, pois removem superóxidos (radicais livres);

Aliviam as dores;

Melhoram a concentração.

Melhoram a vida do ser humano

Pesquisas recentes

Atualmente sabemos que a endorfina é produzida na hipófise e libertada para o sangue juntamente com outras hormonas como o GH (hormona do crescimento) e o ACTH (hormona adrenocorticotrófico) que estimula a produção de adrenalina e cortisol.



Nos últimos trinta anos autores como Harber & Sutton, McGowan, Shyiu, Hoffmann e Heitkamp muito contribuíram para o que hoje se conhece sobre endorfina.


Estudos recentes apontam que a endorfina pode ter tanto um efeito sobre áreas cerebrais responsáveis pela modulação da dor, humor, depressão, ansiedade, como pela inibição do sistema nervoso simpático, responsável pela modulação de diversos órgãos como coração e intestino. Elas também podem regular a liberação de outras hormonas.


O consumo de chocolate e pimenta também estimula a produção de endorfina.


A endorfina também é libertada após aproximadamente 30 minutos de exercícios físicos aeróbios, como uma leve corrida.


Referências

Li, Yingxue; Lefever, Mark R; Muthu, Dhanasekaran; Bidlack, Jean M; Bilsky, Edward J; Polt, Robin (fevereiro de 2012). «Opioid glycopeptide analgesics derived from endogenous enkephalins and endorphins». Future Medicinal Chemistry. 4 (2): 205–226. ISSN 1756-8919. PMC PMC3306179Acessível livremente Verifique |pmc= (ajuda). PMID 22300099. doi:10.4155/fmc.11.195

Goldstein, Avram; Lowery, Patricia J. «Effect of the opiate antagonist naloxone on body temperature in rats». Life Sciences. 17 (6): 927–931. doi:10.1016/0024-3205(75)90445-2

Goldstein, Avram; Lowery, Patricia J. «Effect of the opiate antagonist naloxone on body temperature in rats». Life Sciences. 17 (6): 927–931. doi:10.1016/0024-3205(75)90445-2


Dopamina - O neurotransmissor do o humor e do prazer

                                            Dopamina


Dopamine2.svg

Dopamine 3D ball.png

Nome IUPAC 3,4-dihidroxi-feniletanamina

Outros nomes 2-(3,4-dihidroxifenil)etilamina;

3,4-dihidroxifenetilamina;

3-hidroxitiramina; DA; Intropina

Revivan; Oxitiramina

Identificadores

Número CAS 51-61-6,62-31-7 (cloridrato)

PubChem 681

DrugBank APRD00085

SMILES



Propriedades

Fórmula molecular C8H11NO2

Massa molar 153.178

Ponto de fusão

128 °C


Solubilidade em água 60.0 g/100 ml (? °C) [carece de fontes]

solúvel 

Solubilidade solúvel em metanol

insolúvel em etanol, acetona, clorofórmio e éter

Acidez (pKa) 8,93 

Riscos associados

Frases R R36/37/38

Frases S S26, S36/37

LD50 2859 mg·kg−1 (Rato, per os)

Compostos relacionados

Outros aniões/ânions 3-Metoxitiramina (4-(2-aminoetil)-3-metoxi-fenol)

3,4-Dimetoxifenetilamina

Compostos relacionados Tiramina (4-(2-aminoetil)-fenol)

6-Hidroxi-dopamina (5-(2-aminoetil)benzeno-1,2,4-triol)

Noradrenalina (4-[(1R)-2-amino-1-hidroxietil]benzeno-1,2-diol)

Alfa-metil-dopamina (4-(2-aminopropil)benzeno-1,2-diol)

Epinina (N-metil-dopamina)

Levodopa (ácido (S)-2-amino-3-(3,4-di-hidroxiphenil) propanoico)



Sua estimulação excessiva resulta em dessensibilização dos receptores gerando maior necessidade de dopamina para obter o mesmo efeito. Esse mecanismo tem um papel importante no vício em jogo, adicção sexual, alcoolismo e drogadicção.

A dopamina (DA) é um neurotransmissor monoaminérgico, da família das catecolaminas e das feniletilaminas que desempenha vários papéis importantes no cérebro e no corpo. Os receptores de dopamina são subdivididos em D1, D2, D3, D4, e D5 de acordo com localização no cérebro e função. O cérebro contém várias vias dopaminérgicas, uma delas desempenha um papel importante no sistema de comportamento motivado a recompensa. A maioria das recompensas aumentam o nível de dopamina no cérebro, e muitas drogas viciantes aumentam a atividade neuronal da dopamina. A dopamina é produzida especialmente pela substância negra e na área tegmental ventral (ATV). A dopamina também está envolvida no controle de movimentos, aprendizado, humor, emoções, cognição e memória.

É precursora natural da adrenalina e da noradrenalina, outras catecolaminas com função estimulante do sistema nervoso central.

A desregulação da dopamina está relacionada a transtornos neuropsiquiátricos como Doença de Parkinson, no qual ocorre escassez na via dopaminérgica nigro-estriatal, e na esquizofrenia, no qual ocorre excesso de dopamina na via dopaminérgica no mesolímbico e escassez na via mesocortical..


Índice


1 Mecanismo de ação

2 Farmacocinética da Dopamina

2.1 Distribuição

2.2 Metabolismo

2.3 Meia-vida

2.4 Duração da ação

2.5 Eliminação

3 Vias dopaminérgicas

4 Utilização Médica

4.1 Posologia

5 Contra-indicação Médica

6 Ligações externas

7 Referências


Mecanismo de ação
Na via de recompensa, dopamina é fabricado na área tegmental ventral e é liberado no núcleo accumbens e segue para o córtex pré-frontal. Na via responsável por movimentação, a dopamina é produzida na substância negra e liberada no corpo estriado

Estimula os receptores adrenérgicos do sistema nervoso simpático. Também atua sobre os receptores dopaminérgicos nos leitos vasculares renais, mesentéricos, coronarianos e intracerebrais, produzindo vasodilatação. Os efeitos são dependentes da dose.

Em doses baixas (0,5 a 2 mcg/kg/min) atua predominantemente sobre os receptores dopaminérgicos, produzindo vasodilatação mesentérica e renal. A vasodilatação renal dá lugar a um aumento do fluxo sanguíneo renal, da taxa de filtração glomerular, da excreção de sódio e geralmente do volume urinário.

Em dose baixas a moderadas (2 a 10 mcg/kg/min) também exerce um efeito inotrópico positivo no miocárdio devido à ação direta sobre os receptores beta 1 e uma ação indireta mediante a liberação de norepinefrina dos locais de armazenamento. Destas ações resulta um aumento da contratilidade do miocárdio e do volume de ejeção, aumentando então o gasto cardíaco. A pressão arterial sistólica e a pressão do pulso podem aumentar, sem variação ou com um ligeiro aumento da pressão arterial diastólica. A resistência total periférica não se altera. O fluxo sanguíneo coronário e o consumo de oxigênio do miocárdio geralmente se incrementam.

Com doses mais elevadas (10mcg/kg/min) ocorre estímulo dos receptores alfa adrenérgicos, produzindo um aumento da resistência periférica e vasoconstricção renal. As pressões sistólica e diastólica aumentam como resultado do incremento do gasto cardíaco e da resistência periférica.


Farmacocinética da Dopamina

Distribuição

Distribui-se amplamente no organismo, não atravessa a barreira hematoencefálica, não se sabe se atravessa a placenta.


Metabolismo

No fígado, rins e plasma pela MAO (monoaminoxidase) e COMT (catecol -O- metiltransferase) a compostos inativos. Em torno de 25% da dose se metaboliza a norepinefrina nas terminações nervosas adrenérgicas.


Meia-vida

Plasma - aproximadamente 2 minutos

Duração da ação

Menos de 10 minutos


Eliminação

Renal - cerca de 80% da dose de dopamina é excretada na urina em 24 horas, fundamentalmente com metabólitos e uma pequena porção de forma inalterada.


Vias dopaminérgicas

Via mesolímbica: Sabe-se que a dopamina está relacionada ao pensamento. Esquizofrenia envolve aumento da atividade dopaminérgica no mesolímbico.

Via nigro-estriatal: A Dopamina estabiliza os movimentos. O Mal de Parkinson está relacionado a escassez dopaminérgica nessa via.

Via túbero-Infundibular: A Dopamina na hipófise inibe a prolactina. Na Depressão pós-parto ocorre diminuição da dopamina.

Via mesocortical: A Dopamina atua no controle do apetite.

Utilização Médica

Dopaminérgicos podem ser administrados por seringa (via endovenosa) ou comprimidos (via oral e sub-lingual).


É um agente que tem ação inotrópica,sem alterar padrão cronotrópico, aumenta o poder de contração cardíaca através dos receptores beta-1. Tem ação vasopressora e simpaticomimética. Estimulante dos receptores da dopamina. É também precursor da noradrenalina e catecolamina.


Tem utilização no tratamento de alguns tipos de choques tal qual o choque circulatório sendo particularmente benéfica para os pacientes com oliguria e com resistência vascular periférica baixa ou normal. A dopamina também é utilizada com grande exito no tratamento do choque cardiogênico (causado pelo sistema circulatório) e choque bacteriêmico (causado por excesso de bactérias prejudiciais), bem como no tratamento da hipotensão intensa seguida a remoção do feocromocitoma.


Posologia

Diluição padrão (01 mg/ml = 03mcg/kg/min): Dopamina (50 mg/ml) fazer 05 ampolas em 200ml Soro Glicosado a 05% endovenoso correndo na bomba de infusão (BIC) na vazão de 10,8ml/h para um paciente cujo peso se aproxime de 60Kg.


Solução Concentrada (02 mg/ml = 06mcg/kg/min): Dopamina (50 mg/ml) fazer 10 ampolas em 150ml Soro Glicosado a 05% endovenoso correndo na bomba de infusão (BIC) na vazão de 10,8ml/h para um paciente cujo peso se aproxime de 60Kg.

Contra-indicação Médica

A dopamina é contra-indicada para pacientes portadores de feocromocitoma, bem como na presença de taquicardia ou fibrilação ventricular.

Como a segurança e a eficácia do uso da dopamina durante a gravidez ainda não foram bem estabelecidas, ela só deve ser feito caso o médico ache conveniente, ou se os efeitos benéficos sobrepujarem os riscos potenciais para o feto.


A dopamina não deve ser administrada junto com bicarbonato de sódio ou outras soluções alcalinas intravenosos, pois ela se torna inativa na presença de soluções alcalinas.[carece fontes]

Ligações externas

«Biochemistry of Parkinson's Disease»


segunda-feira, 15 de março de 2021

Neurotransmissores - As substâncias químicas produzidas pelos neurônios

Neurotransmissores são substâncias químicas produzidas pelos neurônios (as células nervosas), com a função de biossinalização. Por meio delas é possível enviar informações a outras células. Podem também estimular a continuidade de um impulso ou efetuar a reação final no órgão ou músculo alvo. Os neurotransmissores agem nas sinapses, que são o ponto de junção do neurônio com outra célula com função de produzir aglutinogênio



Índice




1 Classificação

2 Formação

2.1 Liberação

3 Locais de ação

4 Funções

4.1 Dopamina

4.2 Serotonina

4.3 Acetilcolina

4.4 Noradrenalina

4.5 Glutamato

4.6 Aspartato

4.7 Glicina

4.8 Ácido gama-aminobutírico (GABA)

4.9 Substância P

4.10 Neurotensina

4.11 Opioides

4.12 Melatonina

4.13 Histamina

4.14 Orexígenos e anorexígenos

5 Neuropeptídeos

6 Patologias

7 Referências



Classificação


Aminas biogênicas:


Catecolaminas: Adrenalina ou epinefrina, noradrenalina ou norepinefrina e dopamina;

Indolaminas: Serotonina, melatonina e histamina.

Aminoacidérgicos: GABA, taurina, ergotioneína, glicina, beta-alanina, glutamato e aspartato.

Neuropeptídeos: endorfina, encefalina, vasopressina, oxitocina, orexina, neuropeptídeo Y, substância P, dinorfina A, somatostatina, colecistoquinina, neurotensina, hormona luteinizante, gastrina e enteroglucagon.

Radicais Livres: Óxido Nítrico (NO), monóxido de carbono (CO), trifosfato de adenosina (ATP) e de ácido araquidônico.

Colinérgico: Acetilcolina.


Formação


Diagrama de uma sinapse

A - Axônio Pré-sináptico.

B - Fenda Sináptica.

C - Célula Pós-sináptica.

Os neurotransmissores são produzidos na célula transmissora (A) e são acumulados em vesículas, as vesículas sinápticas. Isso pode ocorrer por ação direta de uma substância química, como um hormônio, sobre receptores celulares pré-sinápticos .

Liberação

Quando um potencial de ação ocorre, as vesículas se fundem com a membrana plasmática, liberando os neurotransmissores na fenda sináptica (B), por exocitose.

Estes neurotransmissores agem sobre a célula receptora (C), através de proteínas que se situam na membrana plasmática desta, os receptores celulares pós-sinápticos . Os receptores ativados geram modificações no interior da célula receptora, através dos segundos mensageiros . Estas modificações é que originarão a resposta final desta célula.

Proteínas especiais da célula transmissora retiram o neurotransmissor da fenda sináptica, através de bombas de recaptação. Algumas enzimas, inativam quimicamente os neurotransmissores, interrompendo a sua ação. Segue a figura ao lado

 

Diagrama de uma sinapse
A - Axônio Pré-sináptico.
B - Fenda Sináptica.
C - Célula Pós-sináptica.


Locais de ação

Essas substâncias atuam no encéfalo, na medula espinhal e nos nervos periféricos e na junção neuromuscular ou placa motora.

Quimicamente, os neurotransmissores são moléculas relativamente pequenas e simples. Diferentes tipos de células secretam diferentes neurotransmissores. Cada substância química cerebral funciona em áreas bastante espalhadas mas muito específicas do cérebro e podem ter efeitos diferentes dependendo do local de ativação. Cerca de 60 neurotransmissores foram identificados e podem ser classificados, em geral em uma das quatro categorias.

Funções

São aminas biogênicas a adrenalina, serotonina, noradrenalina, dopamina, histamina, melatonina e DOPA.

O glutamato e o aspartato são os transmissores excitatórios bem conhecidos, enquanto que o ácido gama-aminobutírico (GABA), a glicina e a taurina são neurotransmissores inibidores.


Dopamina:

Controla a estimulação e os níveis do controle motor. Quando os níveis estão baixos no mal de Parkinson, os pacientes não conseguem se mover. Presume-se que a cocaína e a nicotina atuam liberando uma quantidade maior de dopamina na fenda sináptica. Porém, existem alguns fármacos que atuam elevando os níveis de Dopamina, são os Medicamentos Precursores da Dopamina, agonistas de receptores dopaminérgicos, inibidores seletivos da MAO-B(monoaminoxidase - b) , inibidores da COMT (catecol-o-ometil-transferase), Liberadores de dopamina, bloqueadores de sua recaptação e estimulantes de sua síntese.

Serotonina:

Esse neurotransmissor é um dos mais importantes e com mais receptores e funções diferentes. Possui forte efeito no humor, memória, aprendizado, alimentação, desejo sexual e sono reparador. A falta desse neurotransmissor é apontado como uma das causas de transtornos depressivos, alimentares, sexuais e do sono. Para sua boa produção é importante o consumo de triptofano, uma boa rotina de 6 a 8h de sono e exercícios regulares. A maioria dos antidepressivos são estimuladores de neurotransmissores (serotonina, dopamina e noradrenalina), mas seus resultados são questionáveis devido ao fato de algumas pessoas sadias não apresentarem redução na taxa dos mesmos.

Acetilcolina:

A acetilcolina (ACh) é que controla a atividade de áreas cerebrais relacionadas à atenção, aprendizagem e memória. É liberada pelos núcleos colinérgicos e é responsável pelo sistema parassimpático atuando na junção neuromuscular para contrair músculos esqueléticos e contrair o sistema digestivo e excretor, efeito oposto ao da adrenalina. Desse modo é importante para a boa digestão e relaxamento muscular.


Noradrenalina:


A noradrenalina (NA) é principalmente uma substância química que induz a excitação física e mental e ao bom humor. A produção é centrada na área do cérebro chamada de locus ceruleus, e atua nos centro de "prazer" do cérebro. Sua falta está associada a transtornos depressivos.


Glutamato:


O principal neurotransmissor excitatório do sistema nervoso. O glutamato atua em duas classes de receptores: os ionotrópicos (que quando ativados exibem grande condutividade a correntes iônicas) e os metabotrópicos (agem ativando vias de segundos mensageiros). Os receptores ionotrópicos de glutamato do tipo NMDA são implicados como protagonistas em processos cognitivos que envolvem a destruição de células.


Aspartato:


Também atua como neuromodulador excitatório, de modo similar ao glutamato.

Glicina:

A glicina é um neurotransmissor aminoácido encontrado em todo o organismo, e atua como neurotransmissor inibitório em neurônios do sistema nervoso central, principalmente a nível de tronco cerebral e da medula espinhal. Também atua como anti-inflamatório, protetor celular e na modulação do sistema imune.



Ácido gama-aminobutírico (GABA)

O GABA é o principal neurotransmissor inibidor no sistema nervoso central. É sintetizado a partir do glutamato, o principal excitatório.

Substância P:

A substância P pertence à família das taquicininas (TAC1). Fórmula molecular: C63H98N18O13S. Peso molar: 1347.63 g/mol

A substância P é um neuropeptídeo que atua como neuromodulador. Ela facilita processos inflamatórios como vômito e nocicepção (resposta à dor), e é secretada por macrófagos, eosinófilos, linfócitos e células dendríticas, além dos nervos sensitivos específicos. Ela também pode ser responsável pelo controle da respiração e da regeneração do tecido epitelial e nervoso, e atua favorecendo a vasodilatação.

Neurotensina:

A neurotensina é um tridecapeptídeo, encarregado de regular o hormônio luteinizante e a liberação de prolactina e interage com o sistema dopaminérgico. Esse neuropeptídio está distribuído por todo sistema nervoso central, com níveis mais elevados no hipotálamo, amígdala e núcleo acumbente; no sistema nervoso periférico, pode ser encontrado nas células endócrinas no intestino delgado. Dentre os seus papeis funcionais, destacam-se a regulação da atividade locomotora, analgesia (diminuição da dor), hipotermia (diminuição da temperatura corporal), regulação das vias de dopamina, aumento da produção de glutamato e alterações na pressão arterial.


A substância P pertence à família das taquicininas (TAC1). Fórmula molecular: C63H98N18O13S. Peso molar: 1347.63 g/mol

Opioides:


Encefalina, endorfina e dinorfinas são opiáceos que, como as drogas heroína e morfina, modulam as respostas a dor, relaxamento muscular e reduzem o estresse. Também estão envolvidas nos mecanismos de dependência física.

Além de seu envolvimento nas vias de dor, o sistema opioide está largamente representado em áreas cerebrais envolvidas na resposta à substâncias psicoativas, como a área tegmental ventral e a cápsula no núcleo acumbente. Os peptídeos opióides estão envolvidos em grande variedade de funções, regulando funções de respostas ao estresse, de alimentação, de humor, de aprendizado, de memória e imunes, além de apresentar grande importância na modulação de inúmeras funções sensoriais, motivacionais, emocionais e funções cognitivas.


Melatonina:


Causa sono quando está escuro, regulando assim o ciclo claro-escuro, uma das partes mais importantes para o bom funcionamento do ciclo circadiano, que prepara o organismo para a maior ou menor produção de hormônios e enzimas dependendo do horário do dia.


Histamina:


No hipotálamo a histamina regula funções térmicas e relacionadas ao despertar. No resto do organismo é importante para regular o fluxo sanguíneo e resposta a inflamação.


Orexígenos e anorexígenos:


Orexígenos são responsáveis por causar fome e apetite, enquanto anorexígenos produzem saciedade. Dentre os principais orexígenos estão o neuropeptídeo Y, a “proteína relacionada ao gene do agouti” (AGRP), as orexinas, o hormônio concentrador de melanina (MCH) e a colecistoquinina (CCK) enquanto dentre os anorexígenos os principais são o “alfa-hormônio estimulador dos melanócitos” (aMSH), transcrito regulado pela cocaína e anfetaminas (CART) e a lisina.

Neuropeptídeos


Etapas na síntese dos neuropeptídeos

No início da década de 70, investigações com aminoácidos evidenciaram seu envolvimento no processo de transmissão sináptica. Foi descoberto que, além de seu papel metabólico, certos aminoácidos desempenhavam também o papel de neurotransmissores. Desde então, foi crescendo o número de peptídeos caracterizados como neurotransmissores.

Os neuropeptídios são sintetizados de outro modo e tem ações que são em geral lentas e muito diferentes das dos neurotransmissores de moléculas menores. Os neuropeptídios não são sintetizados no citosol dos terminais pré-sinápticos como neurotransmissores não peptídicos, mas são sintetizados como grandes moléculas proteicas pelos ribossomos situados no corpo celular dos neurônios. As moléculas proteicas, então entram nos espaços internos do retículo endoplasmático do corpo celular e logo depois no aparelho de Golgi, onde passam por duas alterações: primeiro, a proteína que forma o neuropeptideo é clivada (cortada), por ação enzimática, em fragmentos menores, sendo alguns deles o próprio neuropeptídeo ou seu precursor. Segundo, o aparelho de Golgi empacota o neuropeptídio em vesículas diminutas que são liberadas no citoplasma. Essas vesículas são transportadas até as terminações das fibras nervosas pelo fluxo axônico, sendo transportadas de forma lenta de apenas de alguns centímetros por dia. No fim, essas vesículas fundem-se com as membranas dos terminais pré-sinápticos e liberam seus conteúdos na fenda sináptica em resposta a potenciais de ação da mesma forma que os neurotransmissores de molécula pequena. As vesículas passam por autólise, ou seja as vesículas se autodestroem espontaneamente, entretanto não são reutilizadas como acontece com os neurotransmissores não-peptídicos.

  

Devido ao método trabalhoso da formação desses neuropeptídeos, citados acima, quantidades bem menores são liberadas desses são normalmente liberadas em relação aos neurotransmissores de moléculas pequenas. Só que isto é compensado, pois os neuropeptídeos possuem em geral uma potência de transmissão de impulsos bem maior do que dos neurotransmissores não peptídicos. Outra característica importante dos neuropeptídeos é que eles por vezes provocam ações prolongadas, por exemplo: alguns desses efeitos duram dias mas outros podem durar meses ou anos.


Patologias

A diminuição dessas substâncias provocam alteração doenças psiquiátricas como:




Transtornos do humor

Transtornos de ansiedade

Transtornos alimentares

Transtornos sexuais

Distúrbios do sono

Distúrbios de memória e aprendizagem


E doenças neurológicas como:


Fibromialgia, dor crônica e enxaquecas,

Demências como parkinson e alzheimer,

Convulsões e epilepsia,

Transtornos motores como tremores, rigidez e espasmos.

Receptores transmembrana: Receptores acoplados às proteínas G.


Neurotransmissores


Derivados de aminoácidos

Principais sistemas excitatórios/inibitórios: Glutamato: AgmatinaÁcido aspártico (aspartato)Ácido glutâmico (glutamato)GlutationaGlicinaGSNOGSSGÁcido quinurénicoNAANAAGOxamicinaProlinaSerina; GABA: GABOBGHB; Glicina: AlaninaBeta-alaninaGlicinaHipotaurinaProlinaSarcosinaSerinaTaurina; GHB: T-HCA (GHC)

Aminas biogénicas: Monoaminas: 6-OHMDopaminaEpinefrina (adrenalina)NAS (normelatonina)Norepinefrina (noradrenalina)Serotonina (5-HT); Aminas traço: FenetilaminaFeniletanolaminaIodotironinaMetilfenetilaminaMetiltriptaminaNorfenefrinaOctopaminaSinefrinaTriptaminaTiramina; Outras: Histamina

Derivados de lípidos

Endocanabinóides: 2-AGEtanolamina araquidonoil (O-AEA)2-AGE (noladina)2-ALPI2-OGAA-5-HTAnandamida (AEA)DEANADAOleamida

Derivados de vitaminas

Sistema colinérgico: Acetilcolina

Outros derivados

Nucleotídios: Adenosina: ADPAMPATP; Gasotransmissores: Monóxido de carbono(CO)Óxido nítrico (NO)Sulfeto de hidrogénio (H2S); Candidatos: Amoníaco (NH3)Dióxido de enxofre (SO2)EtanalÓxido nitroso (N2O)Sulfeto de carbonila (COS)



Referências

http://www.psiquiatriageral.com.br/cerebro/neurotransmissores.htm

http://www.bv.fapesp.br/pt/publicacao/6100/glicina-neurotransmissor-corpo-estriado-ratos/

O'Connor TM, O'Connell J, O'Brien DI, Goode T, Bredin CP, Shanahan F. The role of substance P in inflammatory disease. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15334652

Gavan P McNally,Huda Akil (2002). «Opioid peptides and their receptors: Overview and function in pain modulation». In: Kenneth L Davis, Dennis Charney, J T Coyle,Charles Nemeroff. Neuropsychopharmacology: The fifth generation of progress. Nova Iorque: Raven Press / American College of Neuropsychopharmacology. p. 35-46. ISBN 0-7817-2837-1

http://www.sistemanervoso.com/pagina.php?secao=6&materia_id=256&materiaver=1

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12911757

Arthur C Guyton, John E Hall (2006). Tratado de fisiologia médica 12ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier. ISBN 8535216413

Marcus Lira Brandão (2004). As bases biológicas do comportamento (PDF). Introdução à neurociência. São Paulo: E.P.U. ISBN 8512406305[ligação inativa]

Serotonina - Neurotransmissor da inibição da ira, agressão, temperatura corporal, humor, sono, vômito e apetite.

                                                             



A Serotonina (5-hidroxitriptamina ou 5-HT) é uma molécula biológica do grupo monoamina neurotransmissora sintetizada nos neurónios serotoninérgicos do Sistema nervoso central (SNC) e nas células enterocromafins (células de Kulchitsky) do trato gastrointestinal dos animais (entre eles o ser humano). A serotonina também se encontra em vários cogumelos e plantas, incluindo frutas e vegetais. Acredita-se que a serotonina representa um papel importante no sistema nervoso central como neurotransmissor na inibição da ira, agressão, temperatura corporal, humor, sono, vômito e apetite.

                                             

Estas inibições estão diretamente relacionadas com os sintomas da depressão. Adicionalmente, a serotonina é também um mediador periférico de sinal. Por exemplo, a serotonina encontra-se abundantemente no trato gastrointestinal (aproximadamente 90%) e o seu local de armazenamento principal são as plaquetas na circulação sanguínea.





Serotonin


Serotonin-skeletal.png Serotonin-3D-vdW.png

Nome IUPAC 5-hidroxitriptamina

Identificadores

Número CAS 50-67-9,153-98-0 (cloridrato)

PubChem 5202

MeSH Serotonin

SMILES



InChI

1/C10H12N2O/c11-4-3-7-6-12-10-2-1- 8(13)5-9(7)10/h1-2,5-6,12-13H,3-4,11H2

Propriedades

Fórmula molecular N2OC10H12

Massa molar 176.215

Ponto de fusão

167–168 °C (cloridrato)


Solubilidade em água solúvel (20 g·l-1 a 27 °C) [2]

Riscos associados

Frases R R20/21/22, R36/37/38

Frases S S26

LD50 60 mg·kg-1 (camundongo, per os)

Compostos relacionados

Outros aniões/ânions 5-Metoxitriptamina

Derivados por substituição no grupo amino relacionados Bufotenina (N,N-dimetil-serotonina)

N-acetil-serotonina

Compostos relacionados Triptamina (sem a hidroxila)

5-hidroxitriptofano (precursor biológico; serotonina obtida por decarboxilação).


Neurotransmissor

Como todo neurotransmissor, os efeitos de 5-HT no humor e no estado mental humano, tal como o seu papel na consciência, são muito difíceis de determinar. Entre as principais funções da serotonina está a função de regular o apetite mediante a saciedade, equilibrar o desejo sexual, controlar a temperatura corporal, a atividade motora e as funções perceptivas e cognitivas. A serotonina intervém noutros neurotransmissores conhecidos como a dopamina e a noradrenalina, que, em níveis abaixo dos valores de referência, podem provocar sintomas como angústia, ansiedade, medo, agressividade, assim como os problemas alimentares. A serotonina também intervém beneficamente nos parâmetros de densidade óssea. Contudo, estudos demonstram que as pessoas que tomam antidepressivos do tipo inibidor seletivo de recaptação de serotonina podem apresentar osteoporose (redução da densidade óssea).

Relação Anatómica

Os neurónios dos núcleos da rafe são a fonte principal de libertação de 5-HT no cérebro. Os núcleos da rafe são conjuntos de neurónios distribuídos em nove grupos pares e localizados ao longo do tronco encefálico, o qual está centrado à volta da formação reticular. Os axónios dos neurônios dos núcleos da rafe terminam em, por exemplo:

Núcleos cerebrais profundos
Córtex cerebral
Medula espinal
Córtex cerebelar 
Por outro lado, os axónios dos neurónios nos núcleos dorsais da rafe terminam em, por exemplo:

Tálamo
Corpo estriado
Hipotálamo
Núcleo accumbens
Neocórtex
Giro do cíngulo
Hipocampo
Amígdala
Assim, a ativação do sistema serotoninérgico afeta as várias áreas do cérebro, o que explica os efeitos terapêuticos da sua modulação.

Microanatomia

O 5-HT, como se pensa, é libertada das varicosidades serotonérgicas no espaço extraneuronal, ou seja, desde as varicosidades e ao longo dos axónios, não só por ligações sinápticas terminais (esquema de neurotransmissão clássico). Desde este ponto é livre de se difundir sobre uma região relativamente grande de espaço (>20μm) e ativar os Receptores de 5-TH localizados sobre as dendrites, o corpo, e as terminações pré-sinápticas dos neurónios adjacentes.

Receptores

Os receptores de 5HT são os receptores para a serotonina. Estão localizados na membrana celular das células nervosas e de outros tipos de células em animais, e mediam os efeitos da serotonina como o ligando endógeno e de um grande espectro de fármacos e alucinógenos. Com a exceção do receptor de 5-HT3, um canal iónico associado a ligandos, os restantes receptores estão ajustados a receptores de sete domínios transmembranais de Proteína G (ou heptahelíticos) que ativam uma série de mensageiros secundários intracelulares.

Receptor 5-HT1
Receptor 5-HT2A
Receptor 5-HT2C
Receptor 5-HT3
Receptor 5-HT4
Receptor 5-HT 6

Fatores Genéticos

As variações genéticas nos alelos que codificam para os recetores de serotonina são conhecidas atualmente por terem um impacto significativo sobre a probabilidade na formação de certos problemas e desordens fisiológicas. Por exemplo, uma mutação no alelo que codifica o receptor 5-HT2A leva à duplicação do risco de suicídio dos portadores desse genótipo. Contudo, ainda têm de ser produzidas provas satisfatórias para este descobrimento, pois observa-se que se têm gerado dúvidas sobre a invalidez do mesmo. É muito improvável que um gene individual seja responsável pelo aumento de suicídios. É mais provável que um número de genes seja combinado com fatores exógenos para afetar o comportamento deste modo. Este gene (HTR2A) codifica um dos receptores de serotonina (5HT2A). As mutações deste gene estão associadas com a suscetibilidade para a Esquizofrenia e Transtorno obsessivo-compulsivo, e também estão relacionadas com a resposta ao antidepressivo Citalopram em pacientes com um Transtorno depressivo maior.

Terminação

A ação serotoninérgica é terminada primariamente mediante a recaptação do 5-HT na sinapse. Pensa-se que mediante um transportador de monoaminas específico para o 5-HT (Transportador de serotonina) nos neurónios pré-sinápticos. Diversos agentes podem inibir a recaptação de 5-HT, incluindo o MDMA ou ecstasy, cocaína, anfetamina, dextrometorfano (um antitussígeno), antidepressivo tricíclicos (ADTs) e os Inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS).

Outras Funções

Investigações recentes sugerem que a serotonina tem um papel importante na regeneração hepática e atua como mitógeno (que induz a divisão celular) por todo o corpo. A função serotoninérgica é fundamentalmente inibidora. Influencia o sono e está relacionada também com os estados de ânimo, com as emoções e com os estados depressivos. Afeta o funcionamento vascular assim como a frequência cardíaca. A serotonina regula a secreção de hormonas, como a do crescimento. Alterações dos níveis desta substância estão associados a desequilíbrios mentais como a esquizofrenia e o autismo. A serotonina também desempenha uma função importante no transtorno obsessivo-compulsivo, que é um transtorno de ansiedade. Alguns alucinogénos, como o LSD e o MDMA atuam intensamente nos receptores serotonínicos. Entre as funções fisiologia da serotonina destaca-se a inibição da secreção gástrica, a estimulação muscular e a secreção de hormonas por parte da hipófise. Níveis baixos de serotonina em pessoas com fibromialgia explicam em grande parte a causa das dores e das perturbações do sono. Tais níveis baixos também estão associados a estados agressivos, depressão e ansiedade, incluindo as Enxaqueca, devido ao facto de quando os níveis de serotonina baixam, os vasos sanguíneos dilatam. A serotonina desempenha uma função importante na proliferação linfática dependendo do tipo de recetor estimulado (5-HT1A vs.5-HT7).


Terminação

A ação serotoninérgica é terminada primariamente mediante a recaptação do 5-HT na sinapse. Pensa-se que mediante um transportador de monoaminas específico para o 5-HT (Transportador de serotonina) nos neurónios pré-sinápticos. Diversos agentes podem inibir a recaptação de 5-HT, incluindo o MDMA ou ecstasy, cocaína, anfetamina, dextrometorfano (um antitussígeno), antidepressivo tricíclicos (ADTs) e os Inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS).

Outras Funções
Investigações recentes sugerem que a serotonina tem um papel importante na regeneração hepática e atua como mitógeno (que induz a divisão celular) por todo o corpo. A função serotoninérgica é fundamentalmente inibidora. Influencia o sono e está relacionada também com os estados de ânimo, com as emoções e com os estados depressivos. Afeta o funcionamento vascular assim como a frequência cardíaca. A serotonina regula a secreção de hormonas, como a do crescimento. Alterações dos níveis desta substância estão associados a desequilíbrios mentais como a esquizofrenia e o autismo. A serotonina também desempenha uma função importante no transtorno obsessivo-compulsivo, que é um transtorno de ansiedade. Alguns alucinogénos, como o LSD e o MDMA atuam intensamente nos receptores serotonínicos. Entre as funções fisiologia da serotonina destaca-se a inibição da secreção gástrica, a estimulação muscular e a secreção de hormonas por parte da hipófise. Níveis baixos de serotonina em pessoas com fibromialgia explicam em grande parte a causa das dores e das perturbações do sono. Tais níveis baixos também estão associados a estados agressivos, depressão e ansiedade, incluindo as Enxaqueca, devido ao facto de quando os níveis de serotonina baixam, os vasos sanguíneos dilatam. A serotonina desempenha uma função importante na proliferação linfática dependendo do tipo de recetor estimulado (5-HT1A vs.5-HT7).


Síntese
No corpo humano, a serotonina é sintetizada desde o aminoácido Triptófano por via metabólica curta que engloba duas enzimas: triptofano hidroxilase (TPH) e L-aminoácido aromático descarboxílase (DDC). A reação causada pelo TPH é uma etapa limitada em várias vias. O TPH foi visto em duas formas existentes na natureza: TPH1, encontrada em vários tecidos, e a TPH2, que é uma isoforma cerebral específica. Existem provas de polimorfismos genéticos em ambas as formas com influência sobre a suscetibilidade para a ansiedade e depressão. Também existem provas de como as hormonas ovarianas podem afetar a expressão da TPH em várias espécies, sugerindo um possível mecanismo para Depressão pós-parto e para a Síndrome de tensão pré-menstrual. A serotonina ingerida por via oral não passa pelas vias serotoninérgicas do sistema nervoso central porque esta não cruza a Barreira hematoencefálica. Porém, o triptofano e os seus metabolitos 5-Hidroxitriptofano (5-HTP), com os quais a serotonina é sintetizada, podem e cruzam a barreira hematoencefálica. Estes agentes estão disponíveis como suplementos dietéticos e podem ser agentes serotoninérgicos eficazes. Um produto de clivagem é o ácido 5-hidroxindolacético (5-HIAA), que é eliminado na urina. Por vezes a serotonina e o 5-HIAA são produzidos em quantidades excessivas por certos tumores, e os níveis dessas substâncias podem ser medidas pela urina para verificar a presença das ditas Patologias.

História

A serotonina foi isolada e designada pela primeira vez em 1948 por Maurica M. Rapport, Arda Green e Irvine Page da Clínica de Cleveland, mas em 1935 o investigador italiano Vittorio Erspamer tinha demonstrado que uma substância desconhecida até à data, que chamou de enteramina, produzida pelas células enterocromafinas do intestino, estimulava a contração intestinal. O nome serotonina é um termo equívoco que reflete nada mais que as circunstâncias em que se descobriu o composto. Foi inicialmente identificado como uma substância vasoconstritora no plasma sanguíneo - daí o nome serotonina, um agente sanguíneo que afeta a circulação vascular. Este agente foi posteriormente identificado quimicamente como 5-hidroxitriptamina, e desde então foi associado a um grande número de propriedades fisiológicas. O 5-HT foi até agora o nome mais adotado pela indústria farmacêutica.

Referências

 Thieme Chemistry, ed. (2009). RÖMPP Online - Version 3.5. Stuttgart: Georg Thieme Verlag KG
 (en) « Serotonina » em ChemIDplus.
 «PubChem»site pubchem.ncbi.nlm.nih.gov
 Machado, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. [S.l.]: Atheneu. 206 páginas