Os indo-europeus são um conjunto de povos ou um suposto grupo étnico da Europa e da Ásia que falam línguas indo-europeias.
Índice
1 Definição
2 Ligações externas
3 Referências
4 Ver também
Definição
O termo indo-europeus pode aplicar-se a:
os proto-indo-europeus, falantes de uma hipotética língua proto-indo-europeia.
Falantes de línguas indo-europeias da Idade do Bronze (3º a 2º milénio a.C.) que ainda não se tinham separado em famílias diferentes, nomeadamente os dialectos Centum e Satem (falantes de línguas precedentes do proto-indo-iraniano, proto-grego, proto-itálico, proto-celta, proto-germânico, proto-balto-eslavo, etc.
Normalmente o termo não se refere a falantes de línguas indo-europeias em tempos históricos, embora isso possa acontecer; os linguistas usualmente designam estes especificamente como anatólios, tocarianos, arianos (iranianos, indo-arianos), gregos, samnitas, celtas, itálicos, germânicos, bálticos, eslávicos, arménios, albaneses (ou subdivisões destes grupos).
É de notar que a classificação como indo-europeu refere-se apenas a matérias linguísticas, e não necessariamente a etnias ou culturas.
Na atualidade as línguas indo-europeias são as línguas mais faladas do mundo, sendo que das onze línguas com maior número de falantes, oito são indo-europeias: espanhol, inglês, hindi, português, bengali, russo, punjabi e alemão. Os povos da Europa, América, Índia e Oceania têm origens indo-europeias.
Três estudos genéticos recentes, de 2015, deram apoio à teoria de Marija Gimbutas de que a difusão das línguas indo-europeias teria se dado a partir das estepes russas (hipótese Kurgan). De acordo com esses estudos, o Haplogrupo R1b (ADN-Y) e o Haplogrupo R1a (ADN-Y) - hoje os mais comuns na Europa e sendo o R1a frequente também no subcontinente indiano - teriam se difundido, a partir das estepes russas, junto com as línguas indo-europeias; tendo sido detectado, também, um componente autossômico presente nos europeus de hoje que não era presente nos europeus do Neolítico, e que teria sido introduzido a partir das estepes, junto com as linhagens paternas (haplogrupo paterno) R1b e R1a, assim como com as línguas indo-europeias.
Escrita Hitita
Assim como Marija Gimbutas, David Anthony associa a domesticação do cavalo a essa expansão.
Ligações externas
Referências
Ir para cima↑ Haak; et al. (2015). «Migração em massa da estepe é fonte das línguas indo-europeias na Europa» (pdf publicado=2015) (em inglês). 172 páginas. Consultado em 6 de novembro de 2015
Ir para cima↑ Allentoft; et al. (2015). «Genética de populações da Eurásia à época da Idade do Bronze» (pdf publicado=2015) (em inglês). 167 páginas. Consultado em 6 de novembro de 2015
Ir para cima↑ Mathieson; et al. (2015). «8000 anos de seleção natural na Europa» (pdf publicado=2015) (em inglês). 167 páginas. Consultado em 6 de novembro de 2015
Ir para cima↑ O cavalo, a roda e a linguagem Como cavaleiros das estepes euroasiáticas, da Idade do Bronze, contribuíram para a formação do mundo moderno, por David W. Anthony, Editora Universidade de Princeton, "The Horse, the Wheel and Language, How Bronze-Age Riders from the Eurasian Steppes shaped the Modern World", 2007
Ir para cima↑ Haak; et al. (2015). «Migração em massa da estepe é fonte das línguas indo-europeias na Europa» (pdf publicado=2015) (em inglês). 172 páginas. Consultado em 6 de novembro de 2015
Ir para cima↑ Allentoft; et al. (2015). «Genética de populações da Eurásia à época da Idade do Bronze» (pdf publicado=2015) (em inglês). 167 páginas. Consultado em 6 de novembro de 2015
Ir para cima↑ Mathieson; et al. (2015). «8000 anos de seleção natural na Europa» (pdf publicado=2015) (em inglês). 167 páginas. Consultado em 6 de novembro de 2015
Ir para cima↑ O cavalo, a roda e a linguagem Como cavaleiros das estepes euroasiáticas, da Idade do Bronze, contribuíram para a formação do mundo moderno, por David W. Anthony, Editora Universidade de Princeton, "The Horse, the Wheel and Language, How Bronze-Age Riders from the Eurasian Steppes shaped the Modern World", 2007
De acordo com a definição de indo-europeu encontrada no Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, “diz-se de ou indivíduo dos indo-europeus, povos originários das estepes da Ásia central ou dos planaltos iranianos (também chamados arianos) que, a partir do final do Neolítico, se expandiram para a Europa, Pérsia e península da Índia” ou “diz-se de ou tronco (chamado também por alguns de família) de línguas aparentadas, faladas em parte da Ásia e em grande parte da Europa”.
A utilização do termo indo-europeu refere-se a dois tipos de características destes povos. Primeiro, a localização geográfica em que se encontravam naquela época e, segundo, a semelhança nos idiomas que utilizavam. Eles se localizavam em diversas regiões da Europa como a indo-gangética, planalto iraniano e parte ocidental da Ásia. Já no campo linguístico, utilizavam línguas europeias que se relacionavam como a germânica, a eslava, a latina e a grega. O mesmo acontecia com as línguas asiáticas: sânscrito e iraniano.
Pelo lado ocidental, o primeiro povo a utilizar idiomas com origem indo-europeia foram os gregos. Já na parcela oriental, os pioneiros foram os hititas, que, durante o 2º milênio a.C., foram fundadores de um forte império localizado na região central da Anatólia. Estes dois povos habitaram, respectivamente, a Grécia e a Ásia Menor, tendo atingido estas regiões pelos Bálcãs durante o segundo ou, segundo alguns historiadores, terceiro milênio.
As origens geográficas destes povos são motivo de discussão entre os pesquisadores, que, até hoje, ainda não chegaram a um consenso. Porém, as características culturais dos indo-europeus marcaram profundamente os povos com que mantiveram contato. Estes povos já tinham domesticado os cavalos e os utilizavam juntamente com carros para a guerra ou para o transporte. Além disso, são considerados os inventores do arco, da cerâmica e de machados de combate feitos com cobre ou pedra.
A sociedade dos indo-europeus apresentava caráter patriarcal e seu modo de sustento provinha da pecuária e da agricultura.
Ao longo dos séculos, no período denominado pelos historiadores como Civilização Pré-Clássica, os indo-europeus foram povos de caráter migratório e de intensa atividade bélica, instalando-se e influenciando povos por onde passaram. São considerados, por exemplo, como base formadora de grupos da Grécia como os Jônios, os Eólios e os Aqueus. Em sua passagem pela Mesopotâmia, influenciaram a formação dos Babilônios e dos Sumérios. No que se refere à região ocidental da Europa, foram responsáveis pela formação dos povos celtas.
Fontes:
FAUR, Mirella. Mistérios nórdicos: deuses, runas, magias, rituais. São Paulo: Madras, 2007.
http://www.infopedia.pt/$os-povos-indo-europeushttp://houaiss.uol.com.br/busca?palavra=Indo-europeu
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