quinta-feira, 3 de novembro de 2016

CARTESIANO - O QUE É, CONCEITO E DEFINIÇÃO

   

O cartesianismo foi um movimento intelectual suscitado pelo pensamento filosófico de René Descartes (Cartesius) durante os séculos XVII e XVIII. Descartes é comumente considerado como o primeiro pensador a enfatizar o uso da razão para desenvolver as ciências naturais.[1] Para ele, a filosofia era um sistema de pensamento que encarna todo o conhecimento. Para os cartesianos, a mente está totalmente separada do corpo físico. A sensação e percepção da realidade são pensados como fontes de mentiras e ilusões, com as únicas verdades confiáveis para se ter na existência de uma mente centrada na metafísica. Tal mente pode eventualmente interagir com um corpo físico, contudo isso não existe no plano físico do corpo.[2][3] O termo "cartesianismo" é utilizado para designar coisas aparentadas, mas distintas:

1. A filosofia de René Descartes;

2. A filosofia influenciada por Descartes, principalmente ao que se convencionou chamar de racionalismo dos séculos XVII e XVIII;

3. A característica fundamental da filosofia moderna - o foco na subjetividade;

4. A epistemologia fundacionalista que busca refutar o ceticismo hiperbólico (também chamado de ceticismo cartesiano);

5. O dualismo corpo-mente;

6. A epistemologia que separa a mente do mundo (uma das principais críticas da filosofia analítica à filosofia moderna).

    


   

   

                  René Descartes ofereceu um modelo de conhecimento que inspirou o pensamento iluminista
       


Cartesianos notáveis

· Antoine Arnauld[3]

· Balthasar Bekker[3]

· Johannes Clauberg[3]

· Michelangelo Fardella[3]

· Antoine Le Grand[3]

· Adriaan Hereboord[3]

· Pierre-Sylvain Régis[3]

· Henricus Regius[3]

· Jacques Rohault[3]

· Christopher Wittich[3]

· Edmond Pourchot

· François Poulain de la Barre


  


O que é Cartesiano:


Cartesiano é um adjetivo referente a Descartes, filósofo, físico e matemático francês, “considerado o pai da filosofia moderna”, cujo nome latino era Cartesius, que deu nome ao pensamento cartesiano.

O racionalismo cartesiano é um pensamento estabelecido por Descartes em suas obras o “Discurso do Método” (1637) e “Meditações Metafísicas” (1641), onde expressa sua preocupação com o problema do conhecimento.

O ponto de partida é a busca de uma verdade primeira que não possa ser posta em dúvida. Por isso, converte sua dúvida em método para se bem conduzir a Razão e procurar a verdade nas Ciências.

   

  
   

O pensamento cartesiano começa duvidando de tudo, convencido de que tanto a opinião tradicional como as experiências da humanidade são guias de mérito duvidoso, resolveu adotar um novo método inteiramente isento da influência de ambos.

O método cartesiano é baseado na dedução pura, consiste em começar com verdades ou axiomas simples e evidentes por si mesmos, e depois raciocinar com bases nele, até chegar a conclusões particulares.

Descartes afirmava que tudo era duvidoso, nada podendo ser considerado “a priori” como certo, a não ser uma coisa: “Se duvido, penso, se penso, existo”: “Cogito, ergo sum”, “Penso, logo existo”, ponto de partida da Dúvida Metódica, de onde se constrói todo o seu pensamento.

Saiba mais sobre o significado de Penso, logo existo.
Dualismo cartesiano

O Dualismo Cartesiano ou Dualismo Psicofísico (ou ainda Dicotomia Corpo-Consciência), é um conceito segundo o qual o ser humano é um ser duplo, composto de uma substância pensante e uma substância extensa.

Isso porque o corpo é uma realidade física e fisiológica e, como tal, possui massa, extensão no espaço e movimento, como também desenvolve atividades de alimentação, digestão e etc., sempre sujeito às leis deterministas da natureza, enquanto os fenômenos mentais não têm extensão nem localização no espaço.

A mente realiza atividades de recordar, raciocinar, conhecer e querer, sem se submeter às leis físicas, mas são o lugar da liberdade.
Pessoa cartesiana

A expressão “pessoa cartesiana” é usada para caracterizar uma pessoa inflexível, que pensa e age sempre da mesma forma.

A mente cartesiana é egocêntrica e quando pensa no outro sua avaliação é sempre sobre a vantagem que poderá obter da situação.
Sistema cartesiano

O Sistema de Coordenadas Cartesiano foi criado por René Descartes e permite localizar pontos em um determinado espaço através de um conjunto de informações.

O Sistema de Coordenadas Cartesiano é importante ferramenta para o desenvolvimento de trabalhos na área da geometria, do cálculo, na construção de gráficos e também na elaboração de trabalhos relacionados com a localização geográfica, como na criação do Sistema de Posicionamento Global (GPS).
Plano cartesiano

O sistema cartesiano ortogonal é utilizado para localizar e representar pontos no sistema de coordenadas cartesiano, consiste em duas retas perpendiculares que se cruzam, formando dois eixos.

O eixo horizontal é chamado de abscissas ou eixo x, o eixo vertical é chamado de eixo das ordenadas ou eixo y.

O ponto de origem é o ponto zero, ponto de intersecção dos eixos. O sistema é dividido em quatro partes onde cada uma forma um quadrante. Cada ponto do plano cartesiano é dado por um par ordenado (X,Y).

Referências

1. Ir para cima↑ Emily Grosholz (1991). Cartesian method and the problem of reduction Oxford University Press [S.l.] ISBN 0-19-824250-6.

2. Ir para cima↑ René Descartes; Translator John Veitch. «Letter of the Author to the French Translator of the Principles of Philosophy serving for a preface». Consultado em August 2013.

3. ↑ Ir para:a b c d e f g h i j k Copleston, Frederick Charles (2003). A history of philosophy, Volume 4 Continuum International [S.l.] p. 174. ISBN 978-0-8264-6898-7.


Bibliografia

· Francisque Bouillier, Histoire de la philosophie cartésienne (2 volumes) Paris: Durand 1854 (reprint: BiblioBazaar 2010).

· Eduard Jan Dijksterhuis, Descartes et le cartésianisme hollandais. Études et documents Paris: PUF 1951.

· Tad M. Schmaltz (ed.), Receptions of Descartes. Cartesianism and Anti-Cartesianism in Early Modern Europe New Yoork: Routledge 2005.

· Richard A. Watson, The Downfall of Cartesianism 1673-1712. A Study of Epistemological Issues in Late 17th Century Cartesianism The Hague: Martinus Nijhoff 1966.

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