sexta-feira, 31 de março de 2017

ANTICONCEPCIONAL INJETÁVEL - O QUE É E DUVIDAS DIVERSAS


                              


Anticoncepcional Injetável – Mais Benefícios ou Desvantagens?



Uma ótima opção para mulheres esquecidas, o anticoncepcional injetável pode ser a solução para quem adota como contraceptivo a forma hormonal. O anticoncepcional oral ainda é o mais usado para evitar a gravidez e ele normalmente é usado durante um período de 21 dias com intervalo de 7 dias para pausa. Alguns são específicos de 24 pílulas com pausa de 4 dias. Porém, pode ser desvantajoso em casos que a mulher esqueça o anciconcepcional com frequência. A sua ingestão diariamente ou até mesmo com prazos de horários diferenciados, já que perde a eficácia da prevenção da gravidez um esquecimento de mais de 12 horas.

Uma mulher que esquece a pílula mais de uma vez ao mês, deve pensar seriamente em conjunto com o seu ginecologista sobre uma outra forma de prevenção, é ai que o anticoncepcional injetável entra em cena. Ele age da mesma forma que o anticoncepcional oral, com a vantagem de ser aplicado apenas 1 vez ao mês ou no caso de anticoncepcional injetável trimestral, de 3 em 3 meses. Tanto a pílula oral como o anticoncepcional injetável, usam hormônios para bloquear a ovulação. A diferença realmente, é apenas a forma com que é usado. A maioria dos anticoncepcionais injetáveis são usados pela primeira vez no primeiro dia da menstruação e após esse período, aplicados novamente entre o 7º e o 10º dia do ciclo. Sempre contado à partir do dia de sangramento vivo da menstruação, o mesmo com anticoncepcional injetável de uso prolongado.

Como o anticoncepcional oral, o anticoncepcional injetável pode ser feito de à base de progesterona ou estrogênio, que se usado durante todo o ciclo não deixa o ciclo ovulatório acontecer e mulher não ovular. Depois de aplicado o anticoncepcional injetável, libera pequenas quantias hormonais diárias para a finalidade de prevenir uma gravidez indesejada. No caso de anticoncepcional injetável, a base dele pode ser tanto de progesterona quando de estrogênio. Já a injeção trimestral é a base de progesterona, assim, são de maior duração pois são absorvidos bem lentamente pelo organismo. O anticoncepcional injetável à base de estrogênio, tem um ótimo resultado quando se trata de diminuir os sintomas de TPM. contudo, um grande inconveniente são os escapes. Esses escapes são devido a baixa de progesterona no organismo e o aumento de estrogênio. O escape pode aparecer quando menos se espera e muitas vezes quando se esta desprevenida sem um absorvente a mão.

Uma grande vantagem desse tipo de contraceptivo é a diminuição também, de riscos de câncer de colo de útero e ovários. Mas podem ser maléficos a mulheres que tem hipertensão por ocasionar doenças vasculares. O primeiro ciclo tanto com a pílula oral como com injetáveis deve ser preservado por haver ainda o risco de gravidez. À partir do segundo ciclo com uso continuo, a mulher já estaria protegida de engravidar. Com uso de anticoncepcional trimestral, à partir da segunda semana já seria um prazo seguro pra manter relações seguras apenas com anticoncepcional.

Anticoncepcional Injetável Engorda?


Muitas mulheres ainda tem uma resistência com anticoncepcional injetável pelo mito de que a faria engordar e não é uma lenda sabia? A desvantagem de anticoncepcional injetável a base de progesterona é que esses podem causar inchaços na mulher dando a impressão que engordou. Normalmente é um inchaço por retenção de líquidos, semelhante ao que acontece no inicio da gravidez. Essa injeção anticoncepcional a base de progesterona costuma ser usada após o parto e é muito eficaz em casos de amamentação. Além disso, anticoncepcionais à base de progesterona, também podem ter como efeito colateral sintomas de gravidez já que a progesterona também é um hormônio presente na nesta fase.

O anticoncepcional injetável a base de estrogênio são menos suscetíveis a esses inchaços, mas dependendo de como o organismo reage, pode acontecer de algumas mulheres engordarem ou incharem. Mulheres que pretendem engravidar após o uso de contraceptivos injetáveis devem saber que pode levar de 3 a 6 ciclos para que o hormônio saia totalmente do organismo. Algumas mulheres ficam até 4 meses sem menstruar após deixar de tomar o medicamento e é normal que aconteça.


A maioria dos anticoncepcionais injetáveis são bem acessíveis, custam em torno de R$12 a 20 aplicadas diretamente na farmácia por um especialista (farmacêutico). Dependendo da região que você more pode ser mais barata ou mais caras. Outro fator que pode acrescentar no valor é a marca, se genérica pode ser mais em conta.

Perguntas frequentes

Esqueci o dia de tomar o anticoncepcional injetável e agora?
Dependendo do tipo de anticoncepcional que você faça uso tem a tolerância de até 4 dias para aplicar novamente. Porém, se passar esse tempo deve esperar a menstruação que provavelmente virá por privação de uso e ai sim aplicar novamente no primeiro dia de ciclo e enquanto isso se proteger para não engravidar.

Quanto tempo depois de parar de tomar o anticoncepcional voltará a ovulação?
O prazo para os ovários acordarem após o uso de anticoncepcional injetável é de 3 a 6 meses. Algumas vezes pode perdurar até um ano. Porém, se houver ausência de menstruação por um período maior que 3 meses um médico deve ser consultado.

Durante o uso do anticoncepcional injetável tenho menstruado, menstruação fora de hora com aspecto de borra, isso é gravidez?
Nem sempre e raros casos são gravidez. A maioria das vezes é um escape usual da medicação. Porém, há casos em que o uso prolongado do mesmo tipo de anticoncepcional pode ocasionar em gravidez. Com o organismo se acostumando a quantidade e também a medicação ou com uso fora do período ideal, é possível ter uma ovulação que resulte em gravidez.

Vale a pena pedir orientação do seu ginecologista para a melhor forma contraceptiva a ser adotada no seu caso. Cada organismo pode reagir de uma forma diferenciada as variedades de medicação. Se o anticoncepcional injetável for a melhor solução. Caso tenha medo de agulhas ou seja um problema grande aplicação de medicação por essa via, veja as demais formas de contracepção como Adesivo, DIU e até mesmo implante anticoncepcional. O importante é ficar segura com a forma adotada.


Parei de tomar o anticoncepcional injetável e deixei de menstruar normalmente. O que fazer?


Tomei 2 injeções trimestrais de Contracep e, como não encontrei mais o Contracep no mercado, meu médico me receitou a injeção mensal Cyclofemina. Apliquei a Cyclofemina no dia que seria aplicada a injeção trimestral e um mês depois apliquei novamente a injeção mensal. Cerca de 4 semanas depois começou a sair uma borra marrom, que durou uns 3 dias. Depois disso não tomei mais nenhuma injeção anticoncepcional para ver se a menstruação vinha mas até agora nada. Gostaria de saber o que está acontecendo. Por que não menstruo normalmente? O que devo fazer para menstruar?
Dra. Nicole Geovana Medicina de Família e Comunidade


O anticoncepcional injetável pode causar irregularidade menstrual e é provavelmente por isso que você deixou de menstruar normalmente.

Outra reação comum dos anticoncepcionais injetáveis trimestrais é a ocorrência de sangramentos irregulares, o que pode explicar as "borras" que você referiu.

Além disso, o anticoncepcional injetável trimestral provoca uma importante atrofia do endométrio (camada interna do útero), que pode causar ausência de menstruação (amenorreia), sendo esse o seu principal efeito colateral.

Os efeitos do anticoncepcional injetável trimestral demoram de 6 a 8 meses para desaparecer depois da última injeção. Em mulheres com excesso de peso esse desaparecimento é ainda mais lento.

Cerca de 50% das mulheres que deixam de usar o anticoncepcional injetável trimestral voltam a menstruar normalmente 6 meses depois da última injeção.

Porém, em cerca de 25% dessas mulheres que interromperam o uso, o restabelecimento do ciclo menstrual normal pode demorar até 1 ano.

Portanto, só o tempo fará a sua menstruação descer novamente, pois o seu corpo precisa de um período para se recuperar e retomar o controle.

Como você parou de usar a injeção de anticoncepcional, é importante fazer uso de algum outro método contraceptivo nesse período, como, por exemplo, o preservativo. Além disso, marcar uma consulta com o/a seu/sua médico/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para reavaliarem o uso de um método mais adequado para você.


É importante lembrar que relação sexual sem proteção é aquela relação em que não houve uso de camisinha ou anticoncepcional oral ou injetável ou qualquer outra forma de método anticoncepcional. Coito interrompido não é método anticoncepcional confiável ou seja o famoso "ejacular fora" é considerado relação sexual sem proteção.

Risco Inexistente ou Raro


Relação sexual com camisinha (se a camisinha estourar o risco depende de outros fatores: período do ciclo menstrual, uso de outro método anticoncepcional);
Tomar certo o comprimido anticoncepcional ou injeção anticoncepcional ou adesivo anticoncepcional há mais de 30 dias (neste caso a ejaculação pode acontecer dentro da vagina e em qualquer período do ciclo menstrual);
Atrasar o horário de tomar o anticoncepcional menos de 12 horas;



Risco Muito Pequeno

Relação sem proteção 1 semana antes da menstruação;
Relação sem proteção durante a menstruação;
Tomar certo o comprimido anticoncepcional ou injeção anticoncepcional ou adesivo anticoncepcional há menos de 30 dias (começou a tomar pela primeira vez há menos de trinta dias);
Atrasar o horário de tomar o anticoncepcional mais de 12 horas;
Esquecer de tomar a pílula anticoncepcional por até 2 dias;
Esquecer de tomar a injeção anticoncepcional mensal (ou atrasar) por até 5 dias;
Esquecer de tomar a injeção anticoncepcional trimestral (ou atrasar) por até 10 dias;




Risco Pequeno

Relação sexual sem proteção no meio do ciclo (longe da menstruação);
Esquecer de tomar a pílula anticoncepcional por 3 dias;
Esquecer de tomar a injeção anticoncepcional mensal (ou atrasar) por até 7 dias;
Esquecer de tomar a injeção anticoncepcional trimestral (ou atrasar) por até 15 dias;



Risco Médio


Relação sem proteção com ejaculação dentro da vagina (um homem fértil) entre 24 e 48 horas antes da ovulação de uma mulher saudável e sem dificuldades para engravidar;
Esquecer de tomar a pílula anticoncepcional por 4 dias ou mais;
Esquecer de tomar a injeção anticoncepcional mensal (ou atrasar) por mais de 7 dias;
Esquecer de tomar a injeção anticoncepcional trimestral (ou atrasar) por mais de 15 dias;



Risco Grande


provavelmente nenhuma situação natural chega a uma possibilidade de gravidez tão grande.



REAÇÕES DA INJEÇÃO:

Anticoncepcionais injetáveis podem ter diversos efeitos colaterais, como todos os outros medicamentos.

Os principais efeitos colaterais podem ser:
hemorragias entre os períodos menstruais ("spotting"),
amenorreia secundária (parada da menstruação),
cefaleia,
náuseas e vômitos,
tontura,
cólicas menstruais,
dor em mamas,
prurido vaginal,
alterações emocionais e da libido,
alterações do peso.


Outros efeitos colaterais podem surgir, mas os dois primeiros os mais comuns.


Os efeitos colaterais são os mesmos dos anticoncepcionais orais (pílula), entretanto costumam ser menos intensos, pois os estrógenos utilizados são naturais.

O anticoncepcional injetável é um método muito confiável para evitar a gestação - efetividade próxima a 99,6%, que pode aumentar para até 99,9% quando utilizada em conjunto com métodos de barreira, como é o caso da camisinha, por exemplo.

Além de diminuir consideravelmente a chance de engravidar, os anticoncepcionais injetáveis também são indicados em muitas outras situações, como no tratamento do hiperandrogenismo (excesso de hormônio masculino), da dismenorreia (cólicas menstruais), da menorragia (aumento excessivo do fluxo menstrual) e da tensão pré-menstrual.

Leia também: 10 Motivos para Mudar de Anticoncepcional

Os estrógenos mais utilizados nos contraceptivos injetáveis são o cipionato de estradiol, enantato de estradiol e valerato de estradiol. Os progestágenos mais utilizados são o acetato de medroxiprogesterona, enantato de noretindrona e o acetofenido de dihidroxiprogesterona.



O médico ginecologista deve sempre ser consultado para acompanhamento correto do uso do anticoncepcional que lhe foi prescrito por ele, idealmente mesmo na ausência de quaisquer efeitos colaterais.
















O QUE É MEDITAÇÃO


    



                            
Estátua de Shiva, Deus hindu da meditação, meditando na posição de lótus

A meditação é uma prática que, através de um conjunto de técnicas, busca treinar a focalização da atenção. Sua origem é muito antiga, remontando às tradições orientais, especialmente a yoga e o budismo, mas o termo também se refere a práticas adotadas por algumas religiões, como o cristianismo, o judaísmo, o islamismo, o taoísmo e o xamanismo, entre outras.

A palavra meditar tem origem no latim mederi, que significa “tratar, curar, dar atenção médica a”. O termo em páli utilizado para referir-se a meditação é bhavana, que significa 'cultivo'



Índice
1 Definição
2 Prática
2.1 Objetivos
2.2 Objetos
2.3 Postura
2.4 Duração
3 Ver também
4 Referências


Definição

A definição de meditação pode variar de acordo com o contexto em que se encontra, variando de qual religião tem origem ou se é usada de maneira secular. Algumas distintas definições que normalmente são usadas para meditação são:
prática de focar a mente em um único objeto (por exemplo: em uma estátua religiosa, na própria respiração, em um mantra);
uma abertura mental para o divino, pedindo a orientação de um poder mais alto;
um estado que é vivenciado quando a mente se torna vazia e sem pensamentos;
contemplação da realidade e seus aspectos (como a impermanência, para os Budistas)
desenvolvimento de uma determinada qualidade mental, como energia, concentração, plena atenção, bondade, etc

pensamento sustentado e aplicado em um tema

Ainda que algumas definições de 'meditação' usadas por diferentes religiões sejam bem diferentes e até mesmo contraditórias, é ponto comum que apontem para uma realidade interior e o desenvolvimento/compreensão desta realidade. A compreensão de o que é meditação deve ser feita sempre dentro do contexto em que é apresentada, da religião ou da escola que a apresenta, caso contrário as distintas explicações podem se tornar contraditórias.

Prática

A prática de meditação pode ter inúmeras variantes quanto à postura do corpo, objeto de meditação e objetivo da prática.

Objetivos

A meditação pode ser praticada por diversos motivos: desde o simples relaxamento até a busca pelo nirvana. Muitos praticantes da meditação têm relatado melhora na concentração, consciência, 

autodisciplina e equanimidade.

                                    
Chacras, centros de energia cultivados na meditação segundo a tradição Tantra
Objetos

Os objetos utilizados para o foco na meditação podem ser desde a chama de uma vela[8] até a natureza do próprio corpo.[9] Mantras são um objeto de meditação muito comum, como por exemplo os mantras utilizados no hinduísmo, e até mesmo a recitação do rosário na tradição cristã pode ser considerada uma forma de meditação com mantra.
Postura

                                
A meditação pode ser praticado sentando num banco.

A meditação pode ser realizada em todas as posturas, seja deitado, sentado, em pé ou andando variando pelo contexto onde é ensinada. A posição sentada é adotada normalmente por ser considerada a mais fácil, onde o corpo se encontra em repouso mas ainda alerta. A famosa 'Posição de lótus completo' (o pé esquerdo apoiado sobre a coxa direita e o pé direito apoiado sobre a coxa esquerda.) se difundiu muito como sinônimo de meditação por ser usada no ioga como uma posição ideal de meditação, onde mantém o corpo estável, sendo entretanto difícil de alcançar. Inúmeras posições de meditação podem ser usadas como de joelhos, meio-lótus, birmanesa, etc.

Para a meditação em pé existem métodos que vêm conquistando grande aceitação no ocidente, como a meditação feita em pé conhecida como zhan zhuang, que, devido a sua simplicidade e eficiência, é muito praticada na China e Europa. Ele é facilmente executado por pessoas com pouca flexibilidade e dificuldades nos joelhos e coluna, melhorando inclusive a postura. Facilmente praticada em qualquer local, é um excelente método procurado por muitos praticantes de artes marciais experientes ou mesmo iniciantes. Esta prática é muito efetiva na redução do estresse.


                                  

Prática da postura da árvore, forma de meditação em pé considerada uma das práticas fundamentais do tai chi pai lin

Na tradição budista theravada é comum encontrar prática da meditação andando, que é vista como uma postura onde se desenvolve concentração em movimento, energia para a mente e vitalidade para o corpo.

Duração

Normalmente não há um tempo mínimo preestabelecido. Pode-se iniciar com um período de poucos minutos e, conforme se aperfeiçoa, esse tempo pode aumentar até para horas, dias, ou em casos excepcionais, até meses, como foi o caso de Palden Dorje. É importante ressaltar que a frequência da prática também influencia muito os resultados.

          


Referências

Ir para cima↑ SHAPIRO, D. (1981). Meditation: Clinical and health-related applications. The Western Journal of Medicine, 134(2), 141-142 apud MENEZES, Carolina Baptista; DELL'AGLIO, Débora Dalbosco. Os efeitos da meditação à luz da investigação científica em Psicologia: revisão de literatura. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 29, n. 2, p. 276-289, 2009 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932009000200006&lng=en&nrm=iso>. access on 17 June 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932009000200006.
Ir para cima↑ LEVINE, M. (2000). The positive psychology of buddhism and yoga: Paths to a mature happiness. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates apud MENEZES, Carolina Baptista; DELL'AGLIO, Débora Dalbosco. Os efeitos da meditação à luz da investigação científica em Psicologia: revisão de literatura. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 29, n. 2, p. 276-289, 2009 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932009000200006&lng=en&nrm=iso>. access on 17 June 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932009000200006.
Ir para cima↑ NARANJO, C. (2005). Entre meditação e psicoterapia. Rio de Janeiro: Vozes apud MENEZES, Carolina Baptista; DELL'AGLIO, Débora Dalbosco. Os efeitos da meditação à luz da investigação científica em Psicologia: revisão de literatura. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 29, n. 2, p. 276-289, 2009 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932009000200006&lng=en&nrm=iso>. access on 17 June 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932009000200006.
Ir para cima↑ «origem palavras meditar e medicar». Consultório Etimológico. Consultado em 17 de junho de 2016
Ir para cima↑ «etimologia 2»
Ir para cima↑ «Acesso ao Insight - Budismo Theravada - meditacao». www.acessoaoinsight.net. Consultado em 18 de junho de 2016
Ir para cima↑ Jair de Oliveira Santos. MEDITAÇÃO: fundamentos científicos. Salvador: Faculdade Castro Alves, 2010. (Apostila) pdf
Ir para cima↑ «Roteiro para meditação Prakriti Yoga». www.prakritiyoga.com.br. Consultado em 18 de junho de 2016
Ir para cima↑ «Acesso ao Insight - Budismo Theravada - MN119». www.acessoaoinsight.net. Consultado em 18 de junho de 2016
Ir para cima↑ «Acesso ao Insight - Budismo Theravada - andando». www.acessoaoinsight.net. Consultado em 18 de junho de 2016



Meditação budista


                                          

Monge meditando ao lado da barragem Sirikit, na Tailândia.

Meditação budista é a meditação usada na prática budista. Inclui qualquer método de meditação que tenha, como meta última, a iluminação (Bodhi). Os termos mais próximos a "meditação" nas linguagens clássicas do budismo são bhavana e desenvolvimento mental.


Índice
1 Diferentes visões e equívocos
2 Tradições
2.1 Theravada
2.2 Vajrayana
2.3 Zen
2.4 Terra pura
3 Ver também
4 Referências
5 Leituras adicionais
6 Ligações externas


Diferentes visões e equívocos

Sendo a meditação conceituada como "desenvolvimento de certas qualidades mentais", é importante notar que há diversos "métodos" ensinados por diferentes escolas e professores, compreendendo uma vasta gama de ensinamentos e enfocando mais uma ou outra qualidade a ser desenvolvida. Sendo assim, não se deve condensar o conceito de meditação budista em apenas uma escola ou prática.

A identificação somente da meditação formal sentada com a prática é outra visão equivocada, comumente difundida no ocidente, havendo, por exemplo, a prática comum da "meditação andando". O conceito da prática meditativa (desenvolvimento mental), ao ser levado mais a fundo, pode ser expandido para incluir todas as atividades do dia a dia.
Tradições

A partir das primeiras divisões que ocorreram entre as escolas iniciais do budismo e à medida em que o budismo se espalhou por diferentes países, diferentes tradições foram surgindo. Junto com essas tradições, diferentes maneiras de ensinar meditação apareceram. Algumas "técnicas" desapareceram em alguns lugares, outras foram adaptadas e outras foram adicionadas vindas de outras tradições ou mesmo criadas.
Theravada

Na escola Theravada (escola dos anciãos), a meditação toma, como base, os ensinamentos do Buda contidos no cânon em Páli. No cânon, o Buda prescreve diversos métodos de desenvolvimento mental para erradicar apego e aversão, ou para desenvolver algum fator que contribua para a erradicação desses.

Atualmente, é popularizada uma visão que toma a meditação por dois ângulos: tranquilidade e concentração (samatha) e sabedoria e visão (vipassana). Há escolas que colocam a meditação Samatha como de menor importância, dando maior ênfase a Vipassana, enquanto outras, como a Tradição Tailandesa das Florestas, veem Samatha e Vipassana como dois aspectos de um mesmo caminho e inseparáveis entre si.

Algumas meditações populares:

Anapana-Sati - Plena atenção na respiração. Traz calma à mente e desenvolve os sete fatores da iluminação
Satipatthana - Quatro fundamentos da plena atenção. Princípio usado como base para a maioria das práticas de vipassana.
Metta Bhavana - desenvolvimento de Metta, ou 'amor universal'.
kayagatha - contemplação da natureza do corpo. Inclui contemplações sobre a natureza do corpo em suas partes e em seus quatro elementos e sobre sua decadência e morte.
Vajrayana

Na escola Vajrayana, são adicionados métodos tântricos que têm, por objetivo, acelerar o processo de iluminação.

O objetivo dos ensinamentos de Mahamudra e Dzogchen, ensinados respectivamente pelas escolas Kagyu e Nyingma, é se familiarizar com a natureza última da mente que delineia toda a existência, passando assim por estágios que levam à iluminação.

As práticas preliminares das escolas Kagyu e Nyingma são chamadas Ngondro, e envolvem visualizações, recitação de mantras e prostrações.
Zen

A meditação no Zen é o Zazen. No Zazen, é mantida a atenção plena sentada, com base na respiração, observando os pensamentos e sensações à medida que surgem e passam. A prática de atenção plena à medida que é desenvolvida leva a maior entendimento, aceitação e compreensão da realidade. Também é comum o uso de Koans.
Terra pura

A meditação no budismo Terra pura é, basicamente, a recitação do nome do Buda Amitaba, ou visualização do mesmo.



Ver também



Referências

Ir para cima↑ KALAMASHILA. Meditation: The Buddhist Art of Tranquility and Insight. Birmingham. Windhorse Publications. ISBN 1899579052.
Ir para cima↑ EPSTEIN, M. Thoughts Without a Thinker: Psychotherapy from a Buddhist Perspective. BasicBooks. ISBN 0465039316.
Ir para cima↑ http://www.acessoaoinsight.net/arquivo_textos_theravada/andando.php
Ir para cima↑ http://www.acessoaoinsight.net/theravada.php
Ir para cima↑ http://casadedharmaorg.org/quem-somos/o-que-e-o-budismo-theravada/
Ir para cima↑ Tiyavanich K. Forest Recollections: Wandering Monks in Twentieth-Century Thailand. University of Hawaii Press, 1997.
Ir para cima↑ http://www.acessoaoinsight.net/sutta/MN118.php sutta onde o Buda detalha o método
Ir para cima↑ http://acessoaoinsight.net/arquivo_textos_theravada/instrucoes_basicas_meditacao_respiracao.php Instruções Básicas para Meditação da Respiração
Ir para cima↑ http://www.acessoaoinsight.net/sati.php
Ir para cima↑ http://www.acessoaoinsight.net/arquivo_textos_theravada/metta_bhanteg.php
Ir para cima↑ http://www.sociedadebudistadobrasil.org/sala-de-estudos/textos/refresque-sua-pratica-com-a-meditacao-de-amor-bondade/
Ir para cima↑ http://studybuddhism.com/pt/budismo-tibetano/tantra/mahamudra-e-dzogchen/o-que-e-dzogchen
Ir para cima↑ http://daissen.org.br/hp/index.php?id=&s=ct&menu_id=2
Ir para cima↑ http://www.terrapura.org.br/v2/index.php?option=com_content&view=article&id=44&Itemid=54
Epstein, Mark (1995). Thoughts Without a Thinker: Psychotherapy from a Buddhist Perspective. BasicBooks. ISBN 0465039316.
Kamalashila (1996). Meditation: The Buddhist Art of Tranquility and Insight. Birmingham: Windhorse Publications. ISBN 1899579052.
Friedrichs, Kurt, Ingrid Fischer-Schreiber, Franz-Karl Ehrard, Michel S. Diener, Dictionnaire de la sagesse orientale, trad. Monique Thiollet, Ed. Robert Laffont, 1989. ISBN 2-221-05611-6
Leituras adicionais[editar | editar código-fonte]
Matthew Flickstein and Bhante Henepola Gunaratana. (1998) Journey to the Center: A Meditation Workbook. Wisdom Publications. ISBN 0-86-171141-6.
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Templo Tzong Kwan (São Paulo) - prática de Meditação
Falun Dafa



É NA MEDITAÇÃO QUE ENCONTRAMOS COM O DIVINO INTERNO (MICROCOSMO) E DESPERTAMOS PARA O MACROCOSMO.




COMO MEDITAR PARA INICIANTES


2 Partes:Preparando-se para meditar 


  


A meditação é uma prática que, através de um conjunto de técnicas, busca treinar a focalização da atenção. Sua origem é muito antiga, remontando às tradições orientais, especialmente a yoga e o budismo, mas o termo também se refere a práticas adotadas por algumas religiões, como o cristianismo, o judaísmo, o islamismo, o taoísmo e o xamanismo, entre outras.

A palavra meditar tem origem no latim mederi, que significa “tratar, curar, dar atenção médica a”. O termo em páli utilizado para referir-se a meditação é bhavana, que significa 'cultivo.

Os benefícios da meditação são sempre anunciados por aqueles que a praticam diariamente ou com regularidade. As pessoas têm motivos diferentes para querer meditar: silenciar uma mente inquieta, conhecer-se melhor, encontrar a tranquilidade e a verdade sobre si mesmo, forçar-se a ficar em um estado contemplativo ou se conectar à fé. Qualquer que seja o motivo para querer iniciar esta prática, pode ser desalentador não saber como começar e como permanecer motivado.




Parte1Preparando-se para meditar


1
Pense no objetivo que deseja alcançar por meio da meditação. As pessoas começam a meditar por uma série de motivos diferentes – seja para melhorar a criatividade, ajudar a visualizar metas, calar a voz interior ou estabelecer uma conexão espiritual. Se o seu único propósito for passar alguns minutos diários sentindo-se presente no corpo, sem preocupar-se com tudo o mais que tem para fazer, isso já é o suficiente para começar. Tente não complicar demais os motivos. O âmago da meditação é o relaxamento e a recusa a ser envolvido pelas ansiedades do dia a dia.




2
Encontre um lugar sem distrações. Quando estiver iniciando, principalmente, é importante eliminar do ambiente qualquer sensação que possa distraí-lo. Desligue a TV e o rádio, feche as janelas para barrar os ruídos da rua e feche a porta para deixar de ouvir colegas de quarto barulhentos. Se você dividir a casa com amigos ou familiares, pode ser difícil achar um local silencioso onde possa se concentrar na meditação. Fale com as pessoas com quem mora e pergunte a eles se estão dispostos a ficarem quietos durante o tempo em que for meditar. Prometa que vai avisá-los assim que terminar para que possam voltar às atividades normais.
Uma vela aromática, um buquê de flores ou um incenso podem dar um toque especial e incrementar a sua experiência na meditação.
Diminua ou apague as luzes para se concentrar com mais facilidade.


3
Use uma almofada de meditação.[1] Estas almofadas são conhecidas como zafus. O zafu é uma almofada circular que permite que você se sente no chão ao meditar. Como não tem um encosto, diferentemente de uma cadeira, ela não deixa que você solte as costas e perca o foco na energia. Se não tiver um zafu, qualquer almofada ou travesseiro velho servem para impedir que fique com dor durante períodos mais longos ao sentar-se com as pernas cruzadas.
Se achar que sentar sem se apoiar a um encosto provoca dor nas costas, sinta-se à vontade para usar uma cadeira. Tente estar presente no corpo e manter uma postura reta o máximo possível enquanto se sentir confortável e, então, encoste um pouco na cadeira até estar pronto para retomar a postura anterior.


4
Use roupas confortáveis. Não é nada bom usar algo que o tire do estado meditativo, então evite roupas apertadas, como jeans ou calças justas. Pense no que pode usar para exercitar-se ou dormir – estes tipos de roupas, soltas e que permitem a transpiração, são a melhor escolha.


5
Escolha um momento quando estiver se sentindo confortável. Quando estiver mais acostumado com a meditação, é possível usá-la para se acalmar quando se sentir ansioso ou sobrecarregado. Pode ser difícil se concentrar no início se você for iniciante até que se encontre em um estado de espírito apropriado. Sendo assim, no início, medite quando já estiver relaxado – talvez assim que acordar ou após o expediente.
Remova todas as distrações de que se lembrar antes de sentar-se para meditar. Faça um lanchinho se estiver com fome, use o banheiro se precisar e assim por diante.




6
Tenha um alarme por perto. É bom assegurar que a prática de meditação dure por um período suficiente, mas, ao mesmo tempo, não é legal interromper a concentração para olhar as horas. Coloque um alarme com o período que quiser para meditar – seja dez minutos ou uma hora. Seu celular já pode vir com alarme, ou então você pode encontrar sites e aplicativos que façam o trabalho.[2]





Parte2Meditando


1
Sente-se na almofada ou cadeira com a coluna reta. A postura ereta o ajuda a se concentrar na respiração e na inspiração e expiração conscientes. Se a cadeira tiver encosto, tente não se inclinar para trás ou relaxar a postura. Fique o mais reto que conseguir.
Posicione as pernas da maneira que for mais confortável para você. É possível estendê-las à frente ou cruzá-las se estiver com a almofada no chão. O mais importante é que a postura permaneça reta.


2
Não se preocupe com as mãos. Nas imagens, sempre vemos pessoas com as mãos sobre os joelhos enquanto meditam, mas, se for desconfortável, você não precisa fazer isso. Você pode colocá-las no colo, deixá-las soltas ao lado do corpo – escolha a posição que o permita esvaziar a mente e se concentrar na respiração.


3
Incline o queixo como se estivesse olhando para baixo. Não importa se estiver de olhos abertos ou fechados enquanto medita, embora muitos acreditem que é mais fácil se livrar das distrações visuais de olhos fechados. De qualquer maneira, inclinar a cabeça ajuda a abrir o peito e facilitar a respiração.


4
Programe o alarme. Quando tiver encontrado uma posição confortável e estiver pronto para começar, programe o alarme com o tempo que deseja meditar. Não se sinta pressionado a alcançar um estado transcendental por 1 hora na primeira semana. Comece aos poucos, com sessões de 3 a 5 minutos, e vá aumentando até chegar a um período de meia hora ou até mais, se quiser.[3]


5
Mantenha a boca fechada ao respirar.[4] Você deve inspirar e expirar pelo nariz na meditação. Porém, não se esqueça de relaxar os músculos do maxilar, mesmo com a boca fechada. Não pressione o maxilar ou ranja os dentes; simplesmente relaxe.


6
Concentre-se na respiração.[5] Este é o propósito principal da meditação. Ao invés de tentar não pensar nas coisas que o irritem diariamente, tenha um foco positivo: a respiração. Ao se concentrar totalmente na inspiração e expiração, você vai ver que todos os outros pensamentos sobre o mundo exterior desaparecem sozinhos, sem que tenha de se preocupar em ignorá-los.
Concentre-se na respiração da maneira mais confortável para você. Algumas pessoas gostam de manter o foco no movimento de expansão e contração dos pulmões, enquanto outras preferem pensar no modo como o ar passa pelo nariz.
É possível até mesmo focar-se no som da respiração. Basta entrar em um estado de espírito no qual você esteja exclusivamente concentrado em algum aspecto da sua respiração.


7
Observe a respiração, mas não a analise.[6] O objetivo é estar presente em cada respiração, não descrevê-la. Não se preocupe em se lembrar do que estava sentindo, nem em conseguir explicar a experiência em um momento posterior. Apenas vivencie o presente. Quando ele passar, vivencie a próxima respiração. Evite ocupar sua cabeça com a respiração – apenas tenha esta experiência por meio dos sentidos.


8
Se a atenção se desviar da respiração, traga-a de volta. Mesmo depois de ganhar bastante experiência com a meditação, você vai descobrir que os pensamentos podem voar. Você começa a pensar no trabalho, nas contas ou nas coisas que precisa resolver depois. Sempre que perceber o mundo exterior se infiltrando, não entre em pânico e tente ignorá-lo. Em vez disso, volte sutilmente o foco para a sensação da respiração no corpo e deixe os pensamentos esvanecerem novamente.
Você pode achar mais fácil manter o foco na inspiração do que na expiração. Tenha isso em mente se for assim mesmo. Tente se concentrar principalmente na sensação do ar quando ele sai do seu corpo.
Tente contar as respirações se tiver dificuldade em recobrar a atenção.


9
Não se cobre em excesso. Aceite o fato de que se concentrar é difícil para iniciantes. Não se censure – no começo, todos têm dificuldade com a voz interior que não se cala. Na verdade, alguns dizem que este retorno contínuo ao momento presente é "prática" da meditação. Além do mais, não espere que a prática mude do dia para a noite. A atenção plena leva um tempo para começar a exercer influência. Medite todos os dias por pelo menos alguns minutos, aumentando as sessões sempre que possível.





Dicas

Não se esqueça de colocar o celular no modo silencioso.
Ouvir músicas suaves ajuda a relaxar mais.
A meditação não funciona como um passe de mágica; ela é um processo contínuo. Continue a praticar todos os dias e você perceberá aos poucos um estado de calma e paz se desenvolvendo internamente.
Meditar antes de dormir ajuda o cérebro a começar a se desligar e faz com que você se sinta mais relaxado.
É comum se concentrar na respiração e entoar mantras como o OM, mas se preferir ouvir música ao meditar, escolha apenas as mais calmas. Uma música pode ser tranquila no início, mas depois mudar e virar um rock no meio – isso não é apropriado, pois interrompe o processo meditativo.
A frustração é uma reação esperada nesta situação. Entenda e saiba lidar com isso – ela ensina muito sobre você mesmo, tanto quanto o lado mais pacífico da meditação. Deixe pra lá e torne-se um ser unificado ao universo.




Avisos

Suspeite de qualquer organização que peça quantias grandes de dinheiro adiantado para cursos sobre meditação. Há muitas pessoas que apreciam os benefícios da prática e que vão ficar muito felizes em poder ajudá-lo de graça.


Materiais Necessários

Roupas confortáveis
Almofadas/travesseiros podem ser úteis
Um alarme




Fontes e Citações

http://www.sagemeditation.com/how-to-choose-a-meditation-cushion/
http://www.onlinemeditationtimer.com/
https://www.psychologytoday.com/blog/in-practice/201303/5-meditation-tips-beginners








quinta-feira, 30 de março de 2017

SAIBA COMO CONTROLAR O CIUME - UM GUIA COMPLETO PARA VENCER ESSE PROBLEMA






Como controlar o ciúme?
O ciúme é como o sal, na medida certa ele deixa a relação mais gostosa, faz com que nos sintamos amados e desejados. Mas em excesso torna um relacionamento intragável. O problema é que existem pessoas que têm dificuldades em controlá-lo sofrem com ele e fazem os seus companheiros sofrerem também. Se você é do tipo de pessoa que deixa o ciúme te dominar e desconfia de tudo o que o seu parceiro faz, tem a necessidade de vasculhar celular, ver com quem ele/ela conversa nas redes sociais e sente inseguro (a) o tempo todo... Este artigo pode te ajudar...



O que fazer para dominar o ciúme?


Limite-se aos fatos
O ciúme faz com que vejamos as coisas através de uma lente de aumento. Um ciumento costuma exagerar ou interpretar de forma negativa as atitudes da pessoa amada. Dessa forma, uma ação educada é confundida com “dar liberdade”, e o simples ato de falar “bom dia!” vira um flerte na imaginação do cioso.


Sendo assim antes de entrar em uma crise, analise bem a situação e veja se não é tudo fruto da sua imaginação. Se possível peça a opinião de uma pessoa da sua confiança, pergunte se o que aconteceu é motivo de desconfiança.



Aumente a sua autoconfiança
Alguém que não acredita em si próprio pode acreditar que as outras pessoas também não acreditam. Logo ciumento é levado a pensar que o (a) companheiro (a) pode lhe trocar por alguém “melhor”. O ideal é entender a causa da insegurança e tentar superar isso.





Qual é o seu medo?
Outro sentimento profundamente ligado ao ciúme é o medo. No fundo o ciúme é provocado por ele:


· Medo de ser abandonada (o)
· Medo de não ser mais amada (o)
· Medo de virar motivo de gozação

Talvez o seu medo não seja nenhum desses, porém é sempre certo que o ciúme nos empurra para o destino que tememos. Isso mesmo! Como se pode amar quem nos aprisiona com desconfianças? E por que ficar do lado de alguém que te tira à liberdade? Descubra qual é o seu medo e tente trabalha-lo.


Confie mais no seu parceiro (a)
x Sei que você não confia em si mesmo (a), mas o que te faz não confiar na outra pessoa? Por que ela o trairia quando já te disse que nunca faria isso?
Pense um pouco... seu companheiro (a) já te deu um motivo real para desconfiar? Se a resposta é não, então repense suas atitudes.
Se a resposta é sim,. Porém entenda que se decidiu que vocês devem continuar juntos, a melhor coisa a fazer é dar um voto de confiança ao seu amor, afinal é isso que significa amar: confiar e respeitar.


Não seja possessiva (o)
O conceito de propriedade é algo profundamente enraizado na nossa cultura capitalista, e esse mesmo conceito está presente nas relações amoras. Então pensamos mais ou menos desse jeito “eu tenho uma casa, tenho um carro e tenho um (a) esposo (a)”. O erro começa ao se pensar assim. Gente não se possui, gente se conquista! E se conquista todos os dias. Todos os dias, nós devemos estar dispostos a conquistar o outro, para que ele (a) queira continuar conosco. Lembre-se disso seja você homem ou mulher.



Compreenda o motivo do seu ciúme
Quando e como suas crises de ciúmes aparecem? Que tipos de pensamentos surgem quando você está enciumada? Existe algo específica que engatilha a crise? Certo tipo de mulher ou algo específico que seu companheiro (a) ou namorado (a) faz ou fala. Fique atento (a) a esses detalhes eles são muito reveladores e podem te ajudar muito.


Melhore a sua autoestima
A baixa autoestima está sempre ligada ao ciúme. O ciumento pode se julgar alguém tão sem adjetivos que pode trocado facilmente. Pior, alguém assim pensa que não vai conseguir outra pessoa. Isso geralmente está ligado a uma autocrítica exagerada e um pouco conhecimento de si mesmo.
Se você passar a se conhecer melhor, conhecer o seu corpo, o seu jeito de ser e viver, com certeza irá se apaixonar por você.


Aprenda a controlar a raiva
A pior coisa no ciúme é que ele desperta a raiva ou a ira, existem muitas pessoas que sofrem com esse problema, mas sofrem calados (a maioria diga se de passagem), porém outros são tomados por excessos de fúria e se tornam agressivos e destrutivos. Se você pertence a este ultimo tipo.

Procure entendê-lo (a)
Não é incomum que uma pessoa ciumenta também ser tímida. Quando uma pessoa insegura e introvertida se relaciona com alguém extrovertido, que fala com todo mundo e é espontâneo (a), o ciúme é quase certo. Porém você deve entender que conversar e brincar com outra pessoa não significa estar paquerando ou “dando mole” significa apenas ser simpático (a). Gente extrovertida tem a necessidade de conversar com outras pessoas (e às vezes de serem o centro das atenções), você pode não ter essa necessidade, mas respeite as necessidades do seu companheiro.

Tenha outros amigos
Muitas vezes o ciumento também é alguém solitário. Isso acirra o ciúme, pois o parceiro (a) não é só um amor, mas também o único amigo. Assim se ele (a) for embora o cioso ficará sozinho. Os amigos também ajudam a distrair a mente, podem aconselhar, alegrar após as brigas e por ai vai.


Confie mais em você
A palavra insegurança é muitas vezes usada como sinônimo de ciúme, isso por que o ciumento costuma não acreditar nas suas qualidades. O cioso costuma também exagerar as qualidades do outro. Mas pense comigo se você não fosse interessante por que essa pessoa estaria com você? Por isso reconheça as qualidades que você tem.


Pense antes de agir
A impulsividade é um grande problema nas crises de ciúme. O ciumento desconfia de algo e logo parte para o ataque. Antes de dar um piti, reflita se você tem realmente motivos para isso. Pense também se o momento e o lugar são apropriados para tal. Quando se age impulsivamente guiada (a) pela raiva corre-se o risco de após acrise, ser tomada (o) de culpa e vergonha. Por esse motivo .


Coloque-se no lugar do outro
Imagine como é ser constantemente ser vigiado e acusado por coisas que você não vez? Pense como a outra pessoa se sente toda vez em que você entra em uma crise de ciúme. Fazendo isso perceberá que magoa sem necessidade a pessoa amada. Essa reflexão vai te ajudar a se controlar antes das crises.


Ocupe o seu tempo com outras coisas
Não vai te servir de nada ficar dia e noite imaginando as possíveis puladas de cerca do se parceiro (a) e vasculhando a vida dele (a) em redes sociais. Ao invés disso ocupe o seu tempo com coisas que você goste de fazer e possam te distrair desse pensamento obsessivo.


Não seja pegajosa (o)
Ninguém gosta de se sentir preso, e estar o tempo todo ao lado de alguém (ainda que esse alguém te ame) gera essa sensação. Um pouco de distância vai fazer com que ele (a) sinta saudades e valorize o tempo que vocês estão juntos. Um tempo afastados também fará com que você entenda que pode curtir a vida sem ter seu amor a tiracolo.


Treine a sua confiança
Evite ficar vasculhando tudo o que ele (a) faz nas redes sociais, fuçar celular e ficar ligando o tempo todo para saber onde ele (a) está. Além de incomodar o outro acaba virando um vício, quanto mais você treinar a sua confiança mais forte ela será.


Invista em você
Ao invés de gastar o seu tempo vasculhando a vida dele (a) frequente uma academia, cuide da aparência, fique mais bonita (o). Leia alguns livros legais, assista a filmes, converse com outras pessoas. Seja alguém mais atraente e com conteúdo para conversar.


Converse com o seu companheiro (a)
Nos relatos que recebo diariamente, noto que dificilmente quem sofre com ciúme tem uma conversa franca sobre essa emoção com o seu parceiro (a). O ciumento costuma sofrer calado ou explodir repentinamente. O dialogo é importantíssimo em um relacionamento, dessa forma abra o jogo para o seu par, diga como está se sentindo e o que desejaria que ele (a) fizesse.



Fale com alguém sobre o seu problema
O silêncio só faz o seu problema aumentar. É importante que você tenha alguém para falar sobre o que lhe incomoda, principalmente nos momentos de crise, alguém que ajude a se desencanar nos momentos em que você “viaja na maionese”.


Dicas de profissionais para deixar de ser ciumenta (o)
As dicas a seguir têm base na psicanálise e apesar de parecerem confusas elas são cientificamente embasadas.

Aprenda a separar o seus pensamentos do pensamentos do outro
O ciumento costuma atribuir, sem perceber os seus pensamentos e sentimentos ao seu par amoroso, vou dar uma ilustração:

Imaginemos uma senhora que certo dia se olha no espelho e é tomada pelo seguinte pensamento: “estou velha e feia” é claro que ela vai ficar profundamente triste e vai pensar um bom tempo nisso. Até que ela chega a outro pensamento “meu marido já deve ter percebido que eu estou ficando velha”. Não demora muito para ela chegar à conclusão “meu marido quer me trocar por uma mulher mais jovem”. A partir dai toda a vez que o marido conversa ou ao menos olha para uma mulher mais jovem é um indicio de que ele realmente vai deseja uma pessoa de menos idade.

Entendeu? Todos os pensamentos são da própria senhora, mas ela vai atribuindo eles ao marido. Esse é um tipo de comportamento comum no ciumento.



Saiba separar a sua vida da vida dos seus pais

É uma tendência humana fazer da própria vida uma cópia quase que perfeita da vida dos pais. Em muitos casos vemos surgir o seguinte pensamento: “meu pai traia a minha mãe, por isso o meu marido também vai me trair, mas eu não vou deixar barato”. Assim o marido (ou a esposa) é considerado culpado até que se prove o contrário. Parece uma forma de pensar um tanto quanto infantil, porém ela é inconsciente e muito frequente.


Outro fato é que o comportamento ciumento pode ter ser sido apreendido com os pais. Por isso verifique se você não está simplesmente reproduzindo o jeito dos seus pais viverem. Posso dar como exemplo uma senhora que conheci que costumava perseguir o marido com uma vassoura em punhos quando este chegava mais tarde em casa (imagine a cena cômica), quando lhe perguntei ela me afirmou que sua mãe fazia a mesma coisa com o pai.


Será que não você quem quer trair?
Dentro da Psicologia, mais precisamente na Psicanálise, existe um conceito chamado projeção. Explicando rapidamente, esse mecanismo psicológico atribui ao outro tudo aquilo que inconscientemente não aceitamos em nós.


Já parou para pensar se você não tem o desejo de conhecer outras pessoas? Isso é uma coisa muito natural (não que você deva fazer, mas como se diz pensar não paga) o que não é natural é recriminar outras pessoas pelos nossos sentimentos.


Esse artigo tem o objetivo de fornecer alguns subsídios para que você aprenda a lidar melhor com o ciúme, entretanto as informações contidas nele serão eficientes somente em casos mais leves. Se acreditar que o seu caso é mais complexo que isso, procure por um psicólogo da sua região.






CONHECENDO O QUE SE PASSA DENTRO DO CÉREBRO DEPRIMIDO

              


Isso da depressão…?

Com a progressiva disponibilização de informação sobre saúde junto do grande público, atualmente, todos nós temos automatizado o conhecimento de que numa gripe, numa anemia, doença cardíaca ou qualquer outra condição médica existem condições de funcionamento do organismo que nos afastam de processos de saúde e exigem intervenção ou recuperação para serem corrigidas ou geridas, num processo de retoma e re-equilíbrio internos.

No entanto, em saúde mental, ainda há uma ideia meio nebulosa de que aconteceram umas coisas na vida das pessoas que misteriosamente se misturaram com algo de errado e que vagamente pertence ao domínio da vontade e criaram contextos emocionais aos quais qualquer um – ou pelo menos, “os fortes” – poderia resistir e contrariar. Ora isto é tão disparatado como pensar-se que podemos fazer desaparecer uma gripe por artes mágicas, só pela força de vontade ou que nos engripamos porque somos fracos de espírito.





Nas condições psicológicas (aqui assumidas como melhor tratadas por um psicólogo), tal como nas condições médicas (aqui assumidas como melhor tratadas por um médico) existem funcionamentos internos que estão em desequilíbrio homeostático – há um mau funcionamento – e que têm de ser corrigidas em contexto próprio. Tal como em medicina, ainda há muito deste funcionamento organísmico que está sob estudo, sabendo-se que ainda resta um longo caminho a percorrer, para descodificar o intrincado e complexo mundo da fisiologia, mas não há por que continuar a pensar em termos antiquados de humores que afetam uns quantos com alguma falha de carácter – é errado, não é útil e apenas ajuda a perpetuar o adiamento da procura de ajuda/tratamento que se impõem para reverter uma situação de sofrimento e retomar qualidade de vida.

Hoje, ilustramos o que acabamos de dizer com o tema da depressão, um dos temas simultaneamente mais comuns e pior interpretados pelo público. A depressão inclui um conjunto de apresentações clínicas que devem ser corretamente diagnosticadas, porque, dependentemente da sua forma de apresentação, assim requerem intervenções diferentes. Neste caso falamos de depressões major ou persistentes – havendo uma diferença sobretudo de severidade entre as duas.




De uma forma geral, a depressão atinge números terríveis na população: é a 2ª perturbação mais comum do foro mental e a razão mais frequente que leva as pessoas a dirigirem-se a psicólogos ou psiquiatras. Cerca de 1 em cada 20 homens vão sofrer um episódio depressivo ao longo das suas vidas e este número duplica nas mulheres. Além disso, é a situação em saúde mental que mais facilmente pode ser mortífera: 1/3 das pessoas deprimidas considera a possibilidade de suicídio e 8% faz pelo menos uma tentativa de suicídio.

A depressão gosta de companhia, atrapalhando-a sempre… As pessoas deprimidas têm maior tendência para hábitos de vida problemáticos – fumam mais, comem pior, não praticam exercício físico, têm mais problemas na adesão aos tratamentos de doenças crónicas, como a diabetes. Além disso, há uma elevada incidência de depressão aliada a doenças do foro médico, chegando a duplicar. E, estando muito ligada a quebras de produtividade tem um impacto brutal na economia.

Vamos então mergulhar na neurodinâmica da depressão? O que é que já se sabe sobre o estado de funcionamento do cérebro deprimido?
Neurodinâmica da depressão em termos cerebrais, a depressão é um trabalho em equipe de 3 grandes módulos:
• Os elementos superiores: hemisférios esquerdo e direito, e o córtex
• Os elementos de base: o hipocampo e a amígdala
• O intermediário: córtex cingulado anterior (CCA)
Módulo superior: O hemisfério esquerdo gosta do que é positivo, é mais analítico, dado a procurar a ação e sabe falar, porque é uma sede importante da linguagem. Já o hemisfério direito tem uma queda natural para o que é negativo, apreende a realidade de uma forma mais global, e está muito envolvido nos comportamentos de evitamento.


Num episódio depressivo, os dois hemisférios ficam em desequilíbrio: o lado direito fica mais ativo e o esquerdo retrai-se.
Desta forma, as pessoas evitam o contacto social (talvez mesmo por também terem dificuldades em explicar o que se passa com elas, porque a área da fala fica com menor capacidade) e evitam atividades que até teriam o potencial de as fazer gradualmente sentirem-se melhores. E ficam dominadas pelo negativo, sem grande capacidade para absorver o positivo, pela menor atividade do hemisfério esquerdo.
Módulo de base: O hipocampo e a amígdala, duas pequeninas estruturas cerebrais, trabalham em conjunto. O hipocampo ajuda a criar novas memórias a partir da experiência, ajuda-nos a encontrar novos caminhos para o nosso destino, e dá-nos a localização espácio-temporal. A amígdala é o nosso botão de pânico cerebral, capaz de disparar os alarmes em fracções de segundo, e é também a responsável por gravarmos aquelas primeiras impressões sobre os outros que são tão importantes para nos orientarmos socialmente, sabermos o que sentimos por eles, o que eles sentem por nós e, mesmo, descodificarmos as suas intenções em relação a nós.

Quer o hipocampo, quer a amígdala diminuem de tamanho quando sujeitos a stress crônico, sempre presente numa depressão, o que debilita a sua atuação (não se preocupe! Esse processo é revertido quando as situações de stress são levantadas). O hipocampo chega a ter uma redução de 10% a 20% de tamanho em pessoas que estejam cronicamente deprimidas.

Quando estamos deprimidos, o hipocampo torna-se menos activo, prendendo-nos na incapacidade de sairmos de um modo letárgico. Já a amígdala fica mais activa, o que faz com que o medo e a ansiedade se tornem presentes em maiores doses, com a amígdala a enviar um fluxo contínuo de mensagens emocionais negativas para os elementos superiores, dizendo ao córtex que se devia preocupar
O intermediário:Como um gestor intermédio, o CCA recebe e gere informações “de cima e de baixo”. Num episódio depressivo não tem mãos a medir, tentando criar algum equilíbrio interno, mas sem grande sucesso. Uma das coisas que faz habitualmente é monitorizar o nosso funcionamento, procurando erros e ativando-se quando encontra um. Quando se instala uma depressão, as memórias que nos surgem são apenas as negativas, porque a memória é um processo dependente do estado emocional – se estamos contentes, lembramo-nos de coisas boas, mas, se estamos tristes só nos conseguimos lembrar do que foi também triste. Por isso, o ACC encontra uma imensidade de coisas que correram mal e fica hiper-ativado.


Além disso, como também tem um papel importante a selecionar e a codificar as experiências que passam ou não para a memória de longo prazo, quando fica muito activado, e os seus parceiros de baixo estão de mãos cheias com o stress e literalmente a encolherem, torna-se-lhe mais difícil prestar atenção ao que de novo se passa na vida, ficando a braços apenas com as memórias difíceis, mesmo que na realidade (lá fora) se estejam a passar coisas boas. Ficamos com tudo o que foi amargo e surdos ao que é bom.

E agora? bem, em psicoterapia, com ajuda das intervenções eficazes – e há várias abordagens demonstradas como muito eficazes em depressão – são criadas as condições, com técnicas criteriosamente escolhidas, para quebrar o ciclo vicioso de negativismo e inação que mantém o cérebro neste modo e que, de outra forma, nos prenderia numa espiral descendente de negativismo. Algumas situações requerem intervenção psicofarmacológica, de acordo com critérios que começam a estar objectivados, pelo que já é possível o seu profissional de saúde dizer-lhe com alguma certeza se deve “tomar comprimidos” ou não, em conjunto com a intervenção psicoterapêutica.

O que é fundamental reter: a depressão é muito comum e é uma doença séria que exige tratamento, tão rápido quanto possível. O tratamento é eficaz e existem diversas intervenções capazes de conseguirem resultados e fazê-lo sair de um estado que degrada a qualidade total de vida – recorra a um profissional de saúde mental.