quarta-feira, 31 de agosto de 2016

MACONHA - A ERVA QUE CURA

     
  




O Uso Medicinal da Maconha (Cannabis sativa).


Em resposta à pressão pública para a aprovação do uso medicinal da maconha, o órgão responsável pelo controle de medicamentos dos Estados Unidos (the Office of National Drug Control Policy, Washington,DC) patrocinou um estudo realizado pelo Institute of Medicine, que teve como autores o Dr. Stanley J. Watson, o Dr. John A. Benson e a Dra. Janet E. Joy.


Este tinha como objetivo avaliar as evidências científicas dos benefícios e dos riscos do uso da maconha na medicina. Baseou-se em conhecimentos científicos e populares e foi validado por especialistas no assunto. O estudo foi publicado na revista Archives of General Psychiatry de junho de 2000.


A principal finalidade deste estudo foi determinar o que é verdadeiro e o que é falso a respeito do efeito terapêutico da maconha. Ele consiste em uma revisão sobre os mecanismos e locais de ação da droga, bem como, a eficácia e falhas de seu uso medicinal. Inclui também uma análise dos efeitos crônicos e agudos da maconha, sendo comparados os seus efeitos adversos com os de outras drogas já padronizadas.




A biologia da maconha


O conhecimento a respeito da neurobiologia da maconha vem mudando dramaticamente na última década. Foram descobertos dois tipos de receptores (estruturas orgânicas que se ligam aos componentes químicos da maconha e permitem sua ação dentro das células), que receberam o nome de CB1 e CB2, estes se localizam principalmente no cérebro e nas células do sistema imune.


Dentro do cérebro, estes receptores estão concentrados no sistema límbico, no córtex cerebral, no sistema motor e no hipocampo. Essas localizações explicam, em parte, os sintomas provocados pela maconha, como as alterações do estado mental, as mudanças de humor e as alterações da coordenação motora.


Seus efeitos sobre o sistema imune ainda não são bem conhecidos.


O papel da maconha na dor


Evidências de pesquisas em animais e em homens indicam que a maconha pode produzir um efeito analgésico importante. Porém, mais estudos devem ser feitos para estabelecer a magnitude e a duração deste efeito, nas diversas condições clínicas. Os pacientes que poderiam ser beneficiados com o uso dessa droga seriam aqueles em uso de quimioterapia, em pós-operatório, com trauma raquimedular (lesão da coluna vertebral com acometimento da medula), com neuropatia periférica, em fase pós-infarto cerebral, com AIDS, ou com qualquer outra condição clínica associada a um quadro importante de dor crônica.


Quimioterapia induzindo náuseas e vômitos


Muitos oncologistas e pacientes defendem o uso da maconha, ou do THC (seu principal componente já estudado) como agente antiemético. Mas quando comparada com outros agentes, a maconha tem um efeito menor do que as drogas já existentes. Contudo, seus efeitos podem ser aumentados quando associados com outros antieméticos. Dessa maneira, o uso da cannabis na quimioterapia pode ser eficiente em pacientes com náuseas e vômitos não controlados com outros medicamentos.


Desnutrição e estimulação do apetite


Os estudos sobre os efeitos da maconha sugerem que esta droga pode ser importante no tratamento da desnutrição e da perda do apetite em pacientes com AIDS ou câncer. Mas outros medicamentos são mais efetivos do que a maconha, portanto, os autores recomendam pesquisas mais aprofundadas para avaliar a ação da maconha nesses pacientes.


Espasmo Muscular


Como já foi dito anteriormente, a maconha afeta o movimento, e estudos tem demonstrado que ela pode ajudar no controle do espasmo muscular (encontrado na esclerose múltipla ou no traumatismo raquimedular).


Mas as pesquisas que avaliaram essa capacidade da maconha devem ser analisadas com cuidado, uma vez que, outros sintomas associados a estas doenças, como a ansiedade, podem aumentar os espasmos, e nesse caso, a maconha poderia ter sua ação diminuindo a ansiedade e não controlando o espasmo propriamente dito. Por isso, os autores acreditam que mais estudos devem ser realizados para se confirmar esse efeito da maconha.


Movimentos desordenados


Estudos em animais demonstram que o uso da maconha pode estimular os movimentos em doses baixas e pode inibí-los em doses altas. Esta característica pode ser importante para o desenvolvimento de tratamentos para as desordens motoras na doença de Parkinson. Os autores acreditam que novos estudos devem ser feitos para avaliar a quantidade exata da droga que pode ser eficiente no tratamento dessa condição.


Epilepsia


O principal objetivo do tratamento da epilepsia é impedir completamente as crises. Os estudos a esse respeito ainda estão se iniciando, e muitas vezes as crises não foram inibidas com o uso da maconha, portanto, os autores acreditam que pesquisas com pessoas ainda não devem ser indicadas.


Glaucoma


Apesar do glaucoma ser uma das indicações mais citadas para o uso da maconha, os dados existentes não suportam esta indicação. A pressão alta intra-ocular é um dos fatores de risco para o desenvolvimento do glaucoma e a maconha poderia agir diminuindo esta pressão. Mas esse efeito é de curta duração e só é conseguido com altas doses da droga. Como as altas doses provocam muitos efeitos indesejáveis e as medicações já existentes são bastante efetivas e com efeitos colaterais mínimos, os autores acreditam que o uso da cannabis nessa condição ainda não está indicado.


Efeitos adversos


Os efeitos adversos da cannabis podem ser divididos em duas categorias: os efeitos do hábito de fumar crônico e os efeitos do THC. O fumo crônico da maconha provoca alterações das células do trato respiratório, e aumentam a incidência de câncer de pulmão entre os usuários. Os efeitos associados ao longo tempo de exposição ao THC são a dependência dos efeitos psicoativos e a síndrome de abstinência com a cessação do uso. Os sintomas da síndrome de abstinência incluem agitação, insônia, irritabilidade, náusea e cãibras.


Alguns autores sugerem que a maconha é uma porta de entrada para outras drogas ilícitas. Mas ainda não existem estudos científicos que comprovem essa hipótese. E outras drogas como o tabaco e o álcool, na verdade, são as primeiras drogas a serem usadas antes da maconha.


Conclusão


Resumindo, os dados indicam um efeito terapêutico modesto, particularmente, no controle da dor, alívio de náuseas e vômitos, e estimulação do apetite. Seus efeitos foram melhores estabelecidos para o THC. Mas a maconha possui vários outros componentes que não tem seus efeitos estudados, e que podem trazer muitos riscos.


Os dados atuais não afastam e nem dão suporte para a hipótese de que o uso medicinal da maconha poderia aumentar o uso ilícito dessa droga. Ao final do estudo os autores concluíram que o futuro do uso terapêutico da maconha está associado com o desenvolvimento de substâncias puras, e não com o fumo da mesma.














terça-feira, 30 de agosto de 2016

BUSHIDO - O CÓDIGO DE HONRA DOS SAMURAIS






Kara (vazio), Te (mão) Do (caminho). Do é a filosofia e o misticismo que impregnou e deu o refinamento a todos estes sistemas e disciplinas. O DO é o aporte que o ZEN BUDISMO oferece a todos os praticantes de Ken-do, Karate-Dô, Aiki-do, etc., junto com o ZAKEN (meditação Zen budista); enfim trata-se do caminho que leva o homem a reencontrar sua própria essência, percorrendo o caminho que é conhecido com o nome de BUDO, ou seja, o caminho da iluminação. É onde as artes de conflito adquirem uma predominância mística, religiosa e quase sobrenatural.


A essência de todas estas artes está impressa num Código de Honra, que conhecemos hoje sob o nome de BUSHIDO (literalmente caminho do Cavaleiro Militar). Este Código que deu a razão de ser de geração e gerações de Mestres e discípulos e mais tarde tornou-se pilar dos ensinamentos dos nobres guerreiros japoneses.
CÓDIGO DE HONRA DOS SAMUARIS – BUSHIDO


Não tenho Pais, Faço do Céu e da Terra meus Pais.
Não tenho Lar, Faço do * Saika Tandem meu Lar.
Não tenho Poder Divino, Faço da Honestidade meu Poder.
Não tenho condutas, Faço da Humildade minha maneira de relacionamento. –
Não tenho Poder Mágico, Faço da minha Personalidade minha magia.
Não tenho vida nem morte, Faço da eternidade a minha vida e a minha morte.
Não tenho Corpo, Faço da Coragem meu corpo.
Não tenho Olhos, Faço do Relâmpago meus olhos.
Não tenho Ouvidos, Faço da sensibilidade meus ouvidos.
Não tenho Membros, Faço da vivacidade meus membros.
Não tenho Leis, Faço da auto proteção minha lei.
Não tenho Projetos, Faço da Oportunidade meus planos.
Não tenho estratégia, Faço da Liberdade de matar e de recussitar minha estratégia.
Não sou um Prodígio, Faço do Respeito à verdadeira Doutrina meu milagre.
Não tenho Dogmas Rígidos, Faço da Adaptabilidade a todas as coisas o meu Princípio.
Não tenho Forma, Faço da Astúcia minha forma.
Não tenho Milagres, Faço da Justiça meus milagres.
Não tenho Táticas, Faço da rapidez minha tática.
Não tenho amigos, Faço da Mente meu amigo.
Não tenho Inimigos, Faço da Imprudência meu inimigo.
Não tenho Armadura, Faço da minha sinceridade e retidão minha armadura.
Não tenho castelo fortificado para me defender, Faço da minha sabedoria meu castelo.
Não tenho espada, faço da minha calma e silêncio espiritual minha espada.


* SAIKA TANDEM: ponto de equilíbrio do corpo humano, localizado 4 dedos abaixo do umbigo.


BU-SHI-DO significa literalmente Militar-Cavaleiro-Caminho, os princípios que os guerreiros devem observar, tanto em sua diária como em sua profissão; em uma palavra, são os preceitos do Cavalheirismo a Nobre Obrigação da Classe guerreira. Bushido, pois, é o Código de Princípios Morais que os cavaleiros deviam ou aprendiam a observar.


Não é um Código escrito; quando muito consta de umas poucas palavras que correram de boca em boca ou saíram da pena de algum grande guerreiro ou sábio. Com muita freqüência é um Código não enunciado e nem escrito, que possui em troca, a poderosa sanção de fatos verdadeiros, de uma lei escrita nas fibras do coração. Foi estabelecido não por obra de um cérebro criador, ou sobre a vida de um só personagem, por renomado que fosse. Foi o produto orgânico de décadas e séculos de experiência militar. No Japão como na Europa, quando se inaugurou oficialmente o Feudalismo, a classe profissional dos guerreiros adquiriu uma posição proeminente. Estes guerreiros eram conhecidos como o nome de “SAMURAI” que significa literalmente, guarda ou acompanhante, de um caráter semelhante a dos Soldituri cuja existência na Aquitânia menciona César, ou Condes, que segundo Tácito, seguia os chefes germânicos de seu tempo; ou tomado um exemplo ainda posterior, os militares imediatos de que se lê na história da Europa Medieval.












FONTES DO BUSHIDO – Estas cinco relações morais se correspondem como cinco virtudes Cardinais que são:
1 – Benevolência, que inclui: Espírito público, Piedade filial, etc.
2 – Retidão, que compreende: Valor, fraternidade, integridade, pureza, etc.
3 – Correção, que engloba: Respeito, caução, humildade, deferência, etc.
4 – Conhecimento, que inclui: Conhecimento do Homem, da Natureza e do destino.
5 – Boa Fé, que compreende: Verdade, sensibilidade, sinceridade, honestidade.
O BUSHIDO tratou ligeiramente do puro conhecimento. Não se buscava como fim substancial, mas como um meio parta a aquisição da SABEDORIA.
O homem que se detém no puro conhecimento sem chegar a seu fim maior, era considerado não mais que uma máquina útil capaz de fabricar máximas e poemas a ordem. Assim o conhecimento se identifica com sua aplicação prática na vida, a esta doutrina Socrática encontra seu mais constante expositor no filósofo chinês Wang Yanng Ming que jamais cansou de repetir,
“ Saber e Fazer não são mais que uma coisa”.


RETIDÃO E JUSTIÇA – Este é o mais poderoso preceito no Código do Samurai. Não há mais repugnante para um Samurai que os atos dissimulados ou as empresas tortuosas. Retidão é a faculdade de decidir certa linha de conduta, de acordo com a razão, sem titubear. Morrer quando é justo morrer, matar quando é justo matar.


Disse outro Bushi, “Retidão é o esqueleto que presta firmeza e mantém a estrutura. Assim como sem os ossos a cabeça não pode descansar sobre os ombros, nem as mãos mover-se nem pés sustentar-se, também sem retidão, nem talento nem estudo pode-se converter um ser humano num Samurai. Mêncio chama a Benevolência o espírito do homem, e a retidão seu caminho. “Quando lamentável, exclama, é esquecer o caminho e não seguí-lo, perder o Espírito e não saber buscá-lo! ”A Retidão é o caminho estreito que o homem deve tomar para recobrar o paraíso perdido.


O VALOR, A AUDÁCIA E O SOFRIMENTO – Confúcio define o valor por seu contrário, ao dizer: “Conhecer o que é justo, e não executá-lo, denota falha de valor. O verdadeiro valor consiste em viver quando é justo viver, e morrer quando é justo morrer.”


Os filhos dos Samurais eram desde muito pequenos educados nas disciplinas mais rígidas; levantavam-se antes do sol; dirigiam-se à casa dos Mestres com os pés descalços e no mais frio inverno, passavam as noites sem dormir, lendo livros em voz alta, visitavam sozinhos durante a noite os lugares de execução, etc.
O aspecto espiritual do valor se manifesta na compostura, a tranqüila presença do espírito. A tranqüilidade é o valor em repouso; é manifestação estática do valor, assim como os atos audaciosos são uma manifestação dinâmica. Um homem verdadeiramente valoroso está sempre sereno; jamais é tomado de surpresa, nada perturba a equanimidade de seu espírito. No auge da batalha permanece frio; no meio catástrofes mantém seu espírito em repouso, os terremotos não o abalam e ri na tempestade.


Verdadeiramente grande é quem em presença imediata de um perigo de morte, conserva o domínio sobre si mesmo, quem não compor um poema estando ameaçado de um grande perigo ou cantarolar uma canção frente à morte; levar a termo uma dessas ações sem que trema a perna ou a voz, se considera como prova infalível de uma natureza forte, que longe de saturar-se tem sempre lugar para algo mais”.


Ota Dokan, o grande fundador do Castelo de Tóquio, foi atravessado por uma lança; seu assassino, conhecendo as tendências poéticas de sua vítima acompanhou o golpe com este verso: Ah! Quão certo é, que em momentos como este, nosso coração chora a fragilidade da vida” e, no mesmo instante, o herói experiente, sem acovardar-se pela ferida mortal, respondeu: “Se é que em horas de Paz não aprendemos a olhar a vida com indiferença”. Coisas que são sérias para os mortais podem ser consideradas como um jogo para um valente. Daí que as antigas guerras não fosse coisa rara, que as partes beligerantes fizessem um torneio de poemas ou iniciassem uma discussão retórica. Um combate não era somente um assunto de força bruta; era também uma luta intelectual. ”Deveis estar orgulhosos de nossos inimigos, porque então o triunfo de vosso”. O valor e a Honra pedem que não sejamos inimigos na guerra, senão de quem mereça ser nosso amigo na Paz.


A BENEVOLÊNCIA – “O sentimento de compaixão, o amor, a magnanimidade, o afeto aos demais, a simpatia, foram considerados sempre as virtudes supremas, os mais altos atributos da alma humana”.


“A retidão levada ao extremo se petrifica em rigidez; a benevolência praticada sem medida se funde em debilidade”.


Os mais bravos são os mais termos. A ternura de um Bushi se encontra simbolicamente representada na flor de cerejeira; ela constantemente lhe lembrava que o homem é como uma flor sobre a terra nasce de uma semente, cresce, entrega seu perfume e sua cor para converter-se em fruto, guardando em si muitas sementes.


A CORTESIA – Em uma forma superior, a cortesia quase se confunde com o Amor, supondo que se há de fazer uma coisa, sem dúvida que haverá uma maneira melhor que a outra para fazê-la e, que a melhor maneira, será a mais econômica e a mais bela. A verdadeira graça significa então economia de movimento.
As belas maneiras significam poder em repouso. Os Mestres do Kyudo (caminho do arco e flecha) ensinam que para que a flecha acerte o alvo, existe somente um ponto e, para errar, infinitos pontos…. Aqui também se observa esse princípio de economia e ordem natural, que nos sugere a procura desse caminho que une todas as coisas.


A HONRA – O sentimento de Honra implica uma consciência clara de dignidade e de merecimento pessoal”. Ofender-se por provocação considerava-se mesquinho e ridículo e como uma forma de caráter fraco. Um ensinamento diz: A verdadeira paciência consiste em suportar as coisas que nos parecem insuportáveis”. A Honra, considerada como a justa valorização dos demais, e este princípio do Bushido, elevado a sua máxima expressão filosófica transmutam-se em compreensão e amor. Daí, nasce talvez este outro ensinamento que diz: “Se o adversário é inferior a ti, por que brigar? Se o adversário é superior a ti, por que brigar?
Se o adversário é igual a ti, compreenderá o que tu compreendes e não haverá luta.”
Este é dos princípios da não violência que durante muito tempo alimentou o autêntico espírito das Artes Marciais. A Honra não é orgulho, senão consciência real do que se possui. Fala-se que em um tempo, vivia um jovem guerreiro, que ao jogar diariamente com a vida e a morte, devido à sua profissão chegou a questionar-se.
Desejava saber o que era o CÉU e o INFERNO. Quando seu coração já não podia mais suportar este mistério, dirigiu-se a uma montanha em busca de um sacerdote ancião, para que o iluminasse com seus ensinamentos. Ao encontrá-lo. Saudou-o reverentemente e lhe disse: Oh! Venerável senhor, desejaria que me instruísse sobre ò que é o CÉU e o INFERNO. Ao que o Mestre respondeu: Esta pergunta é mais própria de um camponês que de um guerreiro como tu, a não ser que sejas um camponês disfarçado. “Como dizes? Replicou o jovem samurai. Digo que nem pareces um guerreiro, não somente pela sua infantil pergunta, senão também pelas roupas que levas.”


A tudo isto, o acidental discípulo já estava vermelho de ira por semelhante insulto e o sacerdote continuou. “Tua falta de controle afirma minha suposição” E já não suportando mais, o Samurai despoja a sua espada e sua ira. Nesse momento, com um gesto enérgico o monge lhe diz:” Observa, isto é o INFERNO”, o jovem sentiu-se como que atravessado por uma flecha de vergonha, baixando a cabeça e guardando cerimonialmente a espada falou: “Perdão senhor, agora compreendo teu ensinamento” ao que o Mestre respondeu:” Observa, isto é o CÉU.” A honra é o domínio e fortaleza interna. ”Ainda que me desnudes e insultes, que importa?…. Não poderás manchar minha ALMA com teu ultraje.


DOMÍNIO DE SI MESMO – “Não dá sinais de alegria, nem tristeza”, era a frase comum dos Samurais, para designar uma pessoa de caráter enérgico. Um jovem guerreiro escreveu: “Sentes o fundo de tua alma comovido por pensamentos ternos? é momento em que germinam as sementes. Não o perturbes com palavras, deixa que trabalhe só, na calma e em segredo”. “Encerrar com palavras articuladas, os pensamentos e sentimentos mais íntimos, era considerados como um sinal infalível de que esse pensamento e sentimento não era assim tão profundos, nem muito sinceros”. Diz um provérbio popular: “Não vale mais que um centavo, aquele que abrindo a boca o conteúdo de seu coração. A linguagem é com freqüência, a arte de disfarçar pensamentos. Para a mentalidade dos Bushi, o domínio sobre os nossos pensamentos e emoções é o único juiz que pode determinar em que momentos, perdida a Honra, a morte converte-se em descanso, em asilo seguro, contra a desonra. O equilíbrio interior nos leva a buscar a morte não como pode fazer um louco, nem escapar dela como faria um covarde, senão esperá-la em qualquer momento. “Sofrer e fazer frente a todas as calamidades e adversidades com paciência e com consciência pura”. “Quando o Céu está a ponto de conferir um grande trabalho a alguém, primeiro exercita seu espírito no sofrimento, seus nervos na preocupação e seus ossos na fadiga: expõe seu corpo à fome e o sujeita a extrema pobreza e o faz fracassar em suas empresas. Por estes caminhos todos, estimula o espírito, endurece o corpo e remedia toda sua deficiência”.


A ESPADA, A ALMA DO SAMURAI – Desde muito cedo, o Samurai aprendia Esgrima. Aos cinco anos, se vestia como todo traje de Samurai e, se colocava sobre um trabalho de GO (supõe-se que represente campo de batalha) e, iniciava-se nos mistérios da profissão militar, atravessando em seu cinturão uma espada de madeira; em seguida, a espada era substituída por outra de madeira dourada e, depois de alguns anos passava a usar a outra, verdadeira, porém, sem fio. Aos 15 anos, passavam a ter espadas com grande corte. Durante o dia, eram guardadas no lugar mais visível da casa. À noite, vela o descanso de seu amo, junto à almofada, ao alcance de sua mão. A veneração que recebiam as espadas converteu-se em adoração e em objeto de culto. A espada é o símbolo dos poderes da alma, o poder criador e destruidor, representados em cada um de seus fios. Simboliza a manifestação dual da natureza, a polarização do Universo, se associa ao Sol e a Sabedoria, que corta os nós da dúvida e do temor. A Bainha representa o Corpo Físico, que serve de templo protetor. O conjunto é o seus períodos de atividades e repouso. Ao desnudar o aço, é a alma que atua com rapidez como raio e com mestria, seguindo nas danças o movimento dos astros e, quando recolhia, só deve ser guardada, envolvida em seda ou couro. Um lema antigo sempre lembrava ao Samurai o seguinte: “Não me desnudes sem motivo. Não me guardes sem honra”;


KYOKUSHINKAIKAN E A ESPADA


A espada Japonesa é uma excelente comparação com o Kyokushinkaikan Karate. Não é somente uma arma perigosa, uma arma desenhada para matar eficazmente, mas também é uma bela obra de arte. É assim deveria ser um praticante de Kyokushinkaikan Karate. Uma pessoa tem a escolha de utilizar a arte para se desenvolver numa peça de beleza ou numa arma totalmente destrutiva e insensível. Torna-se numa pessoa civilizada e atenta. A arte ensina como se viver e como morrer; como dosar vida e como tirá-la. O coração deveria mostrar a beleza artística da espada. A vida é uma luta constante; vive-se com a pureza e com a intensidade de uma espada, deliberadamente e com espírito infalível do seu corte.


O CÓDIGO MORAL – BUSHIDO


HONRA (MEIYO)


É a qualidade essencial. Ninguém pode pretender ser Budoka (guerreiro no sentido nobre da expressão) se não tiver uma postura honorífica. É da honra que partem todas as outras qualidades. É um código moral e um ideal, de maneira a ter sempre um comportamento digno e respeitável.


FIDELIDADE (CHIJITSU)


Não pode existir honra sem fidelidade e a lealdade em relação a certos ideais e para quem os partilha. Ela simboliza a necessidade de cumprir as promessas.


SINCERIDADE (SEUITSU)


A fidelidade necessita de sinceridade nas palavras e nos atos. A mentira arrasta a desconfiança que é a origem de todas as separações. No Kyokushinkaikan, a saudação é a expressão dessa sinceridade, é o sinal daquele que não se esconde os seus sentimentos, pensamentos, daquele que sabe ser autêntico.


CORAGEM (YUUKI ou YUUKAN)


A força da alma que permite enfrentar o sofrimento chama-se Coragem. É essa Coragem que nos leva a fazer respeitar o que aos nossos olhos nos parece justo, e que apesar de medo e receio nos permite enfrentar os obstáculos.


BONDADE (SHINTETSU)


A bondade é um sinal de coragem e que mostra um grande sentido de humanidade. Ela leva-nos a ser atento para com o próximo e ao que nos rodeia, a ser respeitoso para com a vida.


HUMILDADE (KEN)


Saber ser humilde isento de orgulho e vaidade, sem fingir, são garantias da modéstia.


VERTICALIDADE (TADASHI ou SEI)


Seguir a linha do dever e nunca mais se desviar. Lealdade, honestidade e sinceridade são os pilares dessa verticalidade.


RESPEITO (SONCHOO)


A verticalidade dá origem ao respeito para com o próximo. A gentileza é a expressão desse respeito para com o próximo quaisquer que sejam as suas qualidades, fraqueza ou posição social. Saber tratar as pessoas e as coisas com decência e respeitar o sagrado é o primeiro dever de um Budoka.


CONTROLE (SEIGYO)


Qualidade essencial para todo o faixa preta representa a possibilidade de dominar os nossos sentimentos, impulsos e controlar o nosso instinto. É um dos principais objetivos da prática do Kyokushinkaikan Karate porque condiciona toda a nossa eficácia.

SAMURAI



                     


Samurai vestindo yoroi


Samurai (侍, samurai?) era um soldado da aristocracia do Japão durante o período entre 930 e 1877, aproximadamente, que seguia um código de honra chamado Bushido. Os samurai se tornaram a classe dominante do Japão em 1185, com a fundação do primeiro xogunato por Minamoto no Yoritomo. Com a restauração Meiji, em 1868, os samurai perderam o poder para o imperador e declinaram rapidamente, sendo perseguidos até o extermínio, que ocorreu após o fim da Rebelião Satsuma, nove anos depois. Suas principais características eram a grande disciplina, lealdade e sua grande habilidade com a katana.


Índice


· 1Breve história dos samurais


· 2Nomenclatura


· 3Artes marciais dos Samurai


o 3.1Armadura


· 4O Dia do Samurai


· 5O Samurai na sociedade japonesa


· 6Casamento samurai


o 6.1Esposa, a mulher samurai


· 7Para Saber mais


· 8Referências


· 9Bibliografia


· 10Ver também


· 11Ligações externas



Breve história dos samurais


O processo histórico que culminou na formação da casta social dos samurai teve início já no século VIII. Mas foi apenas com o estabelecimento do primeiro xogunato, no final do século XII, é que teve início o período de sete séculos de dominação política e social samurai sobre o povo japonês, que terminou com a Restauração Meiji e a queda doterceiro xogunato, na segunda metade do século XIX.[1]


O samurai era uma pessoa muito rígida moralmente, tanto que se seu nome fosse desonrado ele executaria o seppuku, pois em seu código de ética era preferível morrer comhonra a viver sem a mesma.


Seppuku, suicídio honrado de um samurai em que usa uma tanto (faca) e com ela enfia no estômago e puxa-a para cima eviscerando-o. Uma morte dolorosa e honrada.


Inicialmente, os samurais eram apenas coletores de impostos e servidores civis do império. Era preciso homens fortes e qualificados para estabelecer a ordem e muitas vezes ir contra a vontade dos camponeses.


Posteriormente, por volta do século X, foi oficializado o termo "samurai", e este ganhou uma série de novas funções, como a militar. Nessa época, qualquer cidadão podia tornar-se um samurai, bastando para isso adestrar-se no Kobudo (artes marciais samurai), manter uma reputação e ser habilidoso o suficiente para ser contratado por umsenhor feudal. Assim foi até o xogunato dos Tokugawa, iniciado em 1603, quando a classe dos samurai passou a ser uma casta. Assim, o título de "samurai" começou a ser passado de pai para filho.


O samurai mais famoso de todos os tempos foi Miyamoto Musashi (15841645), um guerreiro que veio do campo, participou da batalha de Sekigahara e iniciou um longo caminho de aperfeiçoamento. Ele derrotou os Yoshioka em Edo (atual Tóquio) e venceu o grande Sasaki Kojirō, outro grande samurai.


Pelo fim da era Tokugawa, os samurais eram burocratas aristocráticos ao serviço dos daimiô, com as suas espadas servindo para fins cerimoniais. Com as reformas da era Meiji, no final do século XIX, a classe dos samurai foi abolida e foi estabelecido um exército nacional ao estilo ocidental. O rígido código samurai, chamado bushido, ainda sobrevive, no entanto, na atual sociedade japonesa, tal como muitos outros aspectos do seu modo de vida.


Os Samurai, como classe social, deixaram de existir em 1868, com a restauração Meiji, quando o imperador do Japão retomou o poder do país.


Seu legado continua até nossos dias, influenciando não apenas a sociedade japonesa, mas também o ocidente.










Kanji para "samurai".











Samurai empunhando uma katana (c. 1860).





                                  


Miyamoto Musashi




Nomenclatura


O nome "samurai" significa, em japonês, "aquele que serve". Portanto, sua maior função era servir, com total lealdade e empenho, o Imperador. Em troca disso recebiam privilégios terras e/ou pagamentos, que geralmente eram efetuados em arroz, numa medida denominada koku (200 litros).


Um termo mais apropriado para Samurai é bushi (武士) (significando literalmente "guerreiro ou homem de armas") que era usado durante o período Edo. No entanto, o termo "Samurai" refere-se normalmente à nobreza guerreira e não por exemplo à infantaria alistada. Um samurai sem ligações a um clã ou daimyō era chamado de ronin (literalmente "homem-onda"). Rōnin são também samurai que largaram a sua honra ou aqueles que não cumpriram com o seppuku, que significa dividir a barriga, de modo a repor a honra do seu clã ou família. Samurai ao serviço do han eram chamados de hanshi.


Era esperado dos Samurai que eles não fossem analfabetos e que fossem cultos até um nível básico, e ao longo do tempo, durante a era Tokugawa (também chamada de período Edo), eles perderam gradualmente a sua função militar.






Equipamento militar dos samurai.


Tal relação de suserania e vassalagem era muito semelhante à da Europa medieval, entre os senhores feudais e os seus cavaleiros. Entretanto, o que mais difere o samurai de quaisquer outros guerreiros da antiguidade é o seu modo de encarar a vida e seu peculiar código de honra e ética.


Após tornar-se um bushi (guerreiro samurai), o cidadão e sua família ganhavam o privilégio do sobrenome. Além disso, os samurai tinham o direito (e o dever) de carregar consigo um par de espadas à cintura, denominado "daishô": um verdadeiro símbolosamurai. Era composto por uma espada curta (wakizashi), cuja lâmina tinha aproximadamente 40 cm, e uma grande (katana), com lâmina de 60 cm.


Todos os samurai dominavam o manejo do arco e flechas. Alguns usavam também bastões, lanças e outras armas como a foice ecorrente (kusarigama) e jutte.


Eram chamados de ronin os samurai desempregados: aqueles que ainda não tinham um daimyo para servir ou quando o senhor dos mesmos morria ou era destituído do cargo.


Os samurai obedeciam a um código de honra não-escrito denominado bushidô (caminho do guerreiro). Segundo esse código, os samurais não poderiam demonstrar medo ou covardia diante de qualquer situação.


Havia uma máxima entre eles: a de que a vida é limitada, mas o nome e a honra podem durar para sempre. Por causa disso, esses guerreiros prezavam a honra, a imagem pública e o nome de seus ancestrais acima de tudo, até da própria vida.


A morte, para o samurai, era um meio de perpetuar a sua existência. Tal filosofia aumentava a eficiência e a não-hesitação em campos de batalha, o que veio a tornar o samurai, segundo alguns estudiosos, o mais letal de todos os guerreiros da antiguidade.







                         

Kabuto


Talvez o que mais fascine os ocidentais no estudo desses lendários guerreiros é a determinação que eles tinham em freqüentemente escolher a própria morte ao invés do fracasso. Se derrotados em batalha ou desgraçados por outra falha, a honra exigia o suicídio em um ritual denominado harakiri ou seppuku. Todavia, a morte não podia ser rápida ou indolor. O samurai fincava a sua espada pequena no lado esquerdo do abdômen, cortando a região central do corpo, e terminava por puxar a lâmina para cima, o que provocava uma morte lenta e dolorosa que podia levar horas. Apesar disso o samurai devia demonstrar totalautocontrole diante das testemunhas que assistiam ao ritual. No entanto, dispunham de um assistente neste momento, que deceparia sua cabeça ao menor sinal de fraqueza para que sua honra fosse igualmente preservada. Normalmente eram escolhidas pessoas próximas (familiares, amigos) da pessoa que estava cometendo o seppuku para ajudar como assistente. Tal "cargo" era considerado de grande honra.


A morte, nos campos de batalha, quase sempre era acompanhada de decapitação. A cabeça do derrotado era como um troféu, uma prova de que ele realmente fora vencido. Por causa disso, alguns samurais perfumavam seus elmos com incenso antes de partirem para a guerra, para que isso agradasse o eventual vencedor. Samurai que matavam grandes generais eram recompensados pelos seus daimyo, que lhe davam terras e mais privilégios.


Ao tomar conhecimento desses fatos, os ocidentais geralmente avaliam os samurais apenas como guerreiros rudes e de hábitos grosseiros, o que não é verdade. Os samurai destacaram-se também pela grande variedade de habilidades que apresentaram fora de combate. Eles sabiam amar tanto as artes como a esgrima, e tinham a alfabetizaçãocomo parte obrigatória do currículo. Muitos eram exímios poetas, calígrafos, pintores e escultores. Algumas formas de arte como o Ikebana (arte dos arranjos florais) e aChanoyu (arte do chá) eram também consideradas artes marciais, pois treinavam a mente e as mãos do samurai.


O caminho espiritual também fazia parte do ideal de homem perfeito que esses guerreiros buscavam. Nessa busca os samurai descobriram o Zen-budismo, como um caminho que conduzia à calma e à harmonia.


Os samurai eram guerreiros que davam muita importância ao seu clã (família) por isso se algum membro da família do samurai morresse por assassinato ele teria que matar o assassino para assim reconquistar sua honra.



Artes marciais dos Samurai


Os samurai prezavam particularmente o treinamento militar. Através das artes marciais, era fortalecida tanto a sua técnica quanto o seu espírito. Mais do que acertar um alvo com sua flecha ou cortar algo com sua espada, um samurai sempre visava refinar seu espírito, com a autodisciplina e o autocontrole, para assim estar sempre preparado para as situações mais adversas possíveis.


Tal preocupação com o espírito que ajudou as artes samurai a se salvar de sua extinção na Restauração Meiji (época em que os samurais viraram burocratas a serviço do governo). O Kobudo (ou Koryū), como são conhecidos os estilos de combate criados pelos samurai ainda é praticado até nossos dias. O Kobudo envolve uma grande gama de armas diferente e técnicas, como o Kenjutsu (arte de combater com espadas), Iaijutsu (arte de desembainhar a espada em combate), Naginatajutsu (luta com alabarda),Sōjutsu ou Yarijutsu (arte da lança), Jojutsu e Bōjutsu e uma forma de Taijutsu. A maioria destas artes tiveram versões modernizadas (Gendai budō) no século XX, como oKendō, Karatê,Iaidō, Jōdō, Aikido, Judô por exemplo. Tanto o Kobudo como o Gendai Budo são praticados hoje em dia, muitas vezes se complementando.


Armadura




                        

Réplica da armadura do DaimiôUesugi Kenshin (1530–1578).


Uma armadura típica dos samurai era composta por diversos detalhes importantes, sofrendo mudanças de acordo com o período histórico, o clã e a classe do samurai. As usadas para batalhas a cavalos, chegavam a pesar até quarenta quilos.[2]


· Suneate: Duas lâminas verticais presas na tíbia por juntas ou correntes.


· Haidate: Protetor de coxas, com a parte inferior sobreposta de lâminas de metal ou couro.


· Yugate: Luvas feitas de couro.


· Kotê: São as mangas que protegiam os antebraços e punhos, poderiam ser feitas de diversos materiais, como tecido, couro ou lâminas de metal.


· Dô: Protetor para o abdômen.


· Kusazuri: Um tipo de saia feita de lâminas de metal presas a um cinto de couro e amarradas no Dô, servia para proteger o quadril e as coxas.


· Uwa-obi: Cinto feito de linho e algodão que amarrava o Dô.


· Sode: Protetor de ombros feito de lâminas de metal.


· Hoate: Máscara que variavam muito de modelo, conforme o período.


· Kabuto: Capacete, que também variavam muito de modelo, conforme o período. Simbolizavam o poder e status do samurai.


· Horo: Capa, feita de seda utilizada como aparador de flechas, também levava consigo o desenho do clã o qual o samurai participava.



O Dia do Samurai


Em 22 de julho de 2005, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou um projeto de lei estabelecendo o dia 24 de abril de cada ano como data comemorativa do Dia do Samurai[3]


A data foi escolhida pelo autor do projeto (o então vereador William Woo) em homenagem ao aniversário do Sensei Jorge Kishikawa, a título de reconhecimento por seu trabalho na difusão das artes samurais tradicionais (Kobudo ou Koryu Budo) no Brasil.


A comemoração do Dia do Samurai foi posteriormente proposta e oficializada em várias outras cidades e também estados do território brasileiro. Atualmente a data é parte do calendário oficial das cidades de São Paulo (a metrópole onde se concentra o maior número de descendentes japoneses fora do Japão), Ribeirão Preto (cidade considerada como o berço da imigração japonesa no Brasil), Brasília, Piracicaba, Campinas e Guarulhos e nos estados do Amazonas, Paraná e Santa Catarina.




                                           

Comemoração do Dia do Samurai em São Paulo no Pavilhão Japonês do Parque do Ibirapuera.





Comemoração do Dia do Samurai na Câmara Municipal de São Paulo.



O Samurai na sociedade japonesa





Atores de teatro kabuki caracterizados como samurai (c. 1880).


Os samurai eram treinados militarmente desde a infância, e formavam uma casta respeitadíssima e hereditária. Moldados no treinamento e educação espartanos, sua conduta era rígida e baseada num código restrito chamado Bushido (o caminho guerreiro), que enfatizava as qualidades de lealdade, bravura e resistência. Quando derrotados ou desonrados, praticavam o Seppuku, o suicídio sagrado e ritualístico, em que o guerreiro abria o próprio ventre com uma faca.


A Sociedade Japonesa, durante o período do xogunato, abaixo dos nobres, dos senhores feudais e dos grandes líderes militares, dividia-se em 4 classes principais: samurais, lavradores, artesãos e mercadores. Os samurai, a classe dos guerreiros, que compreendia cerca de 3 a 8 por cento do total da população, destacava-se como casta por poder portar armas legalmente, as quais eram proibidas às outras pessoas; a eles, samurai, quais cabiam a responsabilidade de manter a ordem.


Os samurai tinham privilégios, como o livre direito de ação; diante deles, em certas ocasiões, as pessoas das classes mais baixas deviam lhes reverenciar, como ato de respeito. Por lei, um direito chamado kirisute gomen dava a um samurai o poder de eliminar com sua espada qualquer um das castas mais baixas que não o respeitasse. Os samurais, como casta, terminaram com a extinção do feudalismo.


Sem ter a quem servir, entraram na luta contra o império, numa série de revoltas iniciadas em 1870, que foram abafadas pelo exército imperial. Os sobreviventes das revoltas, homens com séculos de orgulho, honra e cultura guerreira, se degradaram e terminaram seus dias com bandoleiros ou mendigos.




               

Samurais (c.1880).








Formação de tropas samurai denominada Ganko (voo dos pássaros) do Período Azuchi-Momoyama.


Casamento samurai


Geralmente o casamento era arranjado pelos pais, com o consentimento silencioso dos jovens. Mas, também não se descartava a hipótese dos próprios jovens arrumarem seus pretendentes. Na maioria dos casos segundo os velhos costumes, as preliminares eram confiadas a um (uma) intermediário(a).


Nas famílias dos samurais, a monogamia tornou-se regra, mas no caso de esterilidade da mulher, o marido tinha o direito de possuir uma "segunda esposa" (como na aristocracia), pertencente à mesma classe ou de casta inferior. Mas depois no século XV, esse costume acabou, no caso do casal não ter filhos e assim sendo não possuir herdeiros, recorria-se ao processo de 'yôshi' (adoção) de um parente ou de um genro. Como norma geral o casamento constituía assunto estritamente familiar e se realizava dentro dos limites de uma mesma classe.


Contudo, os interesses políticos às vezes rompiam as barreiras dos laços familiares, transformando omatrimônio em assunto de estado. Na aristocracia existiu um famoso ocorrido, o caso da família Fujiwara que, a fim de manter a hegemonia da família nas altas posições junto à corte, casou suas filhas com herdeiros do trono e outros membros da família imperial. De modo semelhante, os chefes de clãs samurais promoviam políticas de alianças por meio de casamento, dando suas filhas em matrimônio a senhores vizinhos ou outras pessoas influentes.


Esposa, a mulher samurai




                     





Esposa de Onodera Jyūnai Hidekazu, um dos 47 rōnin, preparando-se para cometer o jigai(versão feminina do seppuku).


Na classe samurai, mesmo não tendo uma autoridade absoluta, a mulher ocupava uma posição importante na família. Quase sempre dispunha de um controle total das finanças familiares, comandando os criados e cuidando da educação dos filhos e filhas (sob orientação do marido).


Comandavam também a cozinha e a costura de todos os membros da família. Tinham a importante missão de incutir na mente das crianças (meninos e meninas), os ideais da classe samurai que eram: não ter medo diante da morte; piedade filial; obediência e lealdade absoluta ao senhor; e também os princípios fundamentais do budismo e confucionismo.


Com todas essas responsabilidades, a vida de esposa de um samurai não era nada invejável. Com muita freqüência, o samurai estava ausente prestando serviço militar ao seu senhor; e em tempo de guerra o samurai às vezes era forçado a defender seu lar, pois conforme os reveses da batalha poderiam virar alvo de ataques inimigos.


Nessas ocasiões de perigo para a família, não era difícil a mulher combater ao lado do marido, usando de preferência a 'naginata' (alabarda), arma que aprendiam a manejar desde cedo.


Mesmo não tendo o refinamento das damas da nobreza, pela qual os samurais nutriam certo desprezo, a mulher samurai possuía conhecimentos dos clássicos chineses e sabia compor versos na língua de Yamato, ou seja, no japonês puro, usando 'kana'.


As crônicas de guerra, como o 'Azuma Kagami', contam-nos que esposas de samurais lutavam na defesa de seus lares, empunhando alabarda, atirando com arco ou até acompanhando seus maridos nos campos de batalha. Essas mulheres demonstravam muita coragem ao enfrentarem o perigo sem medo.


Sem perder a feminilidade essas esposas, cuidavam de sua aparência vestiam-se com esmero; gostavam de manter a pele clara, usando batom e pintando os dentes de preto (tingir os dentes de preto era hábito de toda mulher casada), tiravam a sobrancelha e cuidavam com muito carinho dos longos cabelos escuros.



Para Saber mais


· Hagakure - O Livro do Samurai, Yamamoto Tsunetomo


O mais conhecido tratado sobre o Bushido, o código de conduta dos Samurai

Editora Conrad, 2004


· Shin Hagakure - Pensamentos de um Samurai Moderno, Jorge Kishikawa


Os preceitos do Bushido adaptados para a vida moderna por Jorge Kishikawa. Editora Conrad, 2004


· O Livro dos Cinco Anéis - Gorin No Sho, Miyamoto Musashi


Apresentação: Shihan Gosho Motoharu

Revisão técnica e introdução: Jorge Kishikawa

O maior clássico da história do Japão, pela primeira vez traduzido para o português diretamente do original em japonês arcaico e com revisão por um mestre do Niten Ichi Ryu, o estilo de Miyamoto Musashi

Editora Conrad, 2006


· Musashi, Eiji Yoshikawa


O romance mais vendido da história do Japão. Conta a história de Miyamoto Musashi, o mais famoso espadachim de todos os tempos


· Armaduras Japonesas, Mario Del Rey


Esta obra apresenta não apenas minuciosas e fascinantes informações sobre as armaduras dos antigos guerreiros japoneses, os samurai, mas também um resumo da história do Japão, desde os tempos pré-históricos até o início do processo de modernização do país, na segunda metade do século XIX. Conheça esse universo fascinante dos samurai e as suas armaduras, bem como faça uma viagem cultural à Terra do Sol Nascente.



Referências


1. Ir para cima↑ Yamashiro, José (1993). História dos Samurais 3 ed. (São Paulo: IBRASA).


2. Ir para cima↑ RIBEIRO, Patrícia. A força que vinha das espadas e armaduras. A História dos Samurais. Revista Conhecer Fantástico#6. Arte Antiga Editora. Janeiro de 2002


3. Ir para cima↑ Câmara Municipal de São Paulo. LEI Nº 14.039 DE 22 DE JULHO DE 2005, Arquivo pdf.





Arcabuzes Tanegashima (Teppo). A técnica samurai para


uso de armas de fogo era denominada Teppo Jutsu.link







Bibliografia


· História dos Samurais, José Yamashiro



Ver também


· Bushido


· Instituto Cultural Niten


· Katana


· Kendo


· Kenjutsu


· Ninja


· Representação artística dos 47 rōnin


· Seppuku



JAPÃO


Coordenadas: 35° 9' 22" N 136° 3' 36" E


日本国 (shinjitai)
日本國 (kyujitai)
Nippon-koku ou Nihon-koku
Japão







Bandeira



Selo Imperial



Hino nacional: 君が代
(Kimi ga Yo, Reino Imperial)


Gentílico: Japonês (a), japonense;[1][2]
japônico (a),[3] japónico (a),[3] nipônico (a) e nipónico (a).








Localização do Japão em verde escuro.
Território disputado das Ilhas Curilas em verde claro.


Capital :

Tóquio
35°41′N 139°46′E


Língua oficial :

Japonês


Governo :

Monarquia constitucionalunitária


- Imperador :

Akihito


- Primeiro-ministro :

Shinzō Abe


Fundação Nacional :

11 de fevereiro, 660 a.C.


- Constituição Meiji :

29 de novembro de 1890


- Constituição do Japão :

3 de maio de 1947


- Tratado de S. Francisco :

28 de abril de 1952


Área :

- Total

377 873 km² (62.º)

- Água (%)

0,8


População :


- Estimativa para 2007

127 433 494 hab. (10.º)


- Censo 2004

127 033 002 hab.


- Densidade :

337 hab./km² (30.º)


PIB (base PPC)

Estimativa de 2015


- Total :

US$ 4 830 trilhões *[4] (4.º)


- Per capita :

US$ 38 054[4] (25.º)


PIB (nominal) :

Estimativa de 2015


- Total :

US$ 4 123 trilhões *[4] (3.º)


- Per capita :

US$ 32 485[4] (18.º)


IDH (2014) :

0,891 (20.º) – muito elevado[5]


Gini (2008)

37,6 (2008)[6]


Moeda :

Iene (¥ / 円) (JPY)


Fuso horário

+9


Cód. ISO

JPN


Cód. Internet

.jp


Cód. telef.

+81


Website governamental

www.kantei.go.jp








Japão (em japonês: 日本; transl.: Nihon ou Nippon; oficialmente 日本国, Nippon-koku (ajuda·info) ou Nihon koku) é umpaís insular da Ásia Oriental. Localizado no Oceano Pacífico, a leste do Mar do Japão, da República Popular da China, daCoreia do Norte, da Coreia do Sul e da Rússia, se estendendo do Mar de Okhotsk, no norte, ao Mar da China Oriental eTaiwan, ao sul. Os caracteres que compõem seu nome significam "Origem do Sol", razão pela qual o Japão é às vezes identificado como a "Terra do Sol Nascente".

O país é um arquipélago de 6 852 ilhas,[7] cujas quatro maiores são Honshu, Hokkaido, Kyushu e Shikoku, representando em conjunto 97% da área terrestre nacional. A maior parte das ilhas é montanhosa, com muitos vulcões como, por exemplo, os Alpes japoneses e o Monte Fuji. O Japão possui a décima maior população do mundo, com cerca de 128 milhões de habitantes. A Região Metropolitana de Tóquio, que inclui a capital de facto de Tóquio e várias prefeiturasadjacentes, é a maior área metropolitana do mundo, com mais de 30 milhões de habitantes.

Pesquisas arqueológicas indicam que humanos já viviam nas ilhas japonesas no período Paleolítico Superior. A primeira menção escrita do Japão começa com uma breve aparição em textos históricos chineses do século I d.C. A influência do resto do mundo seguida por longos períodos de isolamento tem caracterizado a história do país. Desde a sua constituiçãoem 1947, o Japão se manteve como uma monarquia constitucional unitária com um imperador e um parlamento eleito, aDieta.

Como grande potência econômica,[8] possui a terceira maior economia do mundo em PIB nominal e a quarta maior empoder de compra. É também o quarto maior exportador e o quarto maior importador do mundo, além de ser o único país asiático membro do G7.[9] O país mantém uma força de segurança moderna e ampla, utilizada para auto-defesa e para funções de manutenção da paz.[10] O Japão possui um padrão de vida muito alto (10º maior IDH), com a maior expectativa de vida do mundo (de acordo com estimativas da ONU e da OMS) e a terceira menor taxa de mortalidade infantil.[11][12] O país também faz parte do G20, grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia.

Índice

· 1Etimologia

· 2História

o 2.1Pré-história e antiguidade

o 2.2Era feudal

o 2.3Era moderna

· 3Geografia

o 3.1Clima

o 3.2Biodiversidade

o 3.3Meio ambiente

· 4Demografia

o 4.1Imigração e emigração

o 4.2Religião

o 4.3Idiomas

· 5Política

o 5.1Relações internacionais

o 5.2Forças armadas

· 6Divisões administrativas

· 7Economia

o 7.1Turismo

· 8Infraestrutura

o 8.1Transportes e energia

o 8.2Educação

o 8.3Saúde

o 8.4Ciência e tecnologia

o 8.5Mídia e telecomunicações

o 8.6Habitação e saneamento

o 8.7Criminalidade e segurança

· 9Cultura

o 9.1Música e dança

o 9.2Literatura e cinema

o 9.3Culinária

o 9.4Artes

o 9.5Esportes

· 10Ver também

· 11Referências

· 12Ligações externas


Etimologia



Os nomes japoneses para "Japão" são Nippon (にっぽん?), ? escutar, e Nihon (にほん?), ? escutar. Ambos são escritos em japonês usando o kanji (日本?). O nome japonês Nippon é usado de forma oficial, inclusive no dinheiro japonês, selos postais e para muitos eventos esportivos internacionais. Nihon é um termo mais casual e mais frequentemente utilizados no discurso contemporâneo. Os japoneses se referem a si mesmos como Nihonjin (日本人?) e chamam sua língua Nihongo (日本語?).[13]

Tanto Nippon quanto Nihon, literalmente significam "origem do sol" e muitas vezes são traduzidos como a "Terra do Sol Nascente". Esta nomenclatura vem das missões do Império com a dinastia chinesa Sui e refere-se a posição à leste do Japão em relação à China. Antes Nihon entrar em uso oficial, o Japão era conhecido como (倭, Wa?) ou (倭国,Wakoku?).[14]

A palavra em mandarim ou em chinês Wu (呉語) para Japão foi registrada por Marco Polo como Cipangu. Em xangainêsmoderno, um dialeto Wu, a pronúncia dos caracteres 日本 «Japão» é Zeppen (pronuncia - se IPA: [zəʔpən]); em Wu, o caractere 日 tem duas pronúncias, informal (白讀?) (pronuncia-se IPA: [niʔ]) e formal (文讀?) (pronuncia-se IPA: [zəʔ]). (Em alguns dialetos Wu do sul, 日本 é pronunciado IPA: [niʔpən] semelhante à sua pronúncia em japonês). A velha palavramalaia para o Japão, Jepang (agora escrita Jepun na Malásia, apesar de ainda ser soletrada Jepang na Indonésia), foi emprestada da língua chinesa e foi encontrada por comerciantes portugueses em Malaca no século XVI. Acredita-se que os comerciantes portugueses foram os primeiros a levar a palavra para a Europa.[15]


História

Ver artigo principal: História do Japão

Pré-história e antiguidade




O Horyu-ji, um dos mais antigos edifícios de madeira no mundo, é um dos tesouros nacionais e umPatrimónio Mundial da UNESCO.

A ocupação humana do Japão remonta ao Paleolítico Superior e a data mais consensual para a primeira presença humana nestearquipélago é de 35 000 a.C., quando povos nômades caçadores-coletores chegaram às ilhas vindos do continente através de istmos.[16]As primeiras ferramentas japonesas de pedra lascada datam dessa época, e as de pedra polida datam de 30 000 a.C., as mais antigas do mundo. Ainda não se sabe por que essas ferramentas surgiram tão cedo no Japão. A primeira cultura cerâmica e civilização a se desenvolver no Japão foi o Jomon,[17][18] que não desenvolveu a agricultura nem a criação de animais. Os Jomon ocuparam as ilhas do Japão desde o final da quarta glaciação por volta de 14 mil a.C., deixando vestígios de sua ocupação através de peças de cerâmica, consideradas as mais antigas do mundo.[19] Através da cerâmica assume-se que os Jomom eram semi-sedentários e tenham seguido uma religião politeísta, baseada no culto de elementos da natureza. Entre 250 a.C. e 250 d.C. a cultura Yayoi substituiu a anterior e trouxe consigo a agricultura, metalurgia, bronze e espelho.[20][21]



Templo Byodo-in, um Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

O Japão foi unificado pela primeira vez no século VI pelo povo Yamato[18] e logo empreendeu a conquista da península da Coreia no final do século. Nos séculos seguintes a competição por cargos no governo enfraqueceu gradativamente o domínio japonês sobre a Coreia até ao século VI. Em 552, o budismo foi introduzido no país trazido da Coreia e servindo como arma política contra o crescente poder dos sacerdotes, a religião tradicional, o xintoísmodebilitou-se, porém não desapareceu.[17] As duas religiões se uniram, sob a égide do budismo. Após a morte do imperador Shotoku em 622 e um período de guerras civis, o Imperador Kōtoku deu início à reforma Taika que criaria um estado com poderes concentrados nas mãos de um imperador rodeado por uma burocracia, à semelhança da Dinastia Tang na China. Em 710 a capital japonesa foi transferida de Asuka para Nara, dando início a um novo período da história japonesa no qual a cultura e a tecnologia chinesa tiveram maior influência e o budismo se difundiu com a criação de templos por parte do imperador nas principais regiões.[22]

Era feudal




Kinkaku-ji (Templo do Pavilhão Dourado), construído em 1397, durante o Xogunato Ashikaga.
Mais tarde a capital seria novamente transferida para Heian-kio, a moderna Quioto, e dar-se-ia o rompimento entre o imperador Kammue os monges budistas. A partir daí foi estabelecida a escrita japonesa e uma nova literatura.[23] Foi nesse período de paz que surgiram a classe dos samurais como guardas da corte.[17][18] Contudo as disputas surgidas entre os clãs guerreiros Taira no Kiyomori e Minamoto no Yoritomo levaram a uma nova guerra civil que só teve fim em 1185, com a ascensão de Minamoto. Este estabeleceria o governo doxogunato em Kamakura. Enquanto seguia as leis do governo imperial de Heian, o governo Kamakura foi executado por uma rede de samurais em todo o país que se comprometiam a manter a paz. Desde que o poder real era exercido localmente por xogum, os samurais foram capazes de assumir a terra dos ricos proprietários de terra aristocráticos (daimyo) e, portanto, levaram o governo imperial de Heian em Quioto a tornar-se ainda mais fraco. Um novo período de paz e enriquecimento econômico e cultural foi estabelecido até uma nova tentativa mal sucedida de restauração da autoridade imperial feita pelo Imperador Go-Daigo.[24][25]




Samurais vestindo o Ō-yoroi no século XVI.

O surgimento dos daimyo de base local, enfraqueceu o xogunato e esse enfraquecimento levou aGuerra de Ōnin entre 1467 e 1477 entre os Kosokawa e os Yamana que deu fim ao xogunato. Sem uma autoridade central, os daimyos, agora com autoridade absoluta em seus domínios, deram início a um período de guerras que só terminaria entre 1550 e 1560 com a conquista dos demais domínios por Oda Nobunaga.[17] Foi durante o século XVI que comerciantes e missionários portugueses chegaram ao Japão pela primeira vez, dando início a um intenso período de trocas culturais e comerciais. No Japão, os portugueses praticaram ocomércio e a evangelização. Os missionários, principalmente os sacerdotes da Companhia de Jesus, levaram a cabo um intenso trabalho de missão e em cerca de 100 anos de presença portuguesa no Japão, em 1582 a comunidade cristã no país chegou a ascender a cerca de 150 mil cristãos no Japão e 200 igrejas.[26] Neste período o Japão era uma sociedade feudal relativamente bem desenvolvida com tecnologia pré-industrial. O país era mais povoado do que qualquer país ocidental e tinha, no século XVI, cerca de 26 milhões de habitantes.[27]

Toyotomi Hideyoshi deu continuidade ao governo de Nobunaga e unificou o país em 1590. Depois da morte de Hideyoshi, o regente Tokugawa Ieyasu aproveitou-se de sua posição para ganhar apoio político e militar. Quando a oposição deu início a uma guerra, ele a venceu em 1603 na Batalha de Sekigahara. Tokugawa fundou um novo xogunatocom capital em Edo e expulsou os portugueses e restantes estrangeiros, dando início à perseguição dos católicos no país, tidos como subversivos, com uma política conhecida como sakoku. A perseguição aos cristãos japoneses fez parte desta política, levando esta comunidade à conversão forçada ou mesmo à morte, como é o caso dos 26 Mártires do Japão.[28][29][30]

Era moderna



O Imperador Meiji (1868-1912), em cujo poder imperial foi restaurado no final doxogunato Tokugawa.

Esta política deixou a nação isolada por 250 anos até à chegada de navios da Marinha dos Estados Unidos com Matthew Calbraith Perry em 31 de março de 1854 exigindo a abertura do país ao comércio estrangeiro com assinatura de Tratado de Kanagawa revelando o atraso doxogunato. A Guerra Boshin restabeleceu o poder centralizado do imperador como Meiji do Japão em 1868, quando teve início um período de desenvolvimento econômico e de expansionismo ao qual se seguiram as vitórias nas guerras sino-japonesa (1894-1895) e russo-japonesa(1904-1905) e a conquista da Coreia e das ilhas de Taiwan e de Sacalina, mantendo o interesse do país sobre a Manchúria.[31] Estes seguidos episódios deram ao Japão a sua primeira experiência bélica moderna, assistida pelos europeus, a primeira vitória sobre um país do velho continente e a solidificação como país mais influente da Ásia.[32]

No século XX houve um breve período chamado "democracia Taishō" ofuscada pela ascensão do expansionismo e da militarização do país. APrimeira Guerra Mundial permitiu ao Japão, que se juntou ao lado dos aliados vitoriosos, expandir sua influência e exploração territorial. O Japão continuou a sua política expansionista de ocupação da Manchúria, em 1931. Como resultado da condenação internacional a essa ocupação, o Japão renunciou a Liga das Nações, dois anos depois. Em 1935, as assembleias locais foram estabelecidas em Taiwan.[33]

Em 1936, o Japão assinou o Pacto Anticomintern com a Alemanha nazista, juntando-se as potências do Eixo em 1941.[34] Em 1941, o Japão assinou o Pacto nipônico-soviético com a União Soviética, respeitando tanto os territórios de Manchukuo quanto da República Popular da Mongólia.[35]



Nuvem atômica sobre a cidade de Nagasaki, formada por um dos dois artefatos nucleares lançados sobre o país na Segunda Guerra Mundial.

Em 1937, o Império do Japão invadiu outras partes da China, precipitando a Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937-1945). No ano de 1940, invade a Indochina francesa, após o qual os Estados Unidos colocaram um embargo de petróleo ao Japão.[36]

Em 7 de dezembro de 1941, o Japão atacou a base naval de Pearl Harbor e declarou guerra aos Estados Unidos, Reino Unido e Países Baixos. Este ato fez com que os Estados Unidos entrassem na Segunda Guerra Mundial e, em 8 de dezembro, estes três países declararam guerra ao Japão.[37][38] Após os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki, em 1945, após a União Soviética também se opor ao país, o Japão concordou com a rendição incondicional de suas forças em 15 de agosto (Dia da Vitória sobre o Japão).[39]

Os custos de guerra para o Japão e para os países da Esfera de Coprosperidade da Ásia Oriental foram a perda de milhões de vidas e destruição de grande parte da indústria, cidade e infraestrutura do país. As potências aliadas repatriaram milhões de japoneses étnicosde colônias e campos militares na Ásia.[40]

O Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente, foi convocado pelos aliados (em 3 de maio de 1946) para processar alguns líderes japoneses por crimes de guerra. No entanto, todos os membros das unidades de investigação bacteriológica e membros da família imperial envolvidos na condução da guerra foram exonerados a partir de processos criminais pelo Comandante Supremo das Forças Aliadas.[41][42]






Vista de Tóquio, com destaque para a Rainbown Bridge e a Torre de Tóquio(ao fundo).

Em 1947, o Japão aprovou uma nova constituição pacifista enfatizando as práticas democráticas liberais. A ocupação dos Aliadosterminou pelo Tratado de São Francisco em 1952 e o Japão foi assimilado como membro das Nações Unidas em 1956.[43] Internamente, após o fim da Segunda Guerra, o país passou por décadas de recuperação e afirmação: teve um crescimento econômico espetacular até se tornar a segunda maior economia do mundo, devido a investimentos do setor privado na construção de novas fábricas e equipamentos e ao senso coletivo de trabalho, que deram ao país uma taxa de crescimento média anual de 10% por quatro décadas.[44]Estes acordos deveram-se a fatores geopolíticos, como o medo de que o socialismo avançasse sobre este país completamente arrasado pela guerra, e culturais, devido ao investimento em educação que formou e preencheu vagas no campo tecnológico.[45] Esse rápido avanço terminou em meados dos anos 1990 quando o Japão sofreu uma grande recessão. O crescimento positivo no início doséculo XXI tem sinalizado uma recuperação gradual.[46]

Em 11 de março de 2011 o país sofreu o pior sismo e tsunami já registrado em sua história. O terremoto teve uma magnitude de 9,0 naescala de magnitude de momento e foi agravado por um tsunami, afetando a região nordeste de Honshu, incluindo Tóquio.[47] A área mais afetada pelo tsunami foi a cidade de Sendai, região de Tohoku, devido à proximidade do local onde ocorreu o sismo.[48] Por conta do sismo, a Central Nuclear de Fukushima I sofreu sérios danos em seus reatores e agora ameaça a população dos arredores com risco de contaminação por radioatividade.[49]


Geografia





Imagem de satélite do arquipélago japonês.

Ver artigo principal: Geografia do Japão

O Japão é um país insular que se estende ao longo da costa leste da Ásia. O litoral marítimo do Japão é aproximadamente quatro vezes maior que o brasileiro.[50] As ilhas principais, de norte para sul, são: Hokkaido, Honshu, Shikoku e Kyushu. Além destas maiores, o Japão inclui mais de seis mil outras menores, parte das quais constituem as ilhas Riukyu, inclusive Okinawa, que se estendem a sudoeste de Kyushu até perto de Taiwan.[51]

Entre 70% e 80% do país é coberto por florestas e de relevo montanhoso[52][53] com uma cordilheira no centro das ilhas principais, de forma que as pequenas planícies costeiras se tornam as áreas mais povoadas do país.[54]

A montanha mais alta e o vulcão mais conhecido do Japão é o monte Fuji com 3.776 metros de altitude e seu ponto mais baixo fica no lago Hachirōgata, quatro metros abaixo do nível do mar. Localizado no Círculo de fogo do Pacífico há oitenta vulcões ativos no país e ossismos são muito comuns, ocorrendo mil deles sensíveis por ano. A enorme quantidade de vulcões mostra que nas profundezas do arquipélago o solo é instável e cheio de energia. Isso faz com que o país esteja entre os que mais registram terremotos no mundo.[8]

Ainda que uma ameaça, estes vulcões representam uma importante fonte de turismo. Regiões como Nikko, são famosas por suas primaveras quentes e pelo cenário de montanhas vulcânicas.[55] Os rios japoneses são curtos e de águas ligeiras. Atingem o mar pouco depois de sua nascente nas montanhas acima e formam geralmente deltas em forma de leque.[8]

Clima|






Monte Fuji (ao fundo) com o trem-bala Shinkansen, dois dos principais símbolos do país. Em 2006, o país registrou 108 vulcões ativos.[56]

O clima japonês apresenta uma clara diferenciação entre as estações e sofre a influência de massas de ar frias vindas da Sibéria no inverno, bem como de massas de ar quentes do Pacífico no verão. Os tufões são comuns entre o fim do verão e o início do outono. O país pode ser dividido em quatro regiões climáticas: a de Hokkaido, de clima subártico, a da costa do Pacífico, temperado, a da costa do Mar do Japão, mais chuvoso, e o da região sudoeste, subtropical.[8]

As diferenças entre as estações do ano mostram-se da seguinte maneira:[57] o inverno, que vai de Dezembro a Fevereiro, é seco e tem regularmente Sol. Enquanto o Centro e principalmente o Norte do Japão são frios, o Sul tem o tempo mais agradável, e a temperatura vai raramente abaixo dos 0 °C. A primavera, que vai de março a maio, é quando deixa de nevar, sendo que todas as paisagens ficam floridas. O verão começa com três a quatro semanas de chuva, sendo este período importante para os agricultores. Depois deste período, o tempo torna-se extremamente quente. O outono é muito fresco, com uma ligeira brisa e uma temperatura mais fresca depois do Verão.

Biodiversidade





Celebrações do festival Hanami embaixo das árvores sakura(cerejeiras) no parque Ueno, emTóquio.

O Japão tem nove ecorregiões florestais que refletem o clima e a geografia das ilhas. Elas vão de florestas subtropicais nas ilhas Ryūkyūe Ogasawara, a florestas decíduas temperadas em regiões de clima ameno das principais ilhas, florestas temperadas de coníferas nas porções frias das ilhas do norte.[58]

Em sua flora, o país possui cerca de 6 000 espécies nativas de plantas, cuja variedade é devida ao calor, à abundância das precipitações, à humidade dos verões e ao relevo. Ao longo do território vê-se figuier banian, suji e hinoki, bem como plantas comuns em outras partes do mundo, como as magnólias.[59] Algumas ainda possuem significados simbólicos, como as flores de cerejeira, chamadas sakuras, que representam a beleza efêmera. De suas plantas ainda saem os trabalhos com arranjos, pinturas, tecelagem e cerâmicas, além de remédios.[60]

Já em sua fauna é possível ver espécies não encontradas em nenhuma outra parte do globo, como certas variedades de faisões,tubarões e salamandras. Ainda assim, o território japonês possui apenas 118 espécies de mamíferos terrestres selvagens.[60] As regiões montanhosas do Japão, com florestas densas, albergam populações relativamente numerosas de mamíferos, dentre eles javalis, tanukis,raposas, veados, antílopes, lebres e doninhas. Répteis presentes incluem tartarugas marinhas, cágados, serpentes aquáticas e lagartos. Há uma grande variedade de sapos,rãs e tritões, onde se destaca a Salamandra-gigante-do-japão que atinge os 4 m de comprimento, e é endêmica do arquipélago. Cerca de 600 espécies de aves são residentes ou migratórias e diversidade de insetos é típica de regiões com clima temperado úmido.[61]



O selvagem macaco-japonês, no Parque Jigokudani.

Entre as espécies ameaçadas que habitam o território japonês estão o urso-negro-asiático, classificado como de fato ameaçado de extinção e o macaco-japonês, em estado ainda pouco preocupante.[62] O lobo-cinzento, apesar de pouco preocupante ao redor do mundo, está quase extinto do território japonês.[63] Também consideradas espécies sob ameaça, as variedades de baleia são caçadas pelos japoneses sob cotas estipuladas na moratória de 1986. Ao lado de Noruega e Islândia, o Japão é o país que mais caça estes animais devido a alta lucratividade. No país oriental, a carne da baleia é ainda uma especialidade culinária comum e sua cartilagem serve à indústria de cosméticos. Sob a alegação de pesquisa científica, o Japão caça, anualmente, uma média de 1 000 baleias, variando em espécies. Em 2008, por exemplo, caçaram baleias-comuns e baleias-minke-antárticas. Neste mesmo ano, dois ativistas do Greenpeaceforam presos por denunciarem contrabando ilegal de carne de baleia e ocorreu um atrito entre os governos japonês e australiano, que culminaram em acusações de pesca ilegal e fraude de evidências.[64] Dois anos antes, em pesquisa realizada nacionalmente, foi constatado que 69% da população é contra este tipo de caça. Em 2010, ocorreu o encontro da Comissão Internacional da Baleia, no qual tentou-se derrubar a moratória e acusando o Japão de subornar países menores que votassem a seu favor.[65]



Meio ambiente

A história ambiental do Japão e as políticas atuais refletem um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a proteção ambiental. No rápido crescimento econômico após aSegunda Guerra Mundial, as políticas ambientais foram minimizadas pelas empresas do governo e industriais. Como consequência inevitável, certa poluição ambiental crucial ocorreu nos anos 1950 e anos 1960. Na preocupação crescente sobre o problema, o governo introduziu muitas leis de proteção ambiental em 1970 e estabeleceu o Ministério do Meio Ambiente em 1971.[66]



Usina nuclear de Monju.

A crise do petróleo de 1973 também incentivou o uso eficiente da energia, devido à falta no Japão de recursos naturais.[67] Questões prioritárias ambientais atuais incluem a poluição do ar urbano (NOx, partículas em suspensão, substâncias tóxicas), gestão integrada de resíduos sólidos, eutrofização da água, conservação da natureza, mudanças climáticas, gestão de produtos químicos e a cooperação internacional para a conservação do meio ambiente.[68]

Hoje o Japão é um dos líderes mundiais no desenvolvimento de novas tecnologias amigas do ambiente. Os veículos híbridos da Honda e da Toyota foram nomeados para ter a maior economia de combustível e as menores emissões. Isto é devido à avançada tecnologia em sistemas híbridos, os biocombustíveis, o uso de material mais leve e melhor engenharia.[69]

Como signatário do Protocolo de Quioto e anfitrião da conferência de 1997 que o criou, o Japão é tratado no âmbito de obrigações de reduzir suas emissões de dióxido de carbono e tomar outras medidas relacionadas como combater as alterações climáticas. A campanhaCool Biz introduzida pelo antigo primeiro-ministro Junichiro Koizumi foi orientada a reduzir o consumo de energia através da redução da utilização do ar condicionado nos escritórios do governo. O Japão se prepara para forçar a indústria a fazer grandes cortes nos gases do efeito estufa, tomando a liderança de um país que luta para cumprir suas obrigações do Protocolo de Quioto.[70] O país é classificado na 20º posição no mundo no Índice de Desempenho Ambiental de 2010.[71]

Em 2010, o país que contribui para o desmatamento fora de seu território, em nações de florestas tropicais por exemplo, comprometeu-se a reduzir o desmatamento e a degradação ambiental, doando, ao lado de outros países, cerca de 3,5 bilhões de dólares.[72][73] Em contrapartida, sua área florestal intacta ou replantada cobre 70% do território nacional, preservação esta comparada apenas aos países escandinavos.[74]


Demografia

Ver artigo principal: Demografia do Japão



A Região Metropolitana de Tóquio é amaior do mundo, com mais de 35 milhões de habitantes.

Mais de 95% da população japonesa tem origem no arquipélago. Os japoneses são descendentes de povos jomon, yayoi e ainusque se estabeleceram no arquipélago nipônico durante milhares de anos. Os Jomons foram os primeiros a desenvolver civilizaçãono arquipélago, o povo nômade Yayoi se estabeleceu na região Central do Japão, e os Ainus ao Norte do país.[75] O restante da população do Japão é composta por imigrantes de origem coreana, chinesa e brasileira, entre outros.[76]

A população do Japão é estimada em 127,4 milhões de pessoas.[77] Em geral, ela é bastante homogênea, sendo quase toda composta por japoneses, as minorias são os ainus, um povo indígena nativo do país, e os estrangeiros que vão ao país porturismo ou em busca de emprego.[75]

A expectativa média de vida no país é uma das mais elevadas do mundo, 81,25 anos,[78] mas essa população está rapidamente envelhecendo como resultado do grande número de nascimentos posterior à Segunda Guerra Mundial seguido por uma queda nataxa de natalidade no final do século XX. Assim, em 2004, cerca de 19,5% da população tinha mais de 65 anos.[79]

As mudanças na demografia trouxeram uma série de questões sociais, em particular um provável declínio da força de trabalho e o aumento dos custos com a seguridade social. Nota-se também que uma parcela dos jovens prefere não formar famílias quando adultos.[80] Prevê-se um declínio da população japonesa para 100 milhões até 2050 e 64 milhões em 2100.[79] Demógrafos e planejadores governamentais, no momento, debatem como lidar com este problema.[80] A imigração e o incentivo à natalidade são por vezes sugeridos como uma solução para proporcionar trabalhadores jovens que possam sustentar o envelhecimento da população.[81][82] A imigração, contudo, não é uma medida popular.[83] Segundo o ACNUR, em 2007, o Japão aceitou apenas 41 refugiados para reassentamento, enquanto os Estados Unidos aceitaram 50.000.[84]

O país sofre com uma das mais altas taxas de suicídios do mundo.[85][86][87] Em 2011, o número de suicídios ultrapassou 30 mil pessoas pelo décimo quarto ano seguido, representando uma queda de 1 177 suicídios em relação a 2010. Tóquio teve a maior taxa do país e os homens compõem 70% de todas as mortes desse tipo, sendo a principal causa de falecimento entre as pessoas com menos de 30 anos de idade.[88][89]


vereditar

Cidades mais populosas no Japão
Censo de 2010



Tóquio

Yokohama


Posição

Localidade

Prefeitura

Pop.

Posição

Localidade

Prefeitura

Pop.


Osaka

Nagoia


1

Tóquio

Tóquio

8 949 447

11

Hiroshima

Hiroshima

1 174 209


2

Yokohama

Kanagawa

3 689 603

12

Sendai

Miyagi

1 045 903


3

Osaka

Osaka

2 666 371

13

Kitakyushu

Fukuoka

977 288


4

Nagoia

Aichi

2 263 907

14

Chiba

Chiba

962 130


5

Sapporo

Hokkaidō

1 914 434

15

Sakai

Osaka

842 134


6

Kobe

Hyōgo

1 544 873

16

Niigata

Niigata

812 192


7

Quioto

Quioto

1 474 473

17

Hamamatsu

Shizuoka

800 912


8

Fukuoka

Fukuoka

1 463 826

18

Kumamoto

Kumamoto

734 294


9

Kawasaki

Kanagawa

1 425 678

19

Sagamihara

Kanagawa

717 561


10

Saitama

Saitama

1 222 910

20

Shizuoka

Shizuoka

716 328




Imigração e emigração

Em 2004 o Ministério da Justiça do Japão estimou o número de estrangeiros legais em quase dois milhões sendo estes principalmente coreanos, chineses, taiwaneses,brasileiros e filipinos. As outras minorias são, peruanos, norte-americanos, ingleses, tailandeses, australianos, canadenses, indianos, iranianos, russos, entre outros.[90]

Entretanto o número real de estrangeiros é incerto devido a existência de muitos imigrantes ilegais.[91] A maioria dos brasileiros residentes no Japão são nikkei (descendentes de japoneses ou cônjuges de nipo-brasileiros) que vivem e trabalham legalmente e são conhecidos pelos japoneses como dekasseguis. O Brasil passou a receber imigrantes japoneses em 1908. A maior parte dos imigrantes chegou na década de 1930 e se fixou sobretudo em São Paulo. Hoje, a população nipo-brasileira é de quase 1,5 milhão de pessoas, formando a maior colônia de descendentes de japoneses do mundo. Muitos desses brasileiros de origem japonesa ou cônjuges têm imigrado ao Japão em busca de melhores condições de vida, formando uma comunidade de cerca de 300 mil pessoas no Japão.[92]

Religião

Ver artigo principal: Religião no Japão



Santuário de Itsukushima, um Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

As maiores estimativas para o número de budistas e xintoístas no Japão são de 84-96% da população, representando um grande número de crentes em um sincretismo dessas duas religiões.[8][93] No entanto, essas estimativas baseiam-se em pessoas com uma associação com um templo, ao invés do número de pessoas que realmente seguem a religião. O professor Robert Kisala da Universidade de Nanzan sugere que apenas 30% da população do país se identifique como pertencente a alguma religião.[94]

O taoísmo, o confucionismo e o budismo da China também têm influenciado as crenças e os costumes japoneses. A religião no Japão tende a ser sincrética por natureza e isso resulta em uma variedade de práticas, tais como pais e filhos celebrando rituais xintoístas, os estudantes rezando antes dos exames, alguns casais celebrando um casamento em uma igreja cristã e funerais sendo realizados em templos budistas. Uma minoria (2.595.397 de pessoas ou 2,04% da população) professam o cristianismo.[95] Além disso, desde meados do século XIX, numerosas seitas religiosas (Shinshūkyō) surgiram no Japão,[96] como a Tenrikyo, Aum Shinrikyo (ou Aleph)[97] e Soka Gakkai.[98]

Idiomas

Ver artigo principal: Língua japonesa

Mais de 99% da população fala o japonês como primeira língua.[77] É uma língua aglutinante distinguida por um sistema de honoríficos refletindo a natureza hierárquica da sociedade japonesa, com formas verbais e vocabulários particulares que indicam o estatuto relativo do falante e do ouvinte. Segundo um dicionário japonês Shinsen-kokugojiten, palavras baseadas no chinês compõem 49,1% do vocabulário total, as palavras indíanas são 33,8% e empréstimos outros 8,8%.[99]

Os sistema de escrita utilizados são o kanji (caracteres chineses) e dois conjuntos de kana (silabários com base em caracteres chineses simplificados), bem como o alfabeto latino e os numerais arábicos. As línguas ryukyuanas, também fazem parte da família das línguas japônicas a que pertence japonês, são faladas em Okinawa, mas poucas crianças aprendem estas línguas.[100] A língua ainu está em extinção, com apenas alguns idosos falantes nativos remanescentes em Hokkaido.[101] A maioria das escolas públicas e privadas exigem a participação dos estudantes em cursos de japonês e inglês.[102]


Política

Ver artigo principal: Política do Japão








Akihito, o Imperador do Japão.

Shinzō Abe, o atualprimeiro-ministro do país.


O Japão é uma monarquia constitucional onde o poder do imperador é muito limitado. A Constituição o define como "símbolo do Estado e da unidade do povo" e ele não possui poderes relacionados ao governo. O poder, concedido por soberania popular,[103] está concentrado principalmente na figura do primeiro-ministro do Japão e de outros membros eleitos da Dieta. O imperador age como chefe de Estado em ocasiões diplomáticas, sendo Akihito o presente imperador do Japão e Naruhito, o próximo na linha sucessória do trono.[104]

O primeiro-ministro do Japão é o chefe de governo. O candidato é escolhido pela Dieta de entre um de seus membros e endossado pelo imperador. O primeiro-ministro é o chefe do Gabinete, órgão executivo que nomeia e demite ministros de Estado do qual a maioria deve ser membro da Dieta. O primeiro-ministro do Japão é, no momento, Shinzō Abe.

O órgão legislativo do Japão é a Dieta Nacional, um parlamento bicameral. A Dieta é formado pela Câmara dos Representantes, com 480 representantes eleitos por voto popular a cada quatro anos ou quando dissolvida, e pela Câmara dos Conselheiros de 242 membros com mandatos de seis anos. Todos os cidadãos com mais de 20 anos têm direito ao voto[50] e a concorrer nas eleições nacionais e locais realizadas com voto secreto.[103]



Palácio da Dieta Nacional, emTóquio.

O Japão tem um sistema político democrático e pluripartidário com seis grandes partidos políticos. O liberal conservador Partido Liberal Democrata (PLD) está no poder desde 1955, a não ser por um curto período de coalizão da oposição em 1993.[105] O maior partido de oposição é o liberal social Partido Democrático do Japão.[106]

Historicamente influenciado pelo sistema chinês, o sistema legal do Japão desenvolveu-se independentemente durante o período Edo. Entretanto, desde o final do século XIX, o sistema legal japonês tem se baseado em grande parte nos direitos civis da Europa, principalmente da França e Alemanha. Em 1896, por exemplo, o governo japonês estabeleceu um código civil baseado no modelo alemão. Com modificações do pós-Guerra, o código permanece vigente no Japão. A lei estatutária origina-se na Dieta com a aprovação do imperador. A Constituição requer que o imperador promulgue as leis aprovadas pela Dieta, sem, no entanto, conferir-lhe o poder de opôr-se a aprovação de uma lei. O sistema de tribunais do Japão é dividido em quatro esferas básicas: a Suprema Corte e três níveis de cortes inferiores.[107] O corpo principal da lei estatutária japonesa é chamado de Seis Códigos.[108]

Relações internacionais

Ver artigo principal: Missões diplomáticas do Japão

O Japão se destaca na política internacional por ser membro do G8, da APEC, da ASEAN+3 e participante da Cúpula do Leste da Ásia. O país é também o segundo maior doador para Assistência Oficial para o Desenvolvimento, com 0,19% do seu PNB em 2004.[109]



John Kerry, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, em um encontro com Fumio Kishida, o Ministro das Relações Exteriores do Japão, em abril de 2013.

Desde a sua rendição e o Tratado de São Francisco, após a Segunda Guerra Mundial, a política diplomática japonesa tem sido baseada na estreita parceria com os Estados Unidos e na ênfase na cooperação internacional como as Nações Unidas, organização internacional da qual o país é membro desde 1956. Durante a Guerra Fria, o Japão tomou parte no confronto entre o mundo ocidental e a União Soviética na Ásia Oriental. Com o rápido desenvolvimento econômico japonês nas décadas de 1960 e 1970, o país recuperou sua influência internacional e passou a ser considerado uma das grandes potências do mundo. No entanto, o Japão ainda mantém relações tensas com três países em particular: a China (apesar de ser o maior parceiro comercial do país), a Coreia do Sul[110][111] e a Coreia do Norte.[112]

Durante a Guerra Fria, a política externa japonesa não era auto-afirmativa, sendo relativamente focada em seu crescimento econômico. No entanto, o fim da Guerra Fria e as amargas lições da Guerra do Golfo mudaram lentamente a política do país. O governo japonês decidiu participar de operações de manutenção da paz das Nações Unidas e enviou tropas para Camboja, Moçambique, Colinas de Golãe Timor-Leste nas décadas de 1990 e 2000.[113]

Além de seus vizinhos imediatos, o Japão tem prosseguido com uma política externa mais ativa nos últimos anos, reconhecendo a responsabilidade que acompanha a sua força econômica. O ex-primeiro-ministro Yasuo Fukuda destacou a mudança de direção da política externa japonesa em um discurso para a Dieta Nacional: "O Japão aspira tornar-se um centro de desenvolvimento de recursos humanos, bem como de pesquisa e contribuição intelectual para promover a cooperação no campo da construção da paz."[114]

Forças armadas

Ver artigo principal: Forças de Autodefesa do Japão

Navios de assalto anfíbios daClasse Hyuga da Força Marítima de Autodefesa do Japão.

O maior parceiro militar do Japão são os Estados Unidos, tendo como fundamento de sua política externa a aliança defensiva Japão-Estados Unidos.[115] Como membro das Nações Unidas desde 1956, o Japão serviu como membro temporário do Conselho de Segurança por um total de 18 anos, mais recentemente entre 2005 e 2006. Ele é também membro das nações G4 buscando um assento permanente no Conselho de Segurança.[116] O Japão também contribuiu com contigentes não-combatentes para a Invasão do Iraque, mas posteriormente retirou suas tropas deste país.[117]

As despesas militares do Japão são a sexta maior do mundo, com 59.3 bilhões de dólares orçados em 2012, o que representa apenas 1% do PIB nacional por ano.[10] O Japão tem disputas territoriais com Rússia, China, Taiwan e Coreia do Sul. A maior parte dessas disputas envolve a presença de recursos naturais como o petróleo e fatores históricos.[110]

O Japão reivindica a soberania sobre as ilhas Etorofu, Kunashiri e Shikotan, conhecidas no país como "Territórios do Norte" e na Rússia como "Ilhas Curilas do Sul" ocupadas pela União Soviética em 1945 e administradas atualmente pela Rússia. Disputa os Rochedos de Liancourt (chamados Takeshima ou Dokdo) com a Coreia do Sul — ocupadas por esta desde 1954 — e as ilhas inabitadas de Senkaku-shoto (Diaoyu Tai) com China e Taiwan.[118]



Mitsubishi F-15 Eagle da Força Aérea de Auto defesa do Japão.

O Japão também enfrenta graves problemas com a Coreia do Norte acerca de seu programa de armamento nuclear, sequestro de cidadãos japoneses e de testes de mísseis.[112] O fortalecimento militar da China é também um motivo de preocupação. Contudo, as Forças de Auto-Defesa do Japão se concentra em tecnologia de ponta, robótica e armas modernas.[119]

A militarização do Japão era restringida pelo Artigo 9 de sua Constituição pós-guerra até julho de 2014[120], o qual renuncia ao direito de declarar guerra ou ao uso de força militar como meios para a resolução de disputas internacionais, ainda que o governo esteja tentando fazer uma emenda à Constituição através de um referendo.[121]

As forças armadas do Japão são controladas pelo Ministério da Defesa e consistem basicamente das Forças de Autodefesa Terrestre, Marítima e Aérea. As forças armadas foram usadas recentemente em missões de paz e o envio de tropas não-combatentes para o Iraque marcou o primeiro uso delas desde a Segunda Guerra Mundial.[117]


Divisões administrativas

Ver artigo principal: Subdivisões do Japão

Ainda que tradicionalmente o Japão seja dividido em oito regiões, administrativamente o país é formado por 47 prefeituras, cada uma com um governador, um legislativo e uma burocracia administrativa.[122] A antiga cidade de Tóquio foi dividia em 23 bairros especiais, cada um com os mesmos poderes de uma cidade.[123] No momento o país passa por uma reestruturação administrativa que unirá entre si a maioria das cidades e povoados. Este processo reduzirá o número de regiões administrativas e de subprefeituras e espera-se que corte gastos.[124]

O Japão tem mais de dez grandes cidades que cumprem um papel importante em sua cultura, patrimônio e economia. As dez mais populosas são também capitais de províncias e foram transformadas em cidades por mandato governamental devido à sua importância. Abaixo, as oito regiões japonesas:






Economia

Ver artigo principal: Economia do Japão



Interior da Bolsa de Valores de Tóquio.

Levando-se em conta seu produto interno bruto (PIB) nominal de 5,8 trilhões * de dólares, em 2008 o Japão era a terceira economia mundial e a quarta em relação à paridade do poder de compra, estando em 4,39 trilhões * de dólares,[4] o que ocorre basicamente em decorrência da cooperação entre o governo e a indústria, de uma profunda ética do trabalho, investimentos em alta tecnologia, redução de desperdício e reciclagem de materiais e de um orçamento relativamente baixo para a defesa.[125][126] Dentre as principais atividades industriais estão a engenharia automóvel, a eletrônica, a informática, a siderurgia, a metalurgia, a construção naval, a biologia e aquímica, com destaque para as indústrias com tecnologia de ponta nestes setores.[127]

As exportações japonesas incluem equipamento de transporte, veículos motorizados, produtos eletroeletrônicos, maquinário industrial e produtos químicos entre outros.[118] Os principais compradores do Japão são a China, os Estados Unidos, a Coreia do Sul, Taiwan eHong Kong (em 2005).[118] Contudo, o Japão possui reduzidos recursos naturais para sustentar o crescimento econômico e por isso depende de outros países em relação a matérias-primas. Os países que mais vendem para o Japão são a China, os Estados Unidos, oBrasil, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, a Austrália, a Coreia do Sul e a Indonésia. As principais importações do país são máquinas e equipamentos, combustíveis fósseis, produtos alimentícios (carne em particular), químicos, têxteis e matéria-prima para suas indústrias. O principal parceiro comercial do Japão é a China.[128] O maior banco do mundo está no Japão,[129] o Mitsubishi UFJ Financial Group,[130] com aproximadamente 1,7 trilhões de dólares em fundos[129] assim como o maior sistema de caderneta de poupança postal do mundo e o maior titular de poupança mundial, o Serviço Postal Japonês, detentor de títulos privados da ordem de 3,3 trilhões de dólares. Também fica no país a segunda maior bolsa de valores do mundo, a Bolsa de Valores de Tóquio, com uma capitalização de mercado de mais de 549,7 trilhões de yens em Dezembro de 2006.[131] Também é lar de algumas das maiores empresas de serviços financeiros, grupos empresariais e bancos. Por exemplo, vários keiretsus (grupos empresariais) e multinacionais como a Sony, a Sumitomo, a Mitsubishi e a Toyota têm bancos, grupos de investimento e de serviços financeiros.[132]



Distrito de Minato Mirai 21 emYokohama. A maior parte da economia japonesa está baseada no setor de serviços.

As principais atividades econômicas do Japão circulam entre as ilhas de Hokkaido, Honshu, Shikoku e Kyushu. O Japão é cortado por uma eficiente malha rodoviária e ferroviária que liga o país de norte a sul. Em 2004, havia 1.177.278 km de rodovias pavimentadas, 173 aeroportos e 23.577 km de ferrovias.[118] O transporte aéreo é em grande parte operado pela All Nippon Airways (ANA) e pela Japan Airlines (JAL). Já as ferrovias são operadas pela Japan Railways entre outras. Os aeroportos mais movimentados ficam nas regiões mais populosas do país, Kanto e Kinki. O Aeroporto Internacional de Narita, por exemplo, é o mais movimentado do país e o oitavo mais movimentado do mundo. Há muitos voos internacionais de várias cidades e países do Japão e para o país. Já o transporte portuário, apesar de fundamental para um país insular, encontra-se em baixa, desde um pico na década de 1980.[133]

Uma vez que apenas 15% das terras japonesas são apropriadas para o cultivo,[134] o sistema de terraceamento é usado em pequenas áreas. Isto resulta em um dos mais elevados níveis de produtividade por unidade no mundo. O pequeno setor agrário do Japão, contudo, é muito subsidiado e protegido. O Japão precisa importar cerca de 50%[135] dos grãos consumidos excetuando o arroz, e depende de importações para seu suprimento de carne. O Japão é o segundo maior produtor de pescado do mundo por tonelada depois da China e tem uma das maiores frotas de pesqueiros do mundo que responde por quase 15% da pesca mundial.[118] O país depende de países estrangeiros em 80% para o seu suprimento de petróleo e alimentos como a carne bovina.[136]



Toyota FCV-R, um carro conceitomovido a hidrogênio. A Toyota é uma das maiores fabricantes de automóveisdo planeta, enquanto o Japão é o segundo maior produtor de carros do mundo.[137]

É líder nos campos da pesquisa científica, tecnológica, maquinária e médica. Algumas das mais importantes contribuições tecnológicas do Japão são encontrados nos campos da eletrônica, maquinaria, robótica industrial, óptica, química, semicondutores e metalurgia. O Japão é líder no mundo dos robôs industriais, sendo que mais da metade dos robôs existentes no mundo, são usados nas suas indústrias.[138]

As grandes empresas japonesas são organizadas de dois modos principais:

· As keiretsus (ou redes verticais) são um conjunto de empresas que vivem em função de uma grande empresa especializada. As pequenas empresas são fornecedoras e prestadoras de serviços da empresa central.[139] As maiores keiretsus giram em torno daToyota, Toshiba, Nissan, Hitachi e Matsushita.[132]

· Redes horizontais ou kigyo shudan são baseadas na conexão entre grandes empresas. São consideradas herdeiras da zaibatsu. Atualmente as principais redes horizontais são: Mitsui, Mitsubishi e Sumitomo.[140]

Turismo

Em 2008, o Japão atraiu 8,3 milhões de visitantes estrangeiros, pouco mais que a Singapura e Irlanda.[141] O Japão tem catorzepatrimônios mundiais da UNESCO, incluindo o Castelo de Himeji e os Monumentos Históricos da Antiga Quioto (cidades de Quioto, Uji e Otsu). Quioto recebe mais de 30 milhões de turistas anualmente.[142] Os estrangeiros também visitam as cidades de Tóquio e Nara, o Monte Fuji, utilizam o shinkansen e tiram proveito da rede de hotéis do país.

O turismo doméstico continua a ser uma parte vital da economia e da sociedade japonesa. Crianças em idade escolar em muitas escolas secundárias realizam visitas à Tokyo Disneyland ou à Torre de Tóquio. A extensa rede ferroviária, juntamente com os voos domésticos, permitem viagens eficientes e rápidas. No turismo receptivo, o Japão ficou em28ª posição no mundo em 2007.[143]


Infraestrutura



Transportes e energia

Ver também: Energia no Japão



Um trem de alta velocidadeShinkansen (ou "trens-bala") naEstação de Tóquio.

Em 2005, metade da energia no Japão era produzida a partir de petróleo, um quinto a partir do carvão mineral e 14% do gás natural.[144]A energia nuclear produzia um quarto da eletricidade do país.[145]

Os gastos do Japão com estradas têm sido grande.[146] Os 1,2 milhões de quilômetros de estradas pavimentadas são as principais vias de transporte,[147] cuja circulação se faz à esquerda. A única rede de alta velocidade é dividida e limitada por estradas com portagem de acesso que as conectam às principais cidades e são operadas por empresas de coleta de pedágio. Carros novos e usados são baratos. As taxas de propriedade do automóvel e taxas de combustível são utilizados para promover a eficiência energética. No entanto, em apenas 50% de todas as distâncias percorridas, o uso do automóveis é o mais baixo de todos os países do G8.[148]

Dezenas de empresas de transporte ferroviário japonesas competem nos mercados de transporte local e regional de passageiros, como por exemplo, a 7 JR, a Kintetsu Corporation, a Seibu Railway e a Keio Corporation. Muitas vezes, como estratégia dessas empresas, ao lado das estações existem empreendimentos imobiliários ou lojas de departamento. Cerca de 250 trens de alta velocidade Shinkansenligam as principais cidades japonesas e são conhecidos por sua pontualidade.[149]

Existem 173 aeroportos e voar é uma maneira popular de se viajar entre cidades do país. O maior aeroporto doméstico, o Haneda, é o mais movimentado da Ásia. Os maiores aeroportos internacionais são o Aeroporto Internacional de Narita (região de Tóquio), Aeroporto Internacional de Kansai (área de Osaka/Kobe/Quioto) e o Aeroporto Internacional de Chubu (área de Nagoya). Os maiores portos incluem o Porto de Nagoya.[150]



Educação

Ver artigo principal: Educação no Japão



Auditório Yasuda, Universidade de Tóquio.

A alfabetização no Japão remonta anterior à introdução da escrita kanji no século VI. Inicialmente restrita às classes aristocráticas, a educação atingiu a população em geral no Período Edo, em que havia escolas específicas para a classe dos samurais, mas também escolas mistas que ensinavam escrita, leitura e aritmética. Graças a esse sistema, calcula-se que em 1868, época da Restauração Meiji, 40% da população japonesa fosse alfabetizada.[151] A divisão em escolas primárias, secundárias e universidades foi introduzida no Japão em 1871 como parte da Restauração Meiji.[152]

Desde 1947, a educação obrigatória no Japão inclui a educação infantil (shõgakkõ), o qual dura 6 anos (dos seis aos onze ou doze anos)e o ensino fundamental, chugakkō, o qual dura três anos. Quase todas as crianças continuam seus estudos indo para o colegial,koukō, de três anos e, de acordo com o Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia, cerca de 75,9% dos formandos do ensino secundário cursaram a universidade, a educação profissional, ou outros cursos pós-secundários em 2005.[153] O ano letivo no Japão tem início em Abril e pode ser dividido em dois ou três períodos. O currículo de cada série é determinado pelo Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia, bem como há avaliações periódicas do material escolar utilizado.[151]

A educação no Japão é muito competitiva,[154] em especial, o ingresso em instituições de ensino superior. De acordo com o Suplemento de Educação Superior do The Times, as universidades mais importantes do Japão são a Universidade de Tóquio, a Universidade de Quioto e a Universidade de Osaka.[155] No momento, a educação japonesa passa por uma reestruturação que tenta adaptá-la ao século XXI, mudando sua ênfase da disciplina e do respeito a tradição para a liberdade e a criatividade.[151]



Saúde

No Japão, os serviços de saúde são fornecidos pelos governos nacional e locais. O pagamento de serviços médicos pessoais é oferecido através de um sistema de seguro universal de saúde que oferece uma relativa igualdade de acesso, com taxas fixadas por uma comissão do governo. As pessoas sem seguro através dos empregadores podem participar de um programa nacional de seguro de saúde administrado pelos governos locais. Desde 1973, todas as pessoas idosas têm sido cobertas pelo seguro patrocinado pelo governo.[156] Os doentes são livres para escolher médicos ou instalações de sua preferência.[157] O país possui a maior expectativa de vida do mundo (de acordo com estimativas da ONU e da OMS) e a terceira menor taxa de mortalidade infantil.[11][12]



Ciência e tecnologia



Foto do lançamento do mais recente modelo Honda ASIMO.

O Japão é uma das nações líderes nos campos da pesquisa científica, especialmente de tecnologia, maquinário e pesquisa biomédica. Cerca de 700.000 pesquisadores dividem um orçamento de 130 bilhões de dólares para pesquisa e desenvolvimento, o terceiro maior do mundo.[158] O Japão é líder mundial no domínio da pesquisa científica fundamental, tendo produzido treze prêmios Nobel, quer em física,química ou medicina,[159] três Medalha Fields[160] e um Prêmio Gauss.[161]

Algumas das mais importantes contribuições tecnológicas do Japão são encontrados nas áreas de eletrônicos, automóveis, máquinas,engenharia sísmica, robótica industrial, óptica, química, semicondutores e metais. Japão é líder do mundo em produção e utilização de robótica, possuindo mais de metade (402.200 de 742.500) de robôs industriais do mundo, usado para a fabricação.[162] Produziu também o QRIO, ASIMO e o AIBO. O Japão é o maior produtor mundial de automóveis[163] e abriga quatro dos quinze maiores fabricantes de automóveis do mundo e sete dos vinte maiores líderes de vendas de semicondutores atualmente.[164]



Veículo de Transferência H-II, próximo à Estação Espacial Internacional, desenvolvido pela JAXA.

A Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA) é a agência espacial do Japão, que realiza pesquisas espaciais, planetárias, de aviação e no desenvolvimento de foguetes e satélites. É um participante da Estação Espacial Internacional e do Módulo de Experiências Japonês (Kibo) foi adicionado à Estação Espacial Internacional durante voos do ônibus espacial em 2008.[165] A empresa tem planos de exploração espacial, como o lançamento da Venus Climate Orbiter (PLANET-C) em 2010,[166][167] no desenvolvimento da Mercury Magnetospheric Orbiter para ser lançada em 2013[168][169] e a construção de uma base lunar em 2030.[170]

Em 14 de setembro de 2007, lançou o explorador da órbita lunar "SELENE" (Selenological and Engineering Explorer) em um portador de foguetes H-IIA (Modelo H2A2022) no Centro Espacial de Tanegashima. SELENE também é conhecido como Kaguya, a princesa lunar do antigo conto The Tale of the Bamboo Cutter.[171] Kaguya é a maior missão de sonda lunar desde o programa Apollo. Sua missão é coletar dados sobre a origem da Lua e sua evolução. Ela entrou em uma órbita lunar em 4 de outubro,[172][173] voando em uma órbita lunar a uma altitude de cerca de 100 km.[174]



Mídia e telecomunicações

Ver artigo principal: Mídia no Japão



Sede da Fuji TV em Odaiba.

Antes de 1985, o Japão vivia em um sistema de bi-monopólio, no qual a Nippon Telegraph and Telephone Public Corporation dominava a telefonia doméstica, e a Kokusai Denshin Denwa a telefonia internacional. Na primeira reforma, a NTT sofreu uma privatização parcial, através da qual surgiu uma espécie de competição controlada do mercado, no qual o Ministério dos Correios e Telecomunicações japonês intervia para que não houvesse perdedores. Na segunda etapa desta reforma, ocorrida a partir de 1997, viu-se o claro objetivo de aumentar a competição no mercado e uma diminuição da regulamentação implementada até então, graças ao acordo junto àOrganização Mundial do Comércio. Todavia, o que se seguiu foi o nascimento da NTT como competidora internacional de telecomunicações.[175] Desde 1985 que o Japão possui um sistema tronco nacional de telefonia com fibras óticas, interconectando diversas cidades ao longo de 3 400 km e com previsão de ampliação devido a flexibilidade do material empregado. Entre as ilhas, utiliza de cabos submarinos. Na telefonia móvel, possuía 90 milhões de usuários em 2005. Em relação a televisão, a nação possui o sistema a cabo (CATV) e para a internet, a rede local de assinantes e a rede integrada digital.[176]

Na mídia, há grande circulação de jornais e revistas, além de canais de rádio e televisão, que atingem toda a população urbana do país e boa parte da rural. Entre os principais estão o jornal Yomiuri Shimbun, a rádio NHK e os canais de tv NHK e TXN. Quase todas as corporações que os veiculam, politicamente, estão divididas em liberal, média e conservadora.[177]



Habitação e saneamento



Vista de Tóquio, uma das cidades mais densamente povoadas do mundo, a partir da Tokyo Skytree.

O Japão passou por profundas transformações em pouco mais de cem anos em suas estruturas socioeconômicas e culturais, saindo de um sistema feudal para um mundo moderno e industrial. Suas políticas habitacionais não fugiram às mudanças e foram desenvolvidas e solidificadas nos últimos quarenta anos, até 2006, gerando moradias e qualidade de vida. No entanto, foi reconhecido que sua altadensidade populacional, o alto preço das terras e a queda no volume de negócio no mercado imobiliário geraram um novo desafio para o governo: reabilitar áreas degradadas para alocar o crescimento demográfico. Para esses locais, estudam-se projetos que aloque a população em cidades subterrâneas e nas chamadas super-torres, estruturas verticais gigantescas capazes de suportarem uma pequena cidade como Sky City 1000, Shimizu Mega City Pyramid e Xseed 4000. Nestes projetos, está ainda inserida a urbanização, voltada para o meio-ambiente e à integração do homem com a natureza, visando o resgate histórico de sua cultura, esquecida nas construções de massa moderna para abrigar o largo crescimento populacional que acompanhou as modificações no cenário econômico nacional.[178][179]

Sua tecnologia aliada aos recursos naturais deram ao Japão acesso à água potável e tratamento de esgoto em quase todo o território nacional. Devido à rápida urbanização de suas grandes cidades, ocorreu a degradação ambiental que causou enchentes, aridez e piora da qualidade da água. Para atenuar os danos causados por esses problemas, foram implantadas medidas para melhorar os mecanismos de coordenação sobre o uso da água e prevenir a sua contaminação. Como resultado, o Japão obteve drásticas melhorias em seus recursos hídricos e de higiene e abastecimento de água potável em seu território. Cidades como Tóquio e Quioto foram as grandes beneficiadas dos projetos.[180]



Criminalidade e segurança

Ver artigo principal: Criminalidade no Japão



Os yakuza são conhecidos por terem seus corpos quase inteiramente tatuados.

O Japão tem a segunda menor taxa de homicídios do mundo.[181] Em 2001, era considerado um dos países mais seguros do mundo para se viver, o Japão teve seu índice de criminalidade, somado em todo o território, no maior nível desde a Segunda Guerra Mundial. Com um aumento de 12%, registraram-se mais de três milhões de infrações, das quais 1% foram de crimes violentos, enquanto mais de 90% eram de infrações de trânsito, contravenções, fraudes, furtos, principalmente de motocicletas e bicicletas, delinquência, desacato e homicídio ou ferimento por negligência. O agravo desta condição foi também devido ao fato da diminuição da eficácia da polícia japonesa, que, em análise de mesmo período, efetuou 8% menos prisões. Segundo especialistas, as causas para este cenário foram a estagnação da economia japonesa desde o começo dos anos de 1990 e o aumento do desemprego.[182] Cinco anos mais tarde, robôs de segurança foram apresentados à população, para ajudarem na patrulha de locais pré-determinados. A utilização de tecnologias de vigilância deve-se à baixa taxa de natalidade, o que poderá gerar problemas futuros para as guardas.[183]

Em pesquisas mais recentes, ficou constatado que a criminalidade estava diminuindo e que a grande preocupação da segurança nacional eram as tragédias naturais, como os terremotos e tsunami, as falsificações dos selos de segurança dos prédios, os acidentes aéreos e ferroviários, os confrontos políticos, guerras e ataques terroristas. No balanço geral, mais de 42% da população considerou o Japão um lugar perigoso para morar devido a estes fatores. Como solução apontada está o esforço em conjunto entre a sociedade, governos locais e empresas.[184]

Apesar da segurança e da aparente preocupação da população girar em torno apenas dos desastres naturais, a presença da máfia é algo não ignorado no país. A Yakuza, organização mafiosa mais conhecida do Oriente, tem suas origens no fim da era dos samurais, quando estes passaram a vagar pelo território. No entanto, a precisão de seu surgimento é variado, indo desde os filhos de kabuki-mono até a descendência honrosa direta dos ronins. No Japão, esta organização é composta por vários clãs de criminosos violentos, que deixam marcas no aspecto de vida japonês, principalmente no que toca as torturas e chantagens daqueles que ousassem desafiar seus poderes. Desde a jogatina e esquemas de prostituição até os bastidores do poder político e financeiro de alto escalão a Yakuza é presença forte no cenário nacional e internacional.[185]


Cultura

Ver artigos principais: Arquitetura e Cultura do Japão



Castelo de Himeji.

A história japonesa produziu uma cultura que mescla influências da tradição chinesa e as formas indianas e ocidentais desde sua arquitetura à sua gastronomia. Primordialmente, o Japão sofreu influência direta da China, em um processo iniciado há cerca de 1 500 anos. O Japão e outros reinos asiáticos eram estados tributários da China desde tempos antigos. No entanto, o Japão parou de enviar tributos à China em 894 d.C. A partir daí, a cultura japonesa desenvolveu-se de forma independente e floresceu numa variedade de campos livremente.[186] O processo de nacionalização cultural acelerou-se durante os últimos 250 anos anteriores ao que o Japão se manteve isolado, até 1868, quando se abriu para o mundo ocidental com a assinatura do Tratado de Kanagawa.[187] Nos últimos séculos foi influenciada pela Europa e pelos Estados Unidos. Através dessas influências, gerou um complexo próprio de artes, técnicas artesanaiscomo bonecas e objectos lascados e cerâmica (bonsai, origamis) e outras artes com papel, (ikebana), espetáculos e danças (bunraku,kabuki, noh, rakugo, shibu, Yosakoi Soran) e tradições e jogos (onsen, sento, cerimónia do chá), além de uma culinária única. A cultura popular japonesa tornou-se conhecida a partir dos mangás e dos animes. Os mangás surgiram com a união entre a pintura tradicional japonesa sobre madeira e a arte Ocidental.[188] A animação e os filmes influenciados pelo mangá são chamados anime. Os consoles de videogames feitos no Japão prosperaram desde os anos 1980.[189]

Entre os exemplos mais conhecidos da cultura japonesa estão o sushi na culinária, os bonsais como manifestações culturais, o anime (desenhos animados japoneses), otokusatsu (filmes e séries de super-heróis japoneses, que utilizam efeitos especiais), o karate, judo e kendō nas artes marciais e os videogames Nintendo, SEGA e PlayStation.

·

Casamento tradicional japonês



·

Arte: um jardim japonêscriado em um estilo tradicional.



·

Esporte tradicional: doiskendōka em tsuba zeriai

Música e dança

Ver artigo principal: Música do Japão

A música do Japão também é eclética, emprestando instrumentos, escalas e estilos de culturas vizinhas. Muitos instrumentos como o koto, foram introduzidos nos séculos IX e X. O acompanhamento do noh data do século XIV e a popular tradicional música com o shamisen do XVI. A música ocidental, introduzida em fins do século XIX, agora é parte da cultura. O Japão do pós-guerra foi muito influenciado pela música contemporânea dos Estados Unidos e da Europa, o que levou ao desenvolvimento do estilo japonês chamado J-pop (música popular japonesa) e música Enka (música tradicional japonesa).[190] O karaokê é a prática cultural mais comum.[191]

Na dança os japoneses são mais tradicionais, inclusive com uma lenda divina que explica o surgimento da mesma. Suas danças tradicionais originaram-se na Antiguidade, como meios de manifestações, caracterizadas por movimentos leves e de formas peculiares. A primeira de que se tem relato foi a chamada kagura, referente aos deuses da cultura japonesa. Foi a partir destas manifestações religiosas que originaram-se vários outros estilos de dança nacionais. Hoje, a dança tradicional do Japão é chamada deNihon Buyou.[192]

Literatura e cinema

Ver artigos principais: Literatura e cinema do Japão



O Conto de Genji de Murasaki Shikibu (1617–1691) é considerado o primeiro romance literário do mundo.[193]

Os primeiros trabalhos da literatura japonesa incluem dois livros, o Kojiki e o Nihonshoki e o livro de poesia do século XVIII, Man'yōshū, todos escritos com ideogramas chineses.[194] No início do Período Heian, a escrita japonesa conhecida como kana (Hiragana eKatakana) foi criada como fonograma. Durante o Período Edo a literatura tornou-se arte não só da aristocracia, mas dos chonin, a população comum. A Era Meiji viu o declínio das formas tradicionais de literatura e a crescente adoção de influências ocidentais.Natsume Soseki e Mori Ōgai foram os primeiros romancistas modernos do Japão, seguidos por Ryunosuke Akutagawa, Junichiro Tanizaki, Yasunari Kawabata, Yukio Mishima e, mais recentemente, Haruki Murakami. O Japão tem dois ganhadores do Nobel de Literatura, Yasunari Kawabata (em 1968) e Kenzaburo Oe (em 1994).[195]

No cinema, de desenvolvimento simultâneo ao ocidental, a nação produziu obras de reconhecimento qualitativo. Durante as primeiras décadas do século XX, os filmes representavam dois gêneros de produção, o jidai geki, chamado histórico, e o gendai-geki, conhecido como da vida real. Internacionalmente, destaca-se o cineasta Akira Kurosawa[187]

Culinária

Ver artigo principal: Culinária do Japão



Culinária Kaiseki.

A culinária do Japão é tratada como arte, seja pela forma de misturar os ingredientes, seja pela apresentação dos pratos. Desde 2013, a culinária tradicional japonesa passou a ser considerada Patrimônio Cultural Intangível da Humanidade pela UNESCO[196]. Na base da gastronomia está o arroz, alimento consumido desde o café da manhã até ao jantar. Para comerem, utilizam os chamados hashis e têm como pratos principais as sopas ou pastas de soja, hortaliças, picles, peixes e carne. Apesar do número limitado, a variedade de pratos é grande. De influência externa, entraram o pão, o fast-food, o hambúrguer, o frango frito e o curry ao estilo japonês, populares entre os jovens. Como hábito, antes de cada refeição é costume dizer itadakimassu, que significa pedir licença para comer e um agradecimento a quem preparou.[197]

Entre os doces destacam-se os designs, feitos também de arroz e feijão. Os doces típicos são chamados wa-gashi e os ocidentais yo-gashi. Nos wa-gashi, é muito comum ver ingredientes como farinha de arroz, feijão-azuqui e açúcar. A manteiga e o leite são raramente usados. Já em relação as bebidas japonesas a mais conhecida internacionalmente é o saquê, feito do arroz, que tem 17% de teor alcoólico, e o Yakult, leite fermentado, muito consumido em todo mundo. Em geral, os japoneses bebem chá verde após as refeições, bebem café preparado ao estilo norte-americano, e consomem cerveja nacional como a Suntory e a Sapporo. Recentemente surgiu o shochu , preparado de álcool e água. No verão, a bebida mais popular é a mugicha, feita de água fria e cevada. Vinho e uísque são importados.[197]

Artes

Ver artigo principal: Arte do Japão



Xilogravura "A Grande Onda de Kanagawa".

O pincel é o meio de expressão artística predileto dos japoneses, praticantes da pintura e da caligrafia tanto profissionalmente quanto como passatempo. O significado do objeto era tamanho, que até a modernidade lá não se usava a pluma para escrever. A escultura, considerada pelos artistas um meio ineficaz de expressão, era relacionada a religião e com a decadência do budismo tradicional, tornou-se ainda menos importante. A cerâmica, por sua vez é dita uma das mais belas do mundo e está entre os objetos mais antigos desta cultura milenar. Já sua arquitetura demonstra o apreço dos japoneses pelos materiais naturais, tanto na composição exterior, quanto na interior dos espaços. Como arte de polaridade, a japonesa valoriza-se não apenas por sua simplicidade, mas também por sua exuberância de cores, cuja influências têm atingido o ocidente desde o século XIX.[198]

Separadas por períodos, as manifestações artísticas japonesas viveram um início com a tribo jomon, foram influenciados externamente e viveram um período voltadas para dentro, passando pelas artes Jomon e Yayoi, dos Grandes Túmulos, Asuka e Naka entre outras, até chegarem a Edo, e posteriormente às grandes influências ocidentais externas.[198]

Esportes

Ver artigo principal: Esporte no Japão



Uma cerimônia antes de um torneio de sumô em Tóquio.

Para o povo japonês, a prática do esporte é tão importante, que instituiu-se o Dia do Esporte. Acima da prática do exercício físico, para eles o esporte desenvolve a disciplina, a formação do caráter e incentiva o espírito esportivo. Torcedores entusiasmados, incentivam seus atletas sempre que estes estejam dispostos a darem o melhor de si.[199]

Os esportes praticados no Japão variam desde os tradicionais, chamados budô, em especial o judô, o karatê, o kendo e o sumô, considerado o esporte nacional,[200][201][202] até os esportes Ocidentais tais como o basebol e o futebol, introduzidos no país após a restauração Meiji e popularizados através do sistema educacional.[203] Outros esportes populares são os de inverno, como snowboard, esqui e patinação no gelo, além do golfe,[204] e do automobilismo com o Super GT e a Formula Nippon.[205] Diversos atletas japoneses, em especial do basebol e esportes olímpicos têm notoriedade internacional.[199]



Uma partida de basebol no Japão.

O basebol é um dos esportes populares com mais espectadores no Japão.[203] A liga profissional japonesa de basebol surgiu em 1936 e foi reformulada para o formato atual em 1950. Ela é formada hoje por doze grupos de todo o país. As competições anuais são vistas por milhões de pessoas.[206]

O futebol começou a crescer com a criação da J-League em 1991[207] e a contribuição de "Zico" no Kashima Antlers entre outros técnicos.[203] Sendo já o segundo esporte mais praticado nas escolas procura-se gerar uma cultura do futebol que garanta sua prática pela população. Desde então, os clubes da liga contam com muitos atletas estrangeiros.[208]

O Japão já foi sede de várias competições internacionais, como os Jogos Olímpicos de Inverno de 1972, os de 1998 e as Olimpíadas de 1964 em que o judô foi incluído como modalidade olímpica.[209] O histórico de participações do Japão nos Jogos Olímpicos remonta a 1912 em Estocolmo e desde 1964 o país participou de todos os eventos olímpicos, a não ser por um breve momento em 1980.[209] Em 2002, o país sediou a Copa do Mundo de Futebol em conjunto com a Coreia do Sul, chegando à fase de oitavas-de-final. Na edição seguinte, a equipe nacional que era comandada por Zico não repetiu o sucesso e foi eliminada na primeira fase da competição enquanto na Copa do Mundo de 2010 a seleção japonesa chegou novamente às oitavas-de-final.[210]


Ver também

· Lista de Estados soberanos

· Lista de Estados soberanos e territórios dependentes da Ásia


Referências

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Ligações externas

No Japão

· Página oficial do primeiro-ministro do Japão (em japonês)

· Página oficial da família imperial (em inglês)

· Gabinete de estatística do Ministério da Administração Interna e Comunicação

· Organização Nacional de Turismo Japonês

No Brasil

· Portal Japão

· Fundação Japão no Brasil

· Embaixada do Japão no Brasil

Em Portugal

· Embaixada do Japão em Portugal

· Associação de amizade Portugal-Japão

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