Dopamina - O neurotransmissor do o humor e do prazer
Dopamina
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Dopamine 3D ball.png
Nome IUPAC 3,4-dihidroxi-feniletanamina
Outros nomes 2-(3,4-dihidroxifenil)etilamina;
3,4-dihidroxifenetilamina;
3-hidroxitiramina; DA; Intropina
Revivan; Oxitiramina
Identificadores
Número CAS 51-61-6,62-31-7 (cloridrato)
PubChem 681
DrugBank APRD00085
SMILES
Propriedades
Fórmula molecular C8H11NO2
Massa molar 153.178
Ponto de fusão
128 °C
Solubilidade em água 60.0 g/100 ml (? °C) [carece de fontes]
solúvel
Solubilidade solúvel em metanol
insolúvel em etanol, acetona, clorofórmio e éter
Acidez (pKa) 8,93
Riscos associados
Frases R R36/37/38
Frases S S26, S36/37
LD50 2859 mg·kg−1 (Rato, per os)
Compostos relacionados
Outros aniões/ânions 3-Metoxitiramina (4-(2-aminoetil)-3-metoxi-fenol)
3,4-Dimetoxifenetilamina
Compostos relacionados Tiramina (4-(2-aminoetil)-fenol)
6-Hidroxi-dopamina (5-(2-aminoetil)benzeno-1,2,4-triol)
Noradrenalina (4-[(1R)-2-amino-1-hidroxietil]benzeno-1,2-diol)
Alfa-metil-dopamina (4-(2-aminopropil)benzeno-1,2-diol)
Epinina (N-metil-dopamina)
Levodopa (ácido (S)-2-amino-3-(3,4-di-hidroxiphenil) propanoico)
Sua estimulação excessiva resulta em dessensibilização dos receptores gerando maior necessidade de dopamina para obter o mesmo efeito. Esse mecanismo tem um papel importante no vício em jogo, adicção sexual, alcoolismo e drogadicção.
A dopamina (DA) é um neurotransmissor monoaminérgico, da família das catecolaminas e das feniletilaminas que desempenha vários papéis importantes no cérebro e no corpo. Os receptores de dopamina são subdivididos em D1, D2, D3, D4, e D5 de acordo com localização no cérebro e função. O cérebro contém várias vias dopaminérgicas, uma delas desempenha um papel importante no sistema de comportamento motivado a recompensa. A maioria das recompensas aumentam o nível de dopamina no cérebro, e muitas drogas viciantes aumentam a atividade neuronal da dopamina. A dopamina é produzida especialmente pela substância negra e na área tegmental ventral (ATV). A dopamina também está envolvida no controle de movimentos, aprendizado, humor, emoções, cognição e memória.
É precursora natural da adrenalina e da noradrenalina, outras catecolaminas com função estimulante do sistema nervoso central.
A desregulação da dopamina está relacionada a transtornos neuropsiquiátricos como Doença de Parkinson, no qual ocorre escassez na via dopaminérgica nigro-estriatal, e na esquizofrenia, no qual ocorre excesso de dopamina na via dopaminérgica no mesolímbico e escassez na via mesocortical..
Índice
1 Mecanismo de ação
2 Farmacocinética da Dopamina
2.1 Distribuição
2.2 Metabolismo
2.3 Meia-vida
2.4 Duração da ação
2.5 Eliminação
3 Vias dopaminérgicas
4 Utilização Médica
4.1 Posologia
5 Contra-indicação Médica
6 Ligações externas
7 Referências
Mecanismo de ação
Na via de recompensa, dopamina é fabricado na área tegmental ventral e é liberado no núcleo accumbens e segue para o córtex pré-frontal. Na via responsável por movimentação, a dopamina é produzida na substância negra e liberada no corpo estriado
Estimula os receptores adrenérgicos do sistema nervoso simpático. Também atua sobre os receptores dopaminérgicos nos leitos vasculares renais, mesentéricos, coronarianos e intracerebrais, produzindo vasodilatação. Os efeitos são dependentes da dose.
Em doses baixas (0,5 a 2 mcg/kg/min) atua predominantemente sobre os receptores dopaminérgicos, produzindo vasodilatação mesentérica e renal. A vasodilatação renal dá lugar a um aumento do fluxo sanguíneo renal, da taxa de filtração glomerular, da excreção de sódio e geralmente do volume urinário.
Em dose baixas a moderadas (2 a 10 mcg/kg/min) também exerce um efeito inotrópico positivo no miocárdio devido à ação direta sobre os receptores beta 1 e uma ação indireta mediante a liberação de norepinefrina dos locais de armazenamento. Destas ações resulta um aumento da contratilidade do miocárdio e do volume de ejeção, aumentando então o gasto cardíaco. A pressão arterial sistólica e a pressão do pulso podem aumentar, sem variação ou com um ligeiro aumento da pressão arterial diastólica. A resistência total periférica não se altera. O fluxo sanguíneo coronário e o consumo de oxigênio do miocárdio geralmente se incrementam.
Com doses mais elevadas (10mcg/kg/min) ocorre estímulo dos receptores alfa adrenérgicos, produzindo um aumento da resistência periférica e vasoconstricção renal. As pressões sistólica e diastólica aumentam como resultado do incremento do gasto cardíaco e da resistência periférica.
Farmacocinética da Dopamina
Distribuição
Distribui-se amplamente no organismo, não atravessa a barreira hematoencefálica, não se sabe se atravessa a placenta.
Metabolismo
No fígado, rins e plasma pela MAO (monoaminoxidase) e COMT (catecol -O- metiltransferase) a compostos inativos. Em torno de 25% da dose se metaboliza a norepinefrina nas terminações nervosas adrenérgicas.
Meia-vida
Plasma - aproximadamente 2 minutos
Duração da ação
Menos de 10 minutos
Eliminação
Renal - cerca de 80% da dose de dopamina é excretada na urina em 24 horas, fundamentalmente com metabólitos e uma pequena porção de forma inalterada.
Vias dopaminérgicas
Via mesolímbica: Sabe-se que a dopamina está relacionada ao pensamento. Esquizofrenia envolve aumento da atividade dopaminérgica no mesolímbico.
Via nigro-estriatal: A Dopamina estabiliza os movimentos. O Mal de Parkinson está relacionado a escassez dopaminérgica nessa via.
Via túbero-Infundibular: A Dopamina na hipófise inibe a prolactina. Na Depressão pós-parto ocorre diminuição da dopamina.
Via mesocortical: A Dopamina atua no controle do apetite.
Utilização Médica
Dopaminérgicos podem ser administrados por seringa (via endovenosa) ou comprimidos (via oral e sub-lingual).
É um agente que tem ação inotrópica,sem alterar padrão cronotrópico, aumenta o poder de contração cardíaca através dos receptores beta-1. Tem ação vasopressora e simpaticomimética. Estimulante dos receptores da dopamina. É também precursor da noradrenalina e catecolamina.
Tem utilização no tratamento de alguns tipos de choques tal qual o choque circulatório sendo particularmente benéfica para os pacientes com oliguria e com resistência vascular periférica baixa ou normal. A dopamina também é utilizada com grande exito no tratamento do choque cardiogênico (causado pelo sistema circulatório) e choque bacteriêmico (causado por excesso de bactérias prejudiciais), bem como no tratamento da hipotensão intensa seguida a remoção do feocromocitoma.
Posologia
Diluição padrão (01 mg/ml = 03mcg/kg/min): Dopamina (50 mg/ml) fazer 05 ampolas em 200ml Soro Glicosado a 05% endovenoso correndo na bomba de infusão (BIC) na vazão de 10,8ml/h para um paciente cujo peso se aproxime de 60Kg.
Solução Concentrada (02 mg/ml = 06mcg/kg/min): Dopamina (50 mg/ml) fazer 10 ampolas em 150ml Soro Glicosado a 05% endovenoso correndo na bomba de infusão (BIC) na vazão de 10,8ml/h para um paciente cujo peso se aproxime de 60Kg.
Contra-indicação Médica
A dopamina é contra-indicada para pacientes portadores de feocromocitoma, bem como na presença de taquicardia ou fibrilação ventricular.
Como a segurança e a eficácia do uso da dopamina durante a gravidez ainda não foram bem estabelecidas, ela só deve ser feito caso o médico ache conveniente, ou se os efeitos benéficos sobrepujarem os riscos potenciais para o feto.
A dopamina não deve ser administrada junto com bicarbonato de sódio ou outras soluções alcalinas intravenosos, pois ela se torna inativa na presença de soluções alcalinas.[carece fontes]
Ligações externas
«Biochemistry of Parkinson's Disease»
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